domingo, janeiro 30, 2005

A LIBERDADE EM QUESTÃO

Vaclav Havel, escritor, antigo presidente de República Checa, chama a atenção da União Europeia para um erro incomensurável que estará em vias de ser cometido.

Vale a pena ler
este artigo.

sexta-feira, janeiro 28, 2005

ESTÁ TUDO DOIDO

Santana Lopes manifestou ontem a intenção de processar judicialmente as empresas de sondagens cujas previsões não se venham a verificar estarem certas depois de contados os votos eleitorais do próximo dia 20 de Fevereiro.

Irritado chegou a dizer que aquelas empresas estão a cometer uma «Mega Fraude».

Vamos por partes:

Então agora as empresas de sondagens são obrigadas a acertar nas previsões? São obrigadas a adivinhar como será exactamente o futuro?

Francamente!

Saberá Santana que uma previsão, por definição não é uma certeza? E que é por isso mesmo que uma previsão é uma pré-visão e não uma visão?

Depois de alguém lhe ter chamado a atenção para essa grossa asneira que cometeu, lá veio hoje com falinhas mansas dizer que quando falou de Mega Fraude estava a falar de «fraude política».

Pior a emenda!

Então agora já se pode processar alguém pelo crime de fraude política?


E que tal levantar-se já um processo crime a todo o elenco governamental capitaneado por Santana Lopes, que cometeu a Mega Fraude (política) de nos dizer a todos que ia governar o País e mais não fez do que andar numa sucessão incrível e irrepetível de gaffes e trapalhadas de que não há memória sobre a terra?

Mas isto está tudo doido, ou quê!?


A DIREITA DEFENDE O GOULAG

Maria José Nogueira Pinto, do CDS, ontem, num debate televisivo com Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, disse que «Freitas do Amaral é hoje um caso psicanalítico», por este ter dito que vai votar no PS nas próximas eleições legislativas.

Esta tomada de posição de Maria José em nada é diferente das tomadas de posição das autoridades comunistas da ex-união Soviética quando internavam os dissidentes políticos em hospitais psiquiátricos e os deportavam para campos de concentração na Sibéria.

Este é o entendimento que a direita tem da liberdade de expressão e da liberdade de voto.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

OU HÁ MORALIDADE...

É preciso lembrar a todos os moralistas da direita beata (e aos invejosos da esquerda que com eles convergiram na condenação a Louçã) que a Igreja Católica condena tanto quem pratica a interrupção voluntária da gravidez como quem tem relações sexuais sem finalidade reprodutiva. Falando curto e grosso: também condena quem desperdiça esperma que poderia gerar vida.

Nisto, como se costuma dizer, ou há moralidade ou comem todos.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

CUSPIR PARA CIMA

O "Abrupto", admirador confesso do blogue
Almocreve das Petas, o qual elogiou em tempos nestes termos, ficou agora calado que nem um rato a propósito desta tomada de posição do "Almocreve" sobre "o caso Louçã Portas". Ficou calado e não admira porquê: é que o "Almocreve", apesar dos elogios do "Abrupto", não se deixou impressionar e não se coibiu de desta vez vergasta-lo impiedosamente, no que lhe juntou mais uma boa meia dúzia de blogues "virtuosos" e um punhado de «opinadores» que resolveram crucificar Louçã por este ter reagido a preceito a uma provocação do Portas.

Conclui-se da leitura do "Almocreve" que a "superioridade moral" que aquelas pessoas "virtuosas" criticam em Louçã não é, nem mais nem menos, que a "supeioridade moral" que aquelas mesmas pessoas assumem quando criticam Louçã. Nem mais!

Quando se cospe para cima...

domingo, janeiro 23, 2005

A FAVOR DE LOUÇÃ

Vicente Jorge Silva escreve hoje, no "Causa Nossa", uma posta exemplar sobre a questão levianamente levantada pela direita e por alguns elementos invejosos que militam na esquerda tradicional e também no Bloco de Esquerda, que saíram rapidamente à rua para, em convergência com a direita, condenar Francisco Louçã quando este disse a Paulo Portas que este não podia falar no direito à vida.

Vicente lembra nessa posta que há opções sexuais na vida das pessoas que, à luz dos cânones em que os próprios se baseiam para condenar os outros, lhes retiram o direito de se apresentarem como virgens puras esgrimindo argumentos moralistas contra quem é pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez.

Leia a posta de Vicente
aqui.

sábado, janeiro 22, 2005

PURA IGNORÂNCIA

Uma das coisas reveladoras que Santana Lopes disse ontem no "Expresso da Meia Noite" foi que todo aquele ritual das tomadas de posse dos governos, com imensa gente que depois vai, uma a uma, cumprimentar os empossados, é uma cerimónia sem sentido; «aquilo não faz qualquer sentido», disse.

Isto não abona muito a favor da cultura de Santana Lopes.

Como é possível que a criatura não se tenha ainda dado conta da importância dos rituais na vida colectiva dos povos; não se tenha ainda apercebido de que se banirmos, pura e simplesmente, os rituais da nossa vida regressaremos directa e imediatamente às cavernas.

Visto que talvez não goste e não tenha tempo para ler a História, esta coisa aborrecida que fala do passado, ponha ao menos os olhos nas cerimónias de posse de George W. Bush e tire daí as suas conclusões.

Não é possível admitir-se como Primeiro-Ministro um indivíduo que revela tanta ignorância cultural como este que anda por aí.

O BEBÉ CHORÃO

Santana Lopes esteve ontem à noite em todo o lado, como ele gosta. Sempre esteve convicto de que quem aparece mais é quem ganha (e nisso até concordo um pouco com ele pois a memória do povinho, infelizmente, não é lá muito dada a guardar o que escuta: é mais dada a guardar o que vê). Por isso terá estado no programa da SIC Notícias "Expresso da Meia Noite" onde foi espremido e triturado por um painel de "amigos" muito cínicos que não perderam a oportunidade de lhe dar valente e sibilinamente no coco durante todo o programa.

Fingindo-se ingénuo e bebezinho abriu o coração e contou coisas que a nenhum político responsável se ouviria. Confessou que «tem problemas respiratórios», sofrendo por isso muito com o calor. Teve o azar de tomar posse em pleno Verão e foi só devido ao mau funcionamento dos aparelhos de ar condicionado de S. Bento e Belém que teve más prestações em discursos e decisões políticas. Acabou por nos dizer que o pouco do (para ele) bom que o seu (des)governo fez foi por decisão sua e contra a opinião dos ministros das pastas respectivas: a lei das rendas contra a opinião de Arnaut; o corte dos benefícios ficais contra a opinião de Bagão; e por aí fora. Um desfiar de decisões, as mais variadas, sempre tomadas por ele contra a opinião do resto do (des)governo que, pelos vistos, estava lá só para chatear e emperrar as tarefas de (des)governação criando-lhe dificuldades imensas que ele estóica e denodadamente foi vencendo "contra ventos e marés". Demonstrou como ele é um homem sitiado, atacado por tudo e por todos; um infeliz incompreendido e perseguido pela Humanidade inteira; uma criança inocente numa incubadora apanhando pancada de todos os lados; um homem honesto e trabalhador com a vida infernizada numa casa apedrejada dia e noite sem cessar pela turba ignominiosa (a Humanidade, supõe-se) que não gosta dele.

Tudo se resume, afinal, ao facto de não gostarem dele.

Dizendo isso espera despertar a nossa piedade. E passa a contar com a nossa protecção votando nele no dia 20 de Fevereiro.

Eu, pela minha parte, como pertenço à Humanidade que ainda não lhe atirou uma pedrada valente, vou fazer isso sem a mais pequene réstia de piedade no próximo dia 20 de Fevereiro.

A propósito: leiam
aqui um artigo de Vasco Pulido Valente sobre o personagem.

sexta-feira, janeiro 21, 2005

A LÍNGUA DE TITÃ

Pacheco Pereira, perante um ataque bem desferido por Francisco Louçã ao demagogo Paulo Portas, num debate na SIC, dizendo-lhe, quando Portas perorou sobre o "direito à vida", «O Senhor não pode falar do direito à vida porque nunca gerou vida. Não sabe o que é gerar vida. Eu tenho uma filha. Eu sei o que é um sorriso de uma criança.» - Pacheco Pereira, dizia-mos - tomou-se de dores e toca a escrever, talvez sem pensar um segundo sequer (damos-lhe esse benefício), que, e citamos:

Não constitui para mim surpresa o reaccionarismo [sublinhado nosso] do Bloco de Esquerda. São-no muito mais do que se pensa, ocultados pelo folclore das "causas fracturantes" e por uma imprensa que os descrimina positivamente. A frase de Louçã contra Portas, que tive ocasião de ouvir numa síntese televisiva (de um debate que não vi), é um perfeito exemplo do que daria um pequeno escândalo, fosse o seu autor outro que Louçã.

Antes de continuar deixe-me perguntar a Pacheco Pereira o seguinte: tem alguma dúvida que se as posições fossem inversas Paulo Portas não diria o mesmo a Francisco Louçã? Com esta pergunta sempre lhe vou dizendo que achei que Louçã usou alguma demagogia quando disse o que disse. Mas fez muito bem: a direita demagoga merece ser tratada de vez em quando com o mesmo veneno que ela usa. Para lhe sentir o sabor e saber que não está a lidar com patetinhas.

Voltando à vaca fria:

Onde está o reaccionarismo da frase de Louçã? Onde se pode extrair dessa frase a conclusão de que ela é, «contrária aos avanços e transformações sociais, que resiste às tendências revolucionárias»?

Se a frase é reaccionária, então - ou nós temos dicionários diferentes, ou um de nós está a falar a língua de Titã e não o Português.

terça-feira, janeiro 18, 2005

DESMENTIDO

Nunca pensei que uma singela tentativa de ironia me pudesse causar tanta dor de cabeça como a que tenho vindo a ter desde que escrevi a posta aqui mais abaixo intitulada "Elogio da Modernidade" na qual tentei ironizar com o facto de o computador de um banco me ter dado, em nome da gerência, os parabéns pelo meu aniversário.

Quando escrevi essa posta estava longe de pensar que essa tentativa de ironia fosse levada tão a sério como acabei por verificar que aconteceu por parte de alguns amigos e leitores deste blogue.

Na verdade, tudo o que escrevi então era quase pura ficção. Que outra finalidade não tinha senão dizer isto: vejam lá ao que estamos a chegar. As máquinas assumem cada vez mais o papel dos seres humanos e, indo por este caminho, se lhes formos admitindo acriticamente esse tipo de acções qualquer dia estaremos entregues a elas e não nos daremos conta do afastamento que teremos em relação à família e aos amigos.

Na verdade, e ao contrário do que eu escrevi:

a) Não uso telemóvel;
b) A minha máquina fotográfica é uma velha Canon Ftb de 1973 - quem me dera ter uma máquina digital - ;
c) Relógio de pulso tenho um, mas qual automático qual quê - uso um Swatch de plástico mais riscado que uma folha de papel almaço. Para ver as horas muitas vezes tenho que adivinhar a posição de um ou mesmo dos dois ponteiros do dito;
d) Como PDA uso uma agenda que anualmente o banco cujo computador me deu os parabéns me costuma oferecer todos os meses de Dezembro; vou lá ao balcão religiosamente quinze dias antes do Natal perguntar humildemente ao Sr. Magalhães: «o meu amigo já me arranjou a agendazinha para o novo ano, já?!»
e) A minha Momblanc é da marca Bic (Bic cristal de ponta normal);
f) Computador, em casa não há, aliás, casa não há - há barracão;
g) No barracão a aparelhagem Hi-Fi resume-se a um transistor de bolso, da marca Philco, dos anos sessenta, que eu costumava usar encostado ao ouvido, todos os domingos de futebol, entre as três e as seis horas da tarde, para não perder pitada e poder estar a par dos acontecimentos e poder assim discutir de cátedra, lá na tasca da esquina, com quantos sabichões por lá assentavam arraiais depois dos jogos de futebol para analizar cada pormenor de cada jogo desse dia;
h) De livros, aqui o barracão só tem A Bola, O Jogo, Record, Borda d'Água e uma ou outra revista Maria que surripio no eléctrico a alguma velhota mais distraída;
i) Mas agora... atenção e alto lá! - gatos há, sim senhor: o Alex, o Picasso e o Gauguin. Menti quando disse que eram persas e não sei que mais. Mas são de facto três gatos. São gatos vadios que recolhi do lixo em Beirolas numa tarde de chuva que por lá passei à cata de embalagens de cartão para vender. Os coitaditos, muito pequeninos e esfaimados, nem andar ainda sabiam, e miavam, miavam, miavam. Não tive coragem de os deixar lá e então trouxe-os aqui para a barraquita onde vivo e onde me fazem companhia partilhando comigo a sopa que o meu árduo trabalho na fábrica me permite.

P.S.
Disseram-me que vai haver eleições e que os patrões da minha fábrica irão à viola se não for o PSD a ganhar. Que grande violão será preciso para os receber!!!

domingo, janeiro 16, 2005

E EIS QUE PEDRO AFINAL É PAULO

Esta história de Pedro que nos é aqui trazida pelo Abrupto resume, de facto, inteiramente, pela sua aplicação plástica perfeita ao que já se está a passar entre Paulo Portas e Pedro Santana Lopes nesta arrancada da próxima campanha eleitoral, a traição que Portas preparou e começou a aplicar a Pedro, a conta-gotas, não três, mas as vezes que forem necessárias.

O rapaz, Paulo, aí há cerca de dois anos, como todos devem estar lembrados, já tinha traído Pedro nas autárquicas para a Câmara Municipal de Lisboa. Agora temos em curso a segunda traição.

A terceira traição não deverá tardar muito a acontecer pois que Paulo (o Pedro bíblico) deverá começar a «torcer a língua» muito brevemente caso consiga que haja uma boa transferência de votos do PSD para o CDS nas próximas eleições; então dirá concerteza: «não conheço esse homem». Mas lá que depois se deixe de «conhecer a si mesmo» - isso já me parece bem mais difícil de acontecer.

COMADRES EM DESESPERO

«É o pior da natureza humana: com a probabilidade (mas que convém garantir nas urnas) do PS sair vitorioso em Fevereiro - cada vez mais improvável com uma maioria absoluta, para grande desgosto do PR, que dissolveu a que existia - começou a «luta» pelos futuros lugares em tudo o que o Estado pode decidir.»

«O que causa repulsa, no entanto, é ver alguns dos que fizeram o mesmo com o PSD/PP, serem agora os primeiros a querer mostrar vassalagem a um Poder que ainda não é. Mete nojo.»


Quem assim escreve é o insubstituível Luís Delgado neste artigo esclarecedor do pânico que se apoderou dos (como ele) comissários políticos do PSD nas mais variadas empresas do Estado ou por este participadas.

O artigo traz água no bico e desperta-nos duas pertinentes perguntas:

1) Quem é que «mete nojo» a Luís Delgado e lhe anda já a cheirar o lugar de presidente da Lusomundo Multimédia que há bem pouco tempo o Governo incompetente de Santana Lopes deu descaradamente ao mesmo Luís Delgado para que ele, como comissário político que é, do PSD, andasse por lá a "influenciar" os conteúdos de jornais, rádio e TVI?


2) Qual é o parceiro de Delgado no conselho de administração da Lusomundo Multimédia que já está a virar a casaca e a namorar o PS?

Desembuche lá, homem! que a gente quer saber.

domingo, janeiro 09, 2005

ELOGIO DA MODERNIDADE

Faço hoje anos e o computador do meu banco mandou-me um e-mail de parabéns. É reconfortante sentirmos que à medida que os anos passam e algumas pessoas se afastam ou desaparecem - e não me digam que convosco é ao contrário - o vazio por elas deixado vai sendo preenchido pelas novas tecnologias.

Eu até nem me importo de um dia vir a não ter família. O que é isso se quando vou para a rua já saio acompanhado pelo meu telemóvel Nókia, a minha máquina fotográfica digital pro-profissional Nikon D70, o meu belíssimo relógio suíço automático (de maquinaria) Oris, o meu PDA Palm, a minha caneta Momblanc, sabendo ainda que deixo em casa, a esperar avidamente o meu regresso, o meu computador de última geração, os meus scanners e impressoras (dedicados uns só à fotografia, e outros apenas a texto e gráficos), a minha aparelhagem Hi-Fi topo de gama, os meus livros preferidos (sim, tenho livros preferidos, que releio várias vezes).


E ainda... os meus três gatos (um himalaia e dois persas azuis), o Alex, o Picasso e o Gauguin.

Com tudo isso acham que ainda é preciso haver alguma pessoa na nossa vida?

Francamente! Não percebo.

sábado, janeiro 08, 2005

ABRUPTO RETRATA O PSD DE SANTANA

Desde ontem que o Abrupto nos mostra, sem qualquer legenda (falando, por isso, mais claro do que se escrevesse), a
fotografia do estado carbonizado em que está hoje o PSD na sequência da extensa e profunda acção pirotécnica a que Santana Lopes & Cia. o têm submetido com especial afinco e grande estrondo nacional.

Pelos vistos os militantes do PSD seguiram
o conselho de Salmoura e regaram com catadupas de sentidas e desesperadas lágrimas, antes que se tornasse em cinzas, a madeira ardente que o Abrupto já mostrara salvando assim, em forma de carvão vegetal (não activado), alguma estrutura do partido queimado.

Espera-se para depois de 20 de Fevereiro a acção alquímica dos intelectuais e dos pesos-pesados do partido (ora escovados pela liderança suicida de Santana Lopes) para transformarem o carvão residual em ouro puro.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

SÓ PARA APRECIADORES



Os que gostam de smooth jazz não podem perder esta compilação da EMI. São quatro CDs com algumas das melhores performances de sempre deste género musical.
ELUCIDATIVO ATÉ MAIS NÃO



Este cartaz de propaganda eleitoral que o aparentemente inimputável Santana Lopes pretendeu lançar neste início de campanha é elucidativo de como funciona (destrambelhadamente) aquela cabeça e todas as outras dos amigalhaços de boémia que o têm acompanhado nesta farsa política que já dura há longuíssimos cinco meses.

Veja-se só aonde chega a megalomania, a leviandade e o espírito brincalhão de Santana Lopes: o homem atribui-se no cartaz igual destaque a si do que dá a Cavaco Silva, chegando ao ponto de secundarizar Durão Barroso do qual só se vê meia cara.


De Marcelo Rebelo de Sousa, que foi líder antes de Durão, nem novas nem mandados.

É esta a ética que essa gente tem utilizado na condução do (des)Governo que Sampaio lhes deu e é esta a ética que prometem continuar a empregar no dia-a-dia da governação do País caso uma maluqueira colectiva levasse os portugueses a votar neles no dia 20 de Fevereiro: manipulação e mentiras com total descaramento e supina irresponsabilidade.

domingo, janeiro 02, 2005

É ASSIM

Eis a "
LENHA" em que se tornou o PSD segundo JPP.

Conselho meu:

Para fazerem carvão dessa lenha e salvarem assim alguma «estrutura» bastará que façam chover nela, enquanto ainda incandesce, sentidas lágrimas militantes.
UMA PEQUENINA DIFERENÇA

Notícias do futebol em Inglaterra:

1) No dia 25 de Dezembro, por ser sábado e se jogar aos sábados aqui na Inglaterra, realizaram-se todos os jogos das diferentes ligas com os seguintes resultados, etc., etc.

2) No dia 1 de Janeiro, por ser sábado e se jogar aos sábados aqui na Inglaterra, realizaram-se todos os jogos das diferentes ligas com os seguintes resultados, etc., etc.



Notícias do futebol em Portugal:

Nos clubes "A", "B", "C", etc., depois das férias de Natal, não compareceram ainda, a 2 de Janeiro, os jogadores Fulano, Sicrano, Beltrano, etc. e tal.


Dá para se notar alguma diferença?

sábado, janeiro 01, 2005

PROFISSIONALISMO TROPICAL

Há na vida uma forma tropical de se ser profissional. O profissional tropical é aquele que em primeiro lugar coloca sempre o desfrute dos momentos de prazer que pode ter e só em segundo ou terceiro lugar o trabalho que deve fazer.

Em vastas zonas de África e da América Latina abundam esses profissionais tropicais. Em Portugal, com o aquecimento gradual do clima e a ancestral convivência com brasileiros e africanos, o exercício da profissão de há muito que passou a ser encarado dessa forma tropical.

Daí não admirar que o embaixador de Portugal na Tailândia tenha tido o mesmo comportamento que está a ter o jogador Liedson do Sporting: primeiro estão as festas da quadra natalícia, depois vêm as obrigações.

Por sua vez os superiores hierárquicos (no caso do embaixador) e a entidade patronal (no caso do jogador), também eles profissionais tropicais, em vez de darem a cada um desses gozões uma guia de marcha, irão, por certo, "compreender" a situação e deixá-los continuar serenamente nos seus postos depois de se fingirem zangados com eles.

UM BOM 2005 PARA TODOS

São os sinceros desejos de Salmoura.