O SILÊNCIO DE JPP
José Mário, nesta posta no Blog de Esquerda, estranha o silêncio de Pacheco Pereira pela demissão de Martins da Cruz.
Para além de lembrar que JPP, no seu último comentário, na SIC, disse que «a palavra de honra do ministro lhe bastava» (confesso que não percebi o que ele quis dizer com esse "bastar") – para além de lembrar isso – queria chamar a atenção dos leitores para o facto de Pacheco Pereira estar, desde há muito tempo (pelo menos no seu Abrupto isso é evidente) a fazer puros exercícios de nefelibata, que vê e fala de tudo, mas que, talvez devido ao tapete de nuvens-tabu em que anda, quando olha para baixo não consegue divisar um sítio chamado Portugal, que tem um Governo em funções, Governo esse que mexe (e remexe) e que, por acaso, é formado por gente do partido de JPP, embora coligada com o venal (palavra de JPP no falecido "Flashback" da TSF) Paulo Portas da Moderna.
Agora que JPP se recusou publicamente a pertencer às listas conjuntas PSD/PP, de candidatos a deputados ao Parlamento Europeu, esperemos que faça um buraquinho nessas nuvens-tabu e espreite cá para baixo o ninho onde repousa o ovo da serpente de onde surgirá um dia Paulo Portas transfigurado para adulterar e/ou tomar conta do PSD (como, aliás, JPP previu, vaticinou, profetizou há dias neste artigo no Público) e nos fale não só desse ninho mas também do que andam a fazer os honrados mantenedores dessa gigantesca chocadeira governamental.