É ASSIM
Depois de ganharmos notoriedade e respeito, podemos escrever qualquer coisa de pé quebrado "Pela Manhã" que seremos apreciados.
sexta-feira, dezembro 31, 2004
CLARIFICANDO O SENTIDO DO VOTO
Uma posição sectária do Bloco de Esquerda, como aquela que é manifestada por Miguel Portas no DN, em que num futuro parlamento em que não haja maioria absoluta do PS só votaria favoravelmente as leis que vão ao encontro das suas propostas, é meio caminho andado para que os simpatizantes do Bloco de Esquerda (votantes e potenciais votantes) pensem duas vezes antes de porem a cruzinha no boletim de voto.
É que já basta de direita. E não é com uma esquerda brincalhona (com coisas sérias) que o País entrará nos carris.
O Bloco de Esquerda precisa de dar aos eleitores um sinal claro de que não comprometerá com posições sectárias, após as eleições, a viabilidade de um governo PS.
Se não aceita negociações à esquerda, então - good bye Maria Ivone!
O meu voto irá para o PS. Mesmo com Sócrates à frente.
Uma posição sectária do Bloco de Esquerda, como aquela que é manifestada por Miguel Portas no DN, em que num futuro parlamento em que não haja maioria absoluta do PS só votaria favoravelmente as leis que vão ao encontro das suas propostas, é meio caminho andado para que os simpatizantes do Bloco de Esquerda (votantes e potenciais votantes) pensem duas vezes antes de porem a cruzinha no boletim de voto.
É que já basta de direita. E não é com uma esquerda brincalhona (com coisas sérias) que o País entrará nos carris.
O Bloco de Esquerda precisa de dar aos eleitores um sinal claro de que não comprometerá com posições sectárias, após as eleições, a viabilidade de um governo PS.
Se não aceita negociações à esquerda, então - good bye Maria Ivone!
O meu voto irá para o PS. Mesmo com Sócrates à frente.
A MELHOR ANEDOTA DE 2004
Esta notícia do jornal "Expresso", de hoje, 31/12/2004, afigura-se-me, apesar de trágica (demonstra o estado de degradação a que chegaram as instituições nacionais) a melhor anedota do ano que agora finda. Ora leiam:
«UM CASAL português, que sobreviveu à tragédia do sudeste asiático, só conseguiu apoio da diplomacia nacional ao fim de quatro dias, quando «a cozinheira da Embaixada se voluntariou» para lhes arranjar as passagens de regresso. Ana Oliveira, de 22 anos, e o namorado, António Coelho, confessam-se «envergonhados» com a atitude dos diplomatas portugueses e a sua incapacidade de resposta.»
Esta notícia do jornal "Expresso", de hoje, 31/12/2004, afigura-se-me, apesar de trágica (demonstra o estado de degradação a que chegaram as instituições nacionais) a melhor anedota do ano que agora finda. Ora leiam:
«UM CASAL português, que sobreviveu à tragédia do sudeste asiático, só conseguiu apoio da diplomacia nacional ao fim de quatro dias, quando «a cozinheira da Embaixada se voluntariou» para lhes arranjar as passagens de regresso. Ana Oliveira, de 22 anos, e o namorado, António Coelho, confessam-se «envergonhados» com a atitude dos diplomatas portugueses e a sua incapacidade de resposta.»
sexta-feira, dezembro 24, 2004
terça-feira, dezembro 21, 2004
FINALMENTE NU (E COM PÉS DE BARRO)
Mário Bettencourt Resendes é uma personagem que sempre me pareceu conter em si algo esquisito que às vezes transparecia tenuemente nos seus artigos e editoriais pelo que sempre o achei uma personagem enigmática, de difícil decifração.
Mas a (a)normalidade como aceitou ser pontapeado para cima quando lhe retiraram a direcção do Diário de Notícias; a forma festiva e ladina como recebeu a companhia do pouco recomendável Luís Delgado na administração da Lusomundo Multimédia; e a sua total insensibilidade perante a descaracterização do centenário Diário de Notícias, disseram muito acerca do homem desnudando-o definitiva e irremediavelmente.
Mas, para que ficasse nuzinho mesmo e revelasse em todo o esplendor a sua verdadeira natureza, faltava mais qualquer coisa - qualquer informação sobre o seu sentido estético, talvez -. E eis que finalmente ele no-la dá nesta belíssima confissão que vale bem a pena ler.
Mário Bettencourt Resendes é uma personagem que sempre me pareceu conter em si algo esquisito que às vezes transparecia tenuemente nos seus artigos e editoriais pelo que sempre o achei uma personagem enigmática, de difícil decifração.
Mas a (a)normalidade como aceitou ser pontapeado para cima quando lhe retiraram a direcção do Diário de Notícias; a forma festiva e ladina como recebeu a companhia do pouco recomendável Luís Delgado na administração da Lusomundo Multimédia; e a sua total insensibilidade perante a descaracterização do centenário Diário de Notícias, disseram muito acerca do homem desnudando-o definitiva e irremediavelmente.
Mas, para que ficasse nuzinho mesmo e revelasse em todo o esplendor a sua verdadeira natureza, faltava mais qualquer coisa - qualquer informação sobre o seu sentido estético, talvez -. E eis que finalmente ele no-la dá nesta belíssima confissão que vale bem a pena ler.
FAMÍLIA DISFUNCIONAL É A MINHA
Um padre da Casa do Gaiato (instituição que acolhe menores sem família), quando interrogado por um jornalista sobre se havia, como se diz, castigos aos miúdos internados naquela instituição, disse o seguinte: «na Casa do Gaiato somos uma família. Às vezes temos altercações; outras vezes damos uns tabefes nos miúdos; e outras ainda são eles que nos batem - eu já apanhei algumas vezes». E voltou a afirmar: «lá é tudo como no seio de qualquer família. Somos uma família».
Está bem, senhor padre. Fiquei a saber como deve funcionar uma família. E confesso-lhe que vou fazer tudo para corrigir o funcionamento da minha onde essas coisas tão boas, tão naturais e tão normais não têm acontecido.
Um padre da Casa do Gaiato (instituição que acolhe menores sem família), quando interrogado por um jornalista sobre se havia, como se diz, castigos aos miúdos internados naquela instituição, disse o seguinte: «na Casa do Gaiato somos uma família. Às vezes temos altercações; outras vezes damos uns tabefes nos miúdos; e outras ainda são eles que nos batem - eu já apanhei algumas vezes». E voltou a afirmar: «lá é tudo como no seio de qualquer família. Somos uma família».
Está bem, senhor padre. Fiquei a saber como deve funcionar uma família. E confesso-lhe que vou fazer tudo para corrigir o funcionamento da minha onde essas coisas tão boas, tão naturais e tão normais não têm acontecido.
domingo, dezembro 19, 2004
QUE MELGA!
É muito bom para a esquerda que Santana Lopes faça campanha para as próximas eleições legislativas, e que faça campanha nos moldes que ensaiou ontem na entrevista que deu à TVI, isto é, debitando profusas vacuidades, dizendo grossamente (neologismo para grosseiramente e com voz grossa) «vamos ganhar» e fazendo-se passar por vítima pela enésima vez (o que enjoa e já não é mais suportado por qualquer gorgomilo nacional).
É que, com a presença de Santana na campanha eleitoral, há a certeza de que o eleitorado estará mobilizado para votar, pois, de cada vez que vê e ouve Santana cresce-lhe imediatamente a vontade de mandar calar de vez esse tambor com penas de pavão que insiste em manter-se em cena e em dar cabo da imagem de seriedade que deve ter o Governo de Portugal, e que inconscientemente pretende continuar a espraiar pelo País a sua incompetência, a sua inconsciência como político e governante, com a ajuda solícita de mais uma dúzia e meia de amigos de farra.
A certeza de uma vitória antecipada do PS tenderia a desmobilizar o eleitorado da esquerda. Com Santana em cena é certo e sabido que toda a gente irá às urnas para dar o "estaladão" final que exterminará de vez essa irritante melga que teima em dar cabo da paciência ao mais distraído dos mortais.
Bolas! que é de mais.
É muito bom para a esquerda que Santana Lopes faça campanha para as próximas eleições legislativas, e que faça campanha nos moldes que ensaiou ontem na entrevista que deu à TVI, isto é, debitando profusas vacuidades, dizendo grossamente (neologismo para grosseiramente e com voz grossa) «vamos ganhar» e fazendo-se passar por vítima pela enésima vez (o que enjoa e já não é mais suportado por qualquer gorgomilo nacional).
É que, com a presença de Santana na campanha eleitoral, há a certeza de que o eleitorado estará mobilizado para votar, pois, de cada vez que vê e ouve Santana cresce-lhe imediatamente a vontade de mandar calar de vez esse tambor com penas de pavão que insiste em manter-se em cena e em dar cabo da imagem de seriedade que deve ter o Governo de Portugal, e que inconscientemente pretende continuar a espraiar pelo País a sua incompetência, a sua inconsciência como político e governante, com a ajuda solícita de mais uma dúzia e meia de amigos de farra.
A certeza de uma vitória antecipada do PS tenderia a desmobilizar o eleitorado da esquerda. Com Santana em cena é certo e sabido que toda a gente irá às urnas para dar o "estaladão" final que exterminará de vez essa irritante melga que teima em dar cabo da paciência ao mais distraído dos mortais.
Bolas! que é de mais.
sábado, dezembro 18, 2004
CURTO-CIRCUITO
Custa muito, ou talvez seja mesmo impossível, perceber a existência desse canudo estreitíssimo por que Pacheco Pereira divisa a (para ele) única solução governativa capaz para Portugal - o regresso de Cavaco Silva ao cargo de Primeiro-Ministro.
Aflige aceitar que um intelectual da craveira de Pacheco Pereira admita não existir, para além de Cavaco Silva - dentre centenas de cidadãos portugueses, politica, intelectual e profissionalmente válidos, pertencentes às elites nacionais - mais ninguém com preparação e tino suficientes para conduzir o Governo de Portugal.
Admitindo por absurdo que Pacheco Pereira tem inteira razão no que diz, sendo nisso acompanhado pelos dez milhões de portugueses, e sendo eu o único que não vê essa razão, é, no entanto, forçoso admitir, por outro lado - e nisso sou agora eu que reclamo a companhia dos dez milhões de portugueses - que qualquer coisa não vai bem na cabeça de Pacheco Pereira para ele afirmar sem rebuço (fê-lo na última "Quadratura do Círculo" da TSF) que votará em Santana Lopes nas próximas eleições legislativas de 20 de Fevereiro.
Quando Pacheco Pereira diz que escolherá com o seu voto, para Primeiro-Ministro, precisamente o político que visivelmente ele mais combateu e contribuiu para desacreditar publicamente (contribuindo com isso para a sua queda), escrevendo e clamando diariamente contra o "Pobre País" em que Portugal se tornara com Santana Lopes ao leme... isso é, no mínimo, totalmente incompreensível.
Ou será apenas o resultado de um curto-circuito momentâneo?
Custa muito, ou talvez seja mesmo impossível, perceber a existência desse canudo estreitíssimo por que Pacheco Pereira divisa a (para ele) única solução governativa capaz para Portugal - o regresso de Cavaco Silva ao cargo de Primeiro-Ministro.
Aflige aceitar que um intelectual da craveira de Pacheco Pereira admita não existir, para além de Cavaco Silva - dentre centenas de cidadãos portugueses, politica, intelectual e profissionalmente válidos, pertencentes às elites nacionais - mais ninguém com preparação e tino suficientes para conduzir o Governo de Portugal.
Admitindo por absurdo que Pacheco Pereira tem inteira razão no que diz, sendo nisso acompanhado pelos dez milhões de portugueses, e sendo eu o único que não vê essa razão, é, no entanto, forçoso admitir, por outro lado - e nisso sou agora eu que reclamo a companhia dos dez milhões de portugueses - que qualquer coisa não vai bem na cabeça de Pacheco Pereira para ele afirmar sem rebuço (fê-lo na última "Quadratura do Círculo" da TSF) que votará em Santana Lopes nas próximas eleições legislativas de 20 de Fevereiro.
Quando Pacheco Pereira diz que escolherá com o seu voto, para Primeiro-Ministro, precisamente o político que visivelmente ele mais combateu e contribuiu para desacreditar publicamente (contribuindo com isso para a sua queda), escrevendo e clamando diariamente contra o "Pobre País" em que Portugal se tornara com Santana Lopes ao leme... isso é, no mínimo, totalmente incompreensível.
Ou será apenas o resultado de um curto-circuito momentâneo?
quinta-feira, dezembro 16, 2004
UMA EXPLICAÇÃO E UM RECEIO
Afazeres múltiplos, algum cansaço de final de ano, umas férias pelo meio - tudo isso determinou que durante umas valentes semanas Salmoura colocasse as postas de molho e não as publicasse na blogosfera.
Felizmente isso sucedeu numa altura em que o Governo Santana Lopes já estava em adiantado estado de decomposição encarregando-se Santana, ele próprio (não ele mesmo), de, dia após dia, dar as "estaladas" necessárias para que o bebé morresse na incubadora sem que houvesse necessidade de a oposição mexer uma palha sequer. E muito menos de Salmoura se preocupar em postar contra o Governo.
Dissolvida a Assembleia da República e demitido o mais incompetente Governo de que há memória em Portugal, estamos ainda a assistir aos últimos estertores da dupla Portas/Santana que teima em tirar um coelho por dia da cartola pensando eles que com isso iludirão os eleitores que de há muito definiram o sentido de voto para as próximas eleições legislativas.
Eu só tenho receio é que de tanto se querer penalizar estes incompetentes da Silva ainda calhe uma maioria absoluta ao PS. É que se isso acontecer e ainda por cima Correia de Campos for parar de novo ao Ministério da Saúde, lá teremos que gramar um Luís Filipe Pereira II continuando a "obra" de Luís Filipe Pereira I e enterrando definitivamente o Serviço Nacional de Saúde, único garante de cuidados de saúde para os mais pobres.
Afazeres múltiplos, algum cansaço de final de ano, umas férias pelo meio - tudo isso determinou que durante umas valentes semanas Salmoura colocasse as postas de molho e não as publicasse na blogosfera.
Felizmente isso sucedeu numa altura em que o Governo Santana Lopes já estava em adiantado estado de decomposição encarregando-se Santana, ele próprio (não ele mesmo), de, dia após dia, dar as "estaladas" necessárias para que o bebé morresse na incubadora sem que houvesse necessidade de a oposição mexer uma palha sequer. E muito menos de Salmoura se preocupar em postar contra o Governo.
Dissolvida a Assembleia da República e demitido o mais incompetente Governo de que há memória em Portugal, estamos ainda a assistir aos últimos estertores da dupla Portas/Santana que teima em tirar um coelho por dia da cartola pensando eles que com isso iludirão os eleitores que de há muito definiram o sentido de voto para as próximas eleições legislativas.
Eu só tenho receio é que de tanto se querer penalizar estes incompetentes da Silva ainda calhe uma maioria absoluta ao PS. É que se isso acontecer e ainda por cima Correia de Campos for parar de novo ao Ministério da Saúde, lá teremos que gramar um Luís Filipe Pereira II continuando a "obra" de Luís Filipe Pereira I e enterrando definitivamente o Serviço Nacional de Saúde, único garante de cuidados de saúde para os mais pobres.
quarta-feira, dezembro 08, 2004
sexta-feira, dezembro 03, 2004
BEBÉ NO FORNO
Estava Salmoura a gozar 15 dias de férias e a diluir-se em cachaça, em Cabo Verde, quando cai no seu telemóvel uma mensagem providencial de sua filha mais velha informando-o de que o Presidente Jorge Sampaio aumentara o calor da "incubadora" a qual entrara em avaria esturricando literalmente o imaturo "bebé" que ela continha. De imediato se fizeram as malas e eis que, regressado à Pátria, solidário com o bebé carbonizado, Salmoura chora, com Patinha Antão (o ainda Secretário de Estado da Saúde), o facto de a esturricação do Governo por Jorge Sampaio não permitir àquele cumprir cabalmente a sua missão patriótica de destruição do Serviço Nacional de Saúde. Em favor, como se sabe largamente, da grande maioria dos portugueses. Pois não!
Estava Salmoura a gozar 15 dias de férias e a diluir-se em cachaça, em Cabo Verde, quando cai no seu telemóvel uma mensagem providencial de sua filha mais velha informando-o de que o Presidente Jorge Sampaio aumentara o calor da "incubadora" a qual entrara em avaria esturricando literalmente o imaturo "bebé" que ela continha. De imediato se fizeram as malas e eis que, regressado à Pátria, solidário com o bebé carbonizado, Salmoura chora, com Patinha Antão (o ainda Secretário de Estado da Saúde), o facto de a esturricação do Governo por Jorge Sampaio não permitir àquele cumprir cabalmente a sua missão patriótica de destruição do Serviço Nacional de Saúde. Em favor, como se sabe largamente, da grande maioria dos portugueses. Pois não!
quinta-feira, novembro 04, 2004
DIÁRIO DO GOVERNO
Pacheco Pereira malha forte e feio no Diário de Notícias. E não é caso para menos. Quando um jornal, que era de referência, passa a ser apenas uma folha partidária ao serviço de uma estratégia de poder, há toda a legitimidade (há todo o dever, até) de qualquer cidadão se indignar, protestar e desmascarar a patranha. Foi o que fez Pacheco Pereira. Com uma facilidade e clareza que o texto de José Manuel Barroso estava mesmo a pedir.
Pacheco Pereira malha forte e feio no Diário de Notícias. E não é caso para menos. Quando um jornal, que era de referência, passa a ser apenas uma folha partidária ao serviço de uma estratégia de poder, há toda a legitimidade (há todo o dever, até) de qualquer cidadão se indignar, protestar e desmascarar a patranha. Foi o que fez Pacheco Pereira. Com uma facilidade e clareza que o texto de José Manuel Barroso estava mesmo a pedir.
quarta-feira, novembro 03, 2004
ONDE ESTÁ O PRESIDENTE?
O conhecidíssimo e ilustríssimo advogado, José António Barreiros, despediu-se do esfrangalhado Diário de Notícias com um autêntico murro no estômago de Mário Bettencourt Resendes e seus patrões da Lusomundo. Mas também no estômago do Governo e do próprio Presidente Jorge Sampaio.
O Governo apanha porque é parte interessada no que acontece, e da forma como tem acontecido, na comunicação social; e o Presidente da República apanha, porque deixa tudo acontecer nas mais calmas águas-de-bacalhau de que não há memória até hoje.
José António Barreiros escreveu um texto de despedida que é um duríssimo libelo acusatório contra todos aqueles que resolveram criar uma gigantesca Albânia no território nacional chamado Portugal. Desde logo contra os capitalistas e seus homens de mão na comunicação social (os mal chamados administradores); contra os grupos de serventuários políticos ligados ao capital controlador da comunicação social, hoje largamente colocados em altas funções no aparelho de Estado; contra os políticos que deviam gerir o Estado e servir a Democracia e hoje mais não fazem do que gerir os seus interesses pessoais e os interesses dos grupos que encapotada ou descaradamente representam, numa acção de vilipêndio da Democracia.
Atentemos só neste pequeno parágrafo escrito por José António Barreiros:
«Primeiro, em Portugal está a instalar-se um clima de medo; não o medo antigo de se ser preso por um delito de opinião, mas um medo moderno, nascido na zona dos interesses, do que se ganha e do que se perde. A hipocrisia, em Portugal, passou a ser a forma de os fracos sobreviverem, a velhacaria um modo de os fortes dominarem».
E tudo isso acontece na mais chocante impunidade.
O conhecidíssimo e ilustríssimo advogado, José António Barreiros, despediu-se do esfrangalhado Diário de Notícias com um autêntico murro no estômago de Mário Bettencourt Resendes e seus patrões da Lusomundo. Mas também no estômago do Governo e do próprio Presidente Jorge Sampaio.
O Governo apanha porque é parte interessada no que acontece, e da forma como tem acontecido, na comunicação social; e o Presidente da República apanha, porque deixa tudo acontecer nas mais calmas águas-de-bacalhau de que não há memória até hoje.
José António Barreiros escreveu um texto de despedida que é um duríssimo libelo acusatório contra todos aqueles que resolveram criar uma gigantesca Albânia no território nacional chamado Portugal. Desde logo contra os capitalistas e seus homens de mão na comunicação social (os mal chamados administradores); contra os grupos de serventuários políticos ligados ao capital controlador da comunicação social, hoje largamente colocados em altas funções no aparelho de Estado; contra os políticos que deviam gerir o Estado e servir a Democracia e hoje mais não fazem do que gerir os seus interesses pessoais e os interesses dos grupos que encapotada ou descaradamente representam, numa acção de vilipêndio da Democracia.
Atentemos só neste pequeno parágrafo escrito por José António Barreiros:
«Primeiro, em Portugal está a instalar-se um clima de medo; não o medo antigo de se ser preso por um delito de opinião, mas um medo moderno, nascido na zona dos interesses, do que se ganha e do que se perde. A hipocrisia, em Portugal, passou a ser a forma de os fracos sobreviverem, a velhacaria um modo de os fortes dominarem».
E tudo isso acontece na mais chocante impunidade.
PARA ALÉM DAS ENTRELINHAS
A CNN On-Line tem, na sua página principal de hoje, este tríptico cujo centro é a Casa Branca estando Kerry na posição dois de leitura e Bush na posição três. Se isto é uma previsão encapotada então é porque a CNN aposta em Kerry como vencedor.
A CNN On-Line tem, na sua página principal de hoje, este tríptico cujo centro é a Casa Branca estando Kerry na posição dois de leitura e Bush na posição três. Se isto é uma previsão encapotada então é porque a CNN aposta em Kerry como vencedor.
quarta-feira, outubro 27, 2004
O CASO MARCELO (PARA ESTÚPIDOS)
Eis, em suma, a essência das declarações de Marcelo Rebelo de Sousa e das declarações de Pais do Amaral à Alta Autoridade para a Comunicação Social:
Marcelo - «Pais do Amaral disse-me que: ou eu mudava o teor dos meus comentários sobre o Governo, ou então eu causava grandes prejuízos à TVI, coisa que eles não estavam na disposição de admitir».
Pais do Amaral - «Eu convidei o meu amigo Marcelo para um jantar de amigos, num bar (não no meu escritório). Estávamos calmamente a falar de putas e - de repente! -, sem mais nem menos, Marcelo anuncia-me que se vai embora. Fiquei surpreso, e até hoje não sei porque é que ele se foi embora».
Eis, em suma, a essência das declarações de Marcelo Rebelo de Sousa e das declarações de Pais do Amaral à Alta Autoridade para a Comunicação Social:
Marcelo - «Pais do Amaral disse-me que: ou eu mudava o teor dos meus comentários sobre o Governo, ou então eu causava grandes prejuízos à TVI, coisa que eles não estavam na disposição de admitir».
Pais do Amaral - «Eu convidei o meu amigo Marcelo para um jantar de amigos, num bar (não no meu escritório). Estávamos calmamente a falar de putas e - de repente! -, sem mais nem menos, Marcelo anuncia-me que se vai embora. Fiquei surpreso, e até hoje não sei porque é que ele se foi embora».
domingo, outubro 24, 2004
UMA EXPERIÊNCIA A TER
Hoje dei-me ao trabalho de ouvir quase meia missa transmitida pela Antena 1.
Sim , missa, missa mesmo! celebrada por padres, assistida por fiéis e transmitida pela rádio de todos nós - a RDP.
Não vou aqui perorar contra este facto de a Igreja católica ter direito a transmissão das suas missas pela rádio pública e as outras confissões religiosas não.
O que vos quero dizer é só isto:
Se puderem, no próximo domingo, cerca das oito horas da manhã, sintonizem a Antena 1, nos 95.7 MHz, e oiçam a missa. Vão ficar, por certo, tão estupefactos quanto eu fiquei hoje. É que vão descobrir que quase nada mudou na Igreja católica desde há cerca de trinta anos a esta parte, pelo menos.
Vão concluir que, ainda hoje, durante a missa e nas homilias:
a) se pede ao divino «a vida eterna»;
b) se ameaça os pecadores com o inferno;
c) se fala de «reino celeste»;
d) se diz que «o reino celeste está para além das nuvens» - a sério, ouvi isso -;
e) se fala em «subir» para nos encontrarmos com o Senhor;
f) se labora na contradição de ora dizer que «o Senhor está entre nós», ora dizer que «lá de longe onde Ele vive» nos segue e nos protege.
Lá mais para o fim da homilia não se resiste a falar de dinheiro e a dizer aos fiéis que ofertem o que puderem para salvar as almas.
Enfim, um empedernimento ideológico que nem no mais fossilizado militante do PCP se consegue encontrar.
Hoje dei-me ao trabalho de ouvir quase meia missa transmitida pela Antena 1.
Sim , missa, missa mesmo! celebrada por padres, assistida por fiéis e transmitida pela rádio de todos nós - a RDP.
Não vou aqui perorar contra este facto de a Igreja católica ter direito a transmissão das suas missas pela rádio pública e as outras confissões religiosas não.
O que vos quero dizer é só isto:
Se puderem, no próximo domingo, cerca das oito horas da manhã, sintonizem a Antena 1, nos 95.7 MHz, e oiçam a missa. Vão ficar, por certo, tão estupefactos quanto eu fiquei hoje. É que vão descobrir que quase nada mudou na Igreja católica desde há cerca de trinta anos a esta parte, pelo menos.
Vão concluir que, ainda hoje, durante a missa e nas homilias:
a) se pede ao divino «a vida eterna»;
b) se ameaça os pecadores com o inferno;
c) se fala de «reino celeste»;
d) se diz que «o reino celeste está para além das nuvens» - a sério, ouvi isso -;
e) se fala em «subir» para nos encontrarmos com o Senhor;
f) se labora na contradição de ora dizer que «o Senhor está entre nós», ora dizer que «lá de longe onde Ele vive» nos segue e nos protege.
Lá mais para o fim da homilia não se resiste a falar de dinheiro e a dizer aos fiéis que ofertem o que puderem para salvar as almas.
Enfim, um empedernimento ideológico que nem no mais fossilizado militante do PCP se consegue encontrar.
sábado, outubro 09, 2004
ÁFRICA MINHA
Para os que gostam do "África Minha" e me têm incentivado a dasencalhá-lo e a pôr lá novas postas, aqui vai uma pequenina notícia: coloquei lá uma posta nova que é uma promessa de que num futuro brevíssimo um novo fôlego será dado àquele blogue.
Para os que gostam do "África Minha" e me têm incentivado a dasencalhá-lo e a pôr lá novas postas, aqui vai uma pequenina notícia: coloquei lá uma posta nova que é uma promessa de que num futuro brevíssimo um novo fôlego será dado àquele blogue.
quarta-feira, outubro 06, 2004
SE A MODA PEGA...
O Primeiro Ministro veio dizer às televisões que não mandou calar Marcelo Rebelo de Sousa. Mas que o que exigia era que houvesse "contraditório" às opiniões políticas que Marcelo debitava semanalmente na TVI.
Agora os órgãos de comunicação social já sabem: acabaram-se os comentários políticos sem "contraditório". De agora em diante, quando quiserem saber o que pensa um comentador político, terão que convidar, ao mesmo tempo, mais três ou quatro para garantirem o "contraditório" a todas as tendências políticas representadas no Parlamento. É a nova moda imposta pelo Governo.
Pacheco Pereira já classificou a atitude do Governo como de "desnorte e desespero".
O que gostaríamos agora era de ouvir o responsável maior por este Governo. Sim, o Senhor Presidente da República.
O Primeiro Ministro veio dizer às televisões que não mandou calar Marcelo Rebelo de Sousa. Mas que o que exigia era que houvesse "contraditório" às opiniões políticas que Marcelo debitava semanalmente na TVI.
Agora os órgãos de comunicação social já sabem: acabaram-se os comentários políticos sem "contraditório". De agora em diante, quando quiserem saber o que pensa um comentador político, terão que convidar, ao mesmo tempo, mais três ou quatro para garantirem o "contraditório" a todas as tendências políticas representadas no Parlamento. É a nova moda imposta pelo Governo.
Pacheco Pereira já classificou a atitude do Governo como de "desnorte e desespero".
O que gostaríamos agora era de ouvir o responsável maior por este Governo. Sim, o Senhor Presidente da República.
UM GOVERNO PARALÍMPICO
Ouvi, no noticiário da TSF, com estes que a terra há-de comer, a Ministra da Educação, quando questionada sobre quantas escolas estavam a funcionar normalmente, responder: «Estão a funcionar 100% das escolas. À excepção daquelas que não estão a funcionar porque os professores nelas colocados apresentaram atestados médicos».
É! Foi a Ministra da Educação que assim respondeu.
Eu, pela minha parte, tenho nos meus bolsos 100% de todo o dinheiro de Portugal. À excepção do dinheiro de Portugal que não tenho nos meus bolsos, perceberam?
Como se pode constatar, esta Ministra foi uma belíssima escolha para este Governo paralímpico.
Ouvi, no noticiário da TSF, com estes que a terra há-de comer, a Ministra da Educação, quando questionada sobre quantas escolas estavam a funcionar normalmente, responder: «Estão a funcionar 100% das escolas. À excepção daquelas que não estão a funcionar porque os professores nelas colocados apresentaram atestados médicos».
É! Foi a Ministra da Educação que assim respondeu.
Eu, pela minha parte, tenho nos meus bolsos 100% de todo o dinheiro de Portugal. À excepção do dinheiro de Portugal que não tenho nos meus bolsos, perceberam?
Como se pode constatar, esta Ministra foi uma belíssima escolha para este Governo paralímpico.
sábado, outubro 02, 2004
AVISO OPORTUNO À NAVEGAÇÃO
No meio da unanimidade geral, do aplauso estrondoso, «ribombante», glorificando a ascensão de Sócrates à liderança do PS - unanimidade nascida destes tempos de "seca", de penúria de toda a espécie (moral, cívica, política, económica, cultural e do conhecimento) -, no meio de toda essa confusão que tolda o raciocínio e desperta o instinto da sobrevivência, eis que surge, aqui na blogosfera, alguém que não se deixou encantar pela "campanha folclórica em curso", que olhou bem para a realidade e para os dados do passado recente, e, com toda a calma e toda a crueza, resolveu dizer à turba mais ou menos isto (mas por outras palavras bem mais cruas e incisivas):
atenção, oh malta! muita atenção à História: consultai os dados do passado nela contidos e precatai-vos para o futuro, pois o rei não vai vestido como pensais e sonhais. Não subais tão alto para cantar ossanas a Sócrates, pois o homem ainda não subiu aos céus. E é bem possível que nunca lá chegue, tropece em si mesmo e se estatele ao comprido ao virar das esquinas da realidade concreta do País.
Quem assim falou foi Henrique Silveira, do blogue "Crítico". Vede aqui.
No meio da unanimidade geral, do aplauso estrondoso, «ribombante», glorificando a ascensão de Sócrates à liderança do PS - unanimidade nascida destes tempos de "seca", de penúria de toda a espécie (moral, cívica, política, económica, cultural e do conhecimento) -, no meio de toda essa confusão que tolda o raciocínio e desperta o instinto da sobrevivência, eis que surge, aqui na blogosfera, alguém que não se deixou encantar pela "campanha folclórica em curso", que olhou bem para a realidade e para os dados do passado recente, e, com toda a calma e toda a crueza, resolveu dizer à turba mais ou menos isto (mas por outras palavras bem mais cruas e incisivas):
atenção, oh malta! muita atenção à História: consultai os dados do passado nela contidos e precatai-vos para o futuro, pois o rei não vai vestido como pensais e sonhais. Não subais tão alto para cantar ossanas a Sócrates, pois o homem ainda não subiu aos céus. E é bem possível que nunca lá chegue, tropece em si mesmo e se estatele ao comprido ao virar das esquinas da realidade concreta do País.
Quem assim falou foi Henrique Silveira, do blogue "Crítico". Vede aqui.
TEMPOS NOVOS OU O ELOGIO DA MEDIOCRIDADE
Hoje em dia, atendendo à filosofia actual de gestão da Saúde, em que a finalidade é gastar o mínimo possível, eis-nos chegados ao tempo em que a prática da medicina deve ser deixada para os menos capazes e para os incompetentes, pois, a ciência médica atingiu um tal ponto de evolução, que os médicos com razoáveis conhecimentos (para não falar dos que têm uma preparação superior) não "conseguem" tratar os doentes sem fazerem despesas "incomportáveis" pelo orçamento.
Este é o tempo em que os "quadros" hospitalares devem ser extintos para se passar a recrutar trabalhadores (médicos) em bancas montadas nas ruas, nos aeroportos e nos cais de desembarque, como antigamente se recrutavam trabalhadores para a estiva ou para qualquer outro trabalho braçal que fosse necessário.
O que passa a interessar manifestamente é que o doente encontre pela frente alguém (pago a pataco), vestido de bata branca e autorizado a atendê-lo.
Se depois a morte vier mais cedo, isso é uma benesse para os depauperados fundos de pensões.
Ou pensam que isto, afinal, não está tudo ligado!?
Hoje em dia, atendendo à filosofia actual de gestão da Saúde, em que a finalidade é gastar o mínimo possível, eis-nos chegados ao tempo em que a prática da medicina deve ser deixada para os menos capazes e para os incompetentes, pois, a ciência médica atingiu um tal ponto de evolução, que os médicos com razoáveis conhecimentos (para não falar dos que têm uma preparação superior) não "conseguem" tratar os doentes sem fazerem despesas "incomportáveis" pelo orçamento.
Este é o tempo em que os "quadros" hospitalares devem ser extintos para se passar a recrutar trabalhadores (médicos) em bancas montadas nas ruas, nos aeroportos e nos cais de desembarque, como antigamente se recrutavam trabalhadores para a estiva ou para qualquer outro trabalho braçal que fosse necessário.
O que passa a interessar manifestamente é que o doente encontre pela frente alguém (pago a pataco), vestido de bata branca e autorizado a atendê-lo.
Se depois a morte vier mais cedo, isso é uma benesse para os depauperados fundos de pensões.
Ou pensam que isto, afinal, não está tudo ligado!?
segunda-feira, setembro 27, 2004
JORNALISMO NA SARJETA *
Pacheco Pereira mantém acesa a sua já antiga e mais que conhecida animosidade contra os jornalistas. E ultimamente não tem perdido uma única oportunidade de os fustigar (ver aqui, aqui e aqui).
Mas se antigamente o que mais suscitava a crítica de JPP eram certos privilégios a que os jornalistas se arrogavam (uma quase livre circulação pelos corredores da Assembleia da República, por exemplo) e o pouco cuidado em conferir a veracidade das notícias antes de as divulgar; já, hoje em dia, se atendermos às suas últimas críticas, o que mais o move é a falta de deontologia dos jornalistas que serão, assim... como que autênticos moços de recados dos políticos e dos poderosos, aos quais atribui ainda uma certa indigência cultural senão mesmo iliteracia.
Trazemos este assunto ao blogue por concordarmos que, de facto, como é facilmente constatável pela leitura dos jornais, a audição das rádios e a assistência aos telejornais, o trabalho jornalístico é, hoje em dia, de fraquíssima e duvidosa qualidade. Não fossem os chamados colaboradores - comentaristas e colunistas que diariamente se fazem ouvir através dos média - os jornais só serviriam como papel de embrulho; as rádios como companhia dos pastores; a televisão como sonífero para os reformados.
(*) Não confundir com "de sarjeta".
Pacheco Pereira mantém acesa a sua já antiga e mais que conhecida animosidade contra os jornalistas. E ultimamente não tem perdido uma única oportunidade de os fustigar (ver aqui, aqui e aqui).
Mas se antigamente o que mais suscitava a crítica de JPP eram certos privilégios a que os jornalistas se arrogavam (uma quase livre circulação pelos corredores da Assembleia da República, por exemplo) e o pouco cuidado em conferir a veracidade das notícias antes de as divulgar; já, hoje em dia, se atendermos às suas últimas críticas, o que mais o move é a falta de deontologia dos jornalistas que serão, assim... como que autênticos moços de recados dos políticos e dos poderosos, aos quais atribui ainda uma certa indigência cultural senão mesmo iliteracia.
Trazemos este assunto ao blogue por concordarmos que, de facto, como é facilmente constatável pela leitura dos jornais, a audição das rádios e a assistência aos telejornais, o trabalho jornalístico é, hoje em dia, de fraquíssima e duvidosa qualidade. Não fossem os chamados colaboradores - comentaristas e colunistas que diariamente se fazem ouvir através dos média - os jornais só serviriam como papel de embrulho; as rádios como companhia dos pastores; a televisão como sonífero para os reformados.
(*) Não confundir com "de sarjeta".
domingo, setembro 26, 2004
UFF! QUE ALÍVIO
Depois de ter visitado O Projecto e de ter constatado o insulto que LAC sofreu ao fazer este teste, Salmoura também se submeteu à prova e ficou classificado como mostra o gráfico aqui em baixo: perto do Mahatma Gandhi e de LAC, e longe de Hitler e de Stalin. Um verdadeiro alívio.
Depois de ter visitado O Projecto e de ter constatado o insulto que LAC sofreu ao fazer este teste, Salmoura também se submeteu à prova e ficou classificado como mostra o gráfico aqui em baixo: perto do Mahatma Gandhi e de LAC, e longe de Hitler e de Stalin. Um verdadeiro alívio.
LIBERDADE DE QUEM SABE DIZER
Ao ler o anúncio do Campeonato Nacional da Língua Portuguesa, patrocinado pelo jornal "Expresso" e pelo BPI, quando vi a palavra "emular" empregue como sinónimo de "competir" pensei o mesmo que diz aqui o Rui Tavares: hoje em dia emular é cada vez mais "fazer a vez de", "fingir de", "imitar" - tudo menos "competir".
Mas está no dicionário que emular é competir, dirão alguns.
Tudo bem, está no dicionário mas o certo é que parece que deve passar a não estar.
Porque, parafraseando Rui Tavares quando diz que a gramática não é um código civil da Língua, devemos dizer que o dicionário não é a tábua dos Dez Mandamentos: o dicionário é um corpo vivo que se adapta e se renova ao longo dos tempos procurando uniformizar o léxico mas contemplando as inovações e as modificações lexicais reconhecidamente usadas pela maioria dos falantes da língua a que diz respeito.
Sobre a gramática, sempre que oiço alguém recorrer a ela de forma fundamentalista, lembro-me sempre de Fernando Pessoa quando diz:
«Analisando-me à tarde, descubro que o meu sistema de estilo assenta em dois princípios, e imediatamente, e à maneira dos bons clássicos, erijo esses dois princípios em fundamentos gerais de todo o estilo: 1) dizer o que se sente exactamente como se sente - claramente, se é claro; obscuramente, se é obscuro; confusamente se é confuso -; 2) compreender que a gramática é um instrumento e não uma lei.»
«A gramática, definindo o uso, faz divisões legítimas e falsas. Divide, por exemplo, os verbos em transitivos e intransitivos; porém o homem de saber dizer tem muitas vezes que converter um verbo transitivo em intransitivo para fotografar o que sente, e não para, como o comum dos animais homens, o ver às escuras. Se quiser dizer que existo direi "Sou". Se quiser dizer que existo como uma alma separada, direi "Sou eu". Mas se quiser dizer que existo como entidade que a si mesma se dirige e forma, que exerce junto de si mesma a função divina de se criar, como hei-de empregar o verbo "ser" senão convertendo-o subitamente em transitivo? E então, triunfalmente, antigramaticalmente supremo, direi, "Sou-me". Terei dito uma filosofia em duas palavras pequenas. Que preferível não é isto a não dizer nada em quarenta frases? Que mais se pode exigir da filosofia e da dicção?
Obedeça à gramática quem não sabe pensar o que sente. Sirva-se dela quem sabe mandar nas sua expressões.»
Ao ler o anúncio do Campeonato Nacional da Língua Portuguesa, patrocinado pelo jornal "Expresso" e pelo BPI, quando vi a palavra "emular" empregue como sinónimo de "competir" pensei o mesmo que diz aqui o Rui Tavares: hoje em dia emular é cada vez mais "fazer a vez de", "fingir de", "imitar" - tudo menos "competir".
Mas está no dicionário que emular é competir, dirão alguns.
Tudo bem, está no dicionário mas o certo é que parece que deve passar a não estar.
Porque, parafraseando Rui Tavares quando diz que a gramática não é um código civil da Língua, devemos dizer que o dicionário não é a tábua dos Dez Mandamentos: o dicionário é um corpo vivo que se adapta e se renova ao longo dos tempos procurando uniformizar o léxico mas contemplando as inovações e as modificações lexicais reconhecidamente usadas pela maioria dos falantes da língua a que diz respeito.
Sobre a gramática, sempre que oiço alguém recorrer a ela de forma fundamentalista, lembro-me sempre de Fernando Pessoa quando diz:
«Analisando-me à tarde, descubro que o meu sistema de estilo assenta em dois princípios, e imediatamente, e à maneira dos bons clássicos, erijo esses dois princípios em fundamentos gerais de todo o estilo: 1) dizer o que se sente exactamente como se sente - claramente, se é claro; obscuramente, se é obscuro; confusamente se é confuso -; 2) compreender que a gramática é um instrumento e não uma lei.»
«A gramática, definindo o uso, faz divisões legítimas e falsas. Divide, por exemplo, os verbos em transitivos e intransitivos; porém o homem de saber dizer tem muitas vezes que converter um verbo transitivo em intransitivo para fotografar o que sente, e não para, como o comum dos animais homens, o ver às escuras. Se quiser dizer que existo direi "Sou". Se quiser dizer que existo como uma alma separada, direi "Sou eu". Mas se quiser dizer que existo como entidade que a si mesma se dirige e forma, que exerce junto de si mesma a função divina de se criar, como hei-de empregar o verbo "ser" senão convertendo-o subitamente em transitivo? E então, triunfalmente, antigramaticalmente supremo, direi, "Sou-me". Terei dito uma filosofia em duas palavras pequenas. Que preferível não é isto a não dizer nada em quarenta frases? Que mais se pode exigir da filosofia e da dicção?
Obedeça à gramática quem não sabe pensar o que sente. Sirva-se dela quem sabe mandar nas sua expressões.»
TUDO TEM LIMITES, NÃO É?
António Barreto insurge-se hoje, nas páginas do jornal "PÚBLICO", contra certas proibições absurdas ou exageradas, impostas em alguns países, mas sobretudo em Inglaterra, ao infeliz cidadão.
Uma dessas proibições que exemplifica é esta:
«...a proibição, já hoje legal em Inglaterra, de menores de 16 anos adquirirem "hamsters" ou peixinhos para os seus aquários.»
Eu, aí, não acompanho António Barreto e concordo plenamente com essa proibição.
Então seria lá justo que um marmanjo, de 12, 13 ou 16 anos, pegasse no coitadinho de um "hamster" e mergulhasse o simpático ratinho num aquário?
Oh meu caro António Barreto, modere lá a sua indignação e não seja tão sádico assim.
António Barreto insurge-se hoje, nas páginas do jornal "PÚBLICO", contra certas proibições absurdas ou exageradas, impostas em alguns países, mas sobretudo em Inglaterra, ao infeliz cidadão.
Uma dessas proibições que exemplifica é esta:
«...a proibição, já hoje legal em Inglaterra, de menores de 16 anos adquirirem "hamsters" ou peixinhos para os seus aquários.»
Eu, aí, não acompanho António Barreto e concordo plenamente com essa proibição.
Então seria lá justo que um marmanjo, de 12, 13 ou 16 anos, pegasse no coitadinho de um "hamster" e mergulhasse o simpático ratinho num aquário?
Oh meu caro António Barreto, modere lá a sua indignação e não seja tão sádico assim.
sábado, setembro 25, 2004
ELOGIO AOS BLOGUES
O Diário de Notícias titula hoje: «Metade das rendas velhas sem aumento».
De facto não há como não concordar com aqueles que têm chamado a atenção para o facto de aquele jornal se ter transformado, definitivamente, na "folha oficial" do actual Governo de direita.
Aquela notícia, para ser verdadeira, teria que dizer isto:
"Metade das rendas velhas sem aumento durante três anos".
É que a proposta do Governo para a Lei do arrendamento urbano prevê que depois dos três anos de congelamento previstos na Lei, aquelas rendas passarão a poder ser actualizadas como as outras.
Já tínhamos a TSF a andar com o Governo ao colo, qual "Rádio Bagdad" a desmentir o colapso do regime de Saddam, mesmo quando as tropas invasoras já estavam às portas de Bagdad; agora é o Diário de Notícias que se transforma em "folha oficial" e nos "passa" diariamente, meias notícias com a finalidade de escamotear o profundo ataque desferido pela direita no poder contra a classe média e o Zé Povinho.
Sabendo que o "Expresso" faz campanha por Santana Lopes e contribui assim para o cerco à opinião pública por parte dos grupos económicos representados no poder e donos desses órgãos de comunicação;
é chegada a altura - hoje mais do que nunca - de não desfalecer no afã de fazer e de ler os blogues (todos), pois, aqui está, hoje por hoje, o único espaço de opinião, livre e democrático, no país.
Ao que chegámos!
P.S. O que é triste também é constatarmos que Mário Bettencourt Resendes, lá do alto da sua cadeira de Director geral de Publicações da Lusomundo Media, assiste, impávido e calado, a toda esta vergonha.
O Diário de Notícias titula hoje: «Metade das rendas velhas sem aumento».
De facto não há como não concordar com aqueles que têm chamado a atenção para o facto de aquele jornal se ter transformado, definitivamente, na "folha oficial" do actual Governo de direita.
Aquela notícia, para ser verdadeira, teria que dizer isto:
"Metade das rendas velhas sem aumento durante três anos".
É que a proposta do Governo para a Lei do arrendamento urbano prevê que depois dos três anos de congelamento previstos na Lei, aquelas rendas passarão a poder ser actualizadas como as outras.
Já tínhamos a TSF a andar com o Governo ao colo, qual "Rádio Bagdad" a desmentir o colapso do regime de Saddam, mesmo quando as tropas invasoras já estavam às portas de Bagdad; agora é o Diário de Notícias que se transforma em "folha oficial" e nos "passa" diariamente, meias notícias com a finalidade de escamotear o profundo ataque desferido pela direita no poder contra a classe média e o Zé Povinho.
Sabendo que o "Expresso" faz campanha por Santana Lopes e contribui assim para o cerco à opinião pública por parte dos grupos económicos representados no poder e donos desses órgãos de comunicação;
é chegada a altura - hoje mais do que nunca - de não desfalecer no afã de fazer e de ler os blogues (todos), pois, aqui está, hoje por hoje, o único espaço de opinião, livre e democrático, no país.
Ao que chegámos!
P.S. O que é triste também é constatarmos que Mário Bettencourt Resendes, lá do alto da sua cadeira de Director geral de Publicações da Lusomundo Media, assiste, impávido e calado, a toda esta vergonha.
quarta-feira, setembro 22, 2004
MAIS RÁPIDO QUE A MÁQUINA
Depois das férias e de mais uns dias (em cura sabática) afastado dos blogues e dos jornais, Salmoura ensaia hoje os primeiros passos de mais uma jornada blogosférica que irá até finais de Novembro próximo.
E retoma a prosa pelo assunto do momento - a colcação de professores - para constatar uma coisa espantosa em que ninguém ainda reparou:
a Ministra da Educação prometeu ontem fazer sair, em 9 dias, nove, a lista de colocação de professores, a qual vai ser elaborada manualmente (à século desanove).
O espanto perante tal facto (a consumar) consiste em constatar que sucessivos Governos anteriores, do PS e do PSD, foram totalmente cegos a esta mais que cristalina realidade que hoje se nos depara:
a elaboração manual das listas é infinitamente mais rápida e infalível do que o mesmo trabalho feito por computador equipado com caríssimo software.
Não se pode concluir senão isso, pois que, lembremo-nos, a colocação de professores, desde o início dos concursos à saída das listas, por norma, sempre levou três a quatro meses para ser executada por computador. Se manualmente só leva nove dias, é razão mais que suficiente para este nosso espanto.
E concluímos ainda que se acaba de arranjar no país um tema quente de discussão à escala planetária:
"serão, afinal, os computadores, tão importantes assim que a humanidade não os possa substituir pelo cálculo de cabeça e pelos dedinhos humanos?"
Depois das férias e de mais uns dias (em cura sabática) afastado dos blogues e dos jornais, Salmoura ensaia hoje os primeiros passos de mais uma jornada blogosférica que irá até finais de Novembro próximo.
E retoma a prosa pelo assunto do momento - a colcação de professores - para constatar uma coisa espantosa em que ninguém ainda reparou:
a Ministra da Educação prometeu ontem fazer sair, em 9 dias, nove, a lista de colocação de professores, a qual vai ser elaborada manualmente (à século desanove).
O espanto perante tal facto (a consumar) consiste em constatar que sucessivos Governos anteriores, do PS e do PSD, foram totalmente cegos a esta mais que cristalina realidade que hoje se nos depara:
a elaboração manual das listas é infinitamente mais rápida e infalível do que o mesmo trabalho feito por computador equipado com caríssimo software.
Não se pode concluir senão isso, pois que, lembremo-nos, a colocação de professores, desde o início dos concursos à saída das listas, por norma, sempre levou três a quatro meses para ser executada por computador. Se manualmente só leva nove dias, é razão mais que suficiente para este nosso espanto.
E concluímos ainda que se acaba de arranjar no país um tema quente de discussão à escala planetária:
"serão, afinal, os computadores, tão importantes assim que a humanidade não os possa substituir pelo cálculo de cabeça e pelos dedinhos humanos?"
sábado, setembro 04, 2004
INFELIZMENTE - TUDO COMO ERA ESPERADO
Não há que admirar o «amadorismo», a «falta de preparação de cenários alternativos» para o resgate dos reféns da escola da Ossétia onde ontem se verificou a carnificina de mais de trezentos inocentes. Não há que haver perplexidade nem espanto perante a insensatez das autoridades russas. Não há que condenar a falta de organização de um esquema mínimo de assistência médica no local da tragédia, nem a escandalosa fuga de terroristas para parte incerta.
É assim a Rússia.
Quem leu Tolstoi, Dostoievsky ou Soljenitsin sabe que o povo russo nunca resolve nada: fica sempre à espera que "quem manda" - ponha, disponha e resolva como melhor souber (ou não souber) os problemas. E quem manda sabe que o seu poder é absoluto e não tem contas a prestar a ninguém. Por isso nunca se preocupa em gastar tempo e meios para solucionar seja o que for, confiando no tempo e no acaso para cumprir essas tarefas.
O povo russo, que viveu sempre na miséria, e que vive o quotidiano, de tragédia em tragédia, a ponto de parecer que não sabe viver sem ser oprimido e massacrado, vai facilmente absorver mais esta tragédia acontecida na Ossétia e passar à página seguinte.
Num dos livros de Soljenitsin, salvo erro, o autor descreve o dilema de dois camponeses russos que observavam o aproximar, a cavalo, do latifundiário para quem trabalhavam: não sabiam se haviam de ignorar a presença do "senhor" ou se haviam de o cumprimentar; é que se o ignorassem seriam chicoteados porque deveriam dar pela sua presença e cumprimentá-lo; se por outro lado o cumprimentassem, seriam também chicoteados por terem tido o desplante de o fazer.
Lembro-me ainda que na era Ieltsin, não há muitos anos, portanto, as televisões passaram uma entrevista a um casal russo, pais de uma filha - ele oficial do exército, ela professora numa escola estatal -. Moravam num apartamento do Estado, de duas divisões e cozinha; viviam apenas numa das duas divisões do apartamento porque a outra era onde, em duas grades vazias para garrafas, criavam dois leitões de cada vez, leitões que depois vendiam a um restaurante garantindo assim a subsistência a um nível miserável em termos ocidentais.
Tratava-se, repito, de um casal composto por um oficial do exército russo e por uma professora.
São pessoas como estas que por certo estiveram envolvidas na resolução do problema dos reféns. Daí não haver surpresas - decorreu tudo como era esperado.
Não há que admirar o «amadorismo», a «falta de preparação de cenários alternativos» para o resgate dos reféns da escola da Ossétia onde ontem se verificou a carnificina de mais de trezentos inocentes. Não há que haver perplexidade nem espanto perante a insensatez das autoridades russas. Não há que condenar a falta de organização de um esquema mínimo de assistência médica no local da tragédia, nem a escandalosa fuga de terroristas para parte incerta.
É assim a Rússia.
Quem leu Tolstoi, Dostoievsky ou Soljenitsin sabe que o povo russo nunca resolve nada: fica sempre à espera que "quem manda" - ponha, disponha e resolva como melhor souber (ou não souber) os problemas. E quem manda sabe que o seu poder é absoluto e não tem contas a prestar a ninguém. Por isso nunca se preocupa em gastar tempo e meios para solucionar seja o que for, confiando no tempo e no acaso para cumprir essas tarefas.
O povo russo, que viveu sempre na miséria, e que vive o quotidiano, de tragédia em tragédia, a ponto de parecer que não sabe viver sem ser oprimido e massacrado, vai facilmente absorver mais esta tragédia acontecida na Ossétia e passar à página seguinte.
Num dos livros de Soljenitsin, salvo erro, o autor descreve o dilema de dois camponeses russos que observavam o aproximar, a cavalo, do latifundiário para quem trabalhavam: não sabiam se haviam de ignorar a presença do "senhor" ou se haviam de o cumprimentar; é que se o ignorassem seriam chicoteados porque deveriam dar pela sua presença e cumprimentá-lo; se por outro lado o cumprimentassem, seriam também chicoteados por terem tido o desplante de o fazer.
Lembro-me ainda que na era Ieltsin, não há muitos anos, portanto, as televisões passaram uma entrevista a um casal russo, pais de uma filha - ele oficial do exército, ela professora numa escola estatal -. Moravam num apartamento do Estado, de duas divisões e cozinha; viviam apenas numa das duas divisões do apartamento porque a outra era onde, em duas grades vazias para garrafas, criavam dois leitões de cada vez, leitões que depois vendiam a um restaurante garantindo assim a subsistência a um nível miserável em termos ocidentais.
Tratava-se, repito, de um casal composto por um oficial do exército russo e por uma professora.
São pessoas como estas que por certo estiveram envolvidas na resolução do problema dos reféns. Daí não haver surpresas - decorreu tudo como era esperado.
domingo, agosto 29, 2004
COM A ROSE EM FORTALEZA
Numa viagem de férias a Fortaleza, no Brasil, você arrisca-se a ter garotas bem bonitas como companhia durante o voo.
(Calçadão)
Se não for forreta pode muito bem instalar-se num dos bons hotéis do "calçadão" (nome por que é conhecida a avenida marginal) onde poderá desfrutar de uma excelente vista das praias e onde estão instalados alguns dos melhores restaurantes que pode visitar deslocando-se a pé.
As praias do calçadão estão infelizmente poluídas pelo que não as deverá frequentar. Fique apenas com a vista das mesmas e assista, da varanda do seu quarto, no hotel, ao final da tarde, a um bonito pôr-do-sol.
(Rose)
Deixe-se guiar pelos excelentes guias da agência Beach Sun, por exemplo.
(Praia da Canoa Quebrada)
Visite praias paradisíacas da costa de Fortaleza.
Participe em passeios às dunas, lagoas e resortes das redondezas e depois abanque-se para um retemperador almoço num dos muitos restaurantes instalados mesmo junto à rebentação do mar; aí beba cervejas bem geladinhas e se não for alcoólico não desanime: tem muito sumo fresco de frutos tropicais para degustar. Em alternativa deixe-se pentear de trancinhas e com contas no cabelo.
À noite, jantando, assista, entre duas caipirinhas, a representações de grupos temáticos que lhe podem trazer alguma informação sobre o folclore e diferentes formas de expressão da cultura popular brasileira num desfile que abarca o país de norte a sul trazendo o que de mais representativo se encontra em cada região.
(Simpatia da Rose)
Faça amizade e volte outra vez a Fortaleza.
Nota: todos os guias da agência Beach Sun nos mereceram a nota máxima: são guias cinco estrelas. Mas a Rose merece mais uma estrela pela sua beleza e por conduzir as visitas com o entusiasmo de quem estivesse a visitar os lugares, tal como nós, pela primeira vez. E convenhamos que isso não é mesmo nada fácil. E tem um nome. Chama-se profissionalismo.
Numa viagem de férias a Fortaleza, no Brasil, você arrisca-se a ter garotas bem bonitas como companhia durante o voo.
(Calçadão)
Se não for forreta pode muito bem instalar-se num dos bons hotéis do "calçadão" (nome por que é conhecida a avenida marginal) onde poderá desfrutar de uma excelente vista das praias e onde estão instalados alguns dos melhores restaurantes que pode visitar deslocando-se a pé.
As praias do calçadão estão infelizmente poluídas pelo que não as deverá frequentar. Fique apenas com a vista das mesmas e assista, da varanda do seu quarto, no hotel, ao final da tarde, a um bonito pôr-do-sol.
(Rose)
Deixe-se guiar pelos excelentes guias da agência Beach Sun, por exemplo.
(Praia da Canoa Quebrada)
Visite praias paradisíacas da costa de Fortaleza.
Participe em passeios às dunas, lagoas e resortes das redondezas e depois abanque-se para um retemperador almoço num dos muitos restaurantes instalados mesmo junto à rebentação do mar; aí beba cervejas bem geladinhas e se não for alcoólico não desanime: tem muito sumo fresco de frutos tropicais para degustar. Em alternativa deixe-se pentear de trancinhas e com contas no cabelo.
À noite, jantando, assista, entre duas caipirinhas, a representações de grupos temáticos que lhe podem trazer alguma informação sobre o folclore e diferentes formas de expressão da cultura popular brasileira num desfile que abarca o país de norte a sul trazendo o que de mais representativo se encontra em cada região.
(Simpatia da Rose)
Faça amizade e volte outra vez a Fortaleza.
Nota: todos os guias da agência Beach Sun nos mereceram a nota máxima: são guias cinco estrelas. Mas a Rose merece mais uma estrela pela sua beleza e por conduzir as visitas com o entusiasmo de quem estivesse a visitar os lugares, tal como nós, pela primeira vez. E convenhamos que isso não é mesmo nada fácil. E tem um nome. Chama-se profissionalismo.
sábado, agosto 14, 2004
terça-feira, agosto 10, 2004
ENTENDAMO-NOS
Falar bem exige, como é óbvio, que as palavras empregues transmitam o mais exactamente possível a ideia do que se quer significar, isto é, exige que o significante (a palavra) se adeqúe exactamente ao significado (objecto, estado, acção, etc.) a que se refere.
Sobre o caso das cassetes furtadas ao jornalista Octávio Lobo, todo o mundo diz e escreve que as mesmas cassetes foram "roubadas" - não foram roubadas coisa nenhuma -. As cassetes foram, como disse já, furtadas.
É que roubar não é a mesma coisa que furtar.
Furtar é apossar-se indevidamente de algo que não pertence a quem assume essa posse.
E roubar é furtar empregando violência ao praticar o acto.
Se, por exemplo, alguém se introduz em nossa casa e se apossa, sem empregar violência, da nossa carteira - isso é furto.
Mas se, em alternativa, esse alguém nos agride com violência para se apossar da nossa carteira - isso então é que já é roubo.
Ficou claro?
Quanto a este assunto não há como não dar razão a Vasco Pulido Valente quando sobre a generalizada má preparação escolar dos portugueses escreveu há três dias no Diário de Notícias:
o país que «estudou» desceu a uma geral iliteracia: estultificante, grosseira e muito contente de si mesma. Os jornalistas não sabem escrever. Na televisão, não se fala português ou qualquer outra língua reconhecível. A «classe dirigente» (da política à economia e da ciência ao futebol) precisava, sem excepção, de voltar ao «básico».
Nem mais!
Falar bem exige, como é óbvio, que as palavras empregues transmitam o mais exactamente possível a ideia do que se quer significar, isto é, exige que o significante (a palavra) se adeqúe exactamente ao significado (objecto, estado, acção, etc.) a que se refere.
Sobre o caso das cassetes furtadas ao jornalista Octávio Lobo, todo o mundo diz e escreve que as mesmas cassetes foram "roubadas" - não foram roubadas coisa nenhuma -. As cassetes foram, como disse já, furtadas.
É que roubar não é a mesma coisa que furtar.
Furtar é apossar-se indevidamente de algo que não pertence a quem assume essa posse.
E roubar é furtar empregando violência ao praticar o acto.
Se, por exemplo, alguém se introduz em nossa casa e se apossa, sem empregar violência, da nossa carteira - isso é furto.
Mas se, em alternativa, esse alguém nos agride com violência para se apossar da nossa carteira - isso então é que já é roubo.
Ficou claro?
Quanto a este assunto não há como não dar razão a Vasco Pulido Valente quando sobre a generalizada má preparação escolar dos portugueses escreveu há três dias no Diário de Notícias:
o país que «estudou» desceu a uma geral iliteracia: estultificante, grosseira e muito contente de si mesma. Os jornalistas não sabem escrever. Na televisão, não se fala português ou qualquer outra língua reconhecível. A «classe dirigente» (da política à economia e da ciência ao futebol) precisava, sem excepção, de voltar ao «básico».
Nem mais!
sexta-feira, agosto 06, 2004
quarta-feira, agosto 04, 2004
FÉRIAS COM GARANTIA
As férias de Verão são uma coisa altamente subjectiva.
Em certo aspecto pelo menos assim o é:
Embora por aqui as verdadeiras férias venham a ser apenas a partir de perto do meio deste mês, Salmoura, por exemplo, tem estado psicologicamente de férias desde que entrou o mês de Agosto, pois a verdade é que predominam a preguiça, a cerveja, suspiros mentais eivados de concupiscência e um enfado quase total para a blogueação.
O que vale - ou não vale, sabe-se lá? - é que a restante blogosfera também não é exemplo de afã bloguístico que se veja: os blogueiros habitualmente mais assíduos têm feito gazeta de três em pipa e só alguns fizeram constar a sua condição de veraneantes.
É o que eu digo: as férias são altamente subjectivas.
E por ser assim, qualquer dia o melhor é passarmos todos a fazer férias no botequim da esquina a jogar ao dominó; quanto mais não seja para termos dinheiro para as propinas e os artigos escolares da pequenada, aí por alturas de Setembro/Outubro.
É que, se temos circo garantido, já o pão não parece assim tão óbvio de garantir.
As férias de Verão são uma coisa altamente subjectiva.
Em certo aspecto pelo menos assim o é:
Embora por aqui as verdadeiras férias venham a ser apenas a partir de perto do meio deste mês, Salmoura, por exemplo, tem estado psicologicamente de férias desde que entrou o mês de Agosto, pois a verdade é que predominam a preguiça, a cerveja, suspiros mentais eivados de concupiscência e um enfado quase total para a blogueação.
O que vale - ou não vale, sabe-se lá? - é que a restante blogosfera também não é exemplo de afã bloguístico que se veja: os blogueiros habitualmente mais assíduos têm feito gazeta de três em pipa e só alguns fizeram constar a sua condição de veraneantes.
É o que eu digo: as férias são altamente subjectivas.
E por ser assim, qualquer dia o melhor é passarmos todos a fazer férias no botequim da esquina a jogar ao dominó; quanto mais não seja para termos dinheiro para as propinas e os artigos escolares da pequenada, aí por alturas de Setembro/Outubro.
É que, se temos circo garantido, já o pão não parece assim tão óbvio de garantir.
quinta-feira, julho 29, 2004
A CABEÇA ESTÁ NO COMPUTADOR
Nem lido e relido se acredita.
«Li no "24Horas" esta educativa história: Diogo Feyo é insigne militante do PP e foi colaborador do blogue "O Acidental". Há uns tempos postou um pequeno texto com cinco linhas e cinco erros ortográficos. Uma leitora indignada protestou. Diogo Feyo, prontamente, esclareceu o lapso. Os erros eram devidos ao facto do computador não ter corrector ortográfico. Santana Lopes soube da história e enviou o rapaz para a escola da vida: a Secretaria de Estado da Educação!»
Quer dizer: o homem não tem a mínima preparação pois dá incríveis erros ortográficos em Português. E patenteia a sua incompetência ao mostrar-se absolutamente dependente do corrector ortográfico do computador.
Confirme aqui no Blog de Esquerda de onde a posta foi reroubada.
Nem lido e relido se acredita.
«Li no "24Horas" esta educativa história: Diogo Feyo é insigne militante do PP e foi colaborador do blogue "O Acidental". Há uns tempos postou um pequeno texto com cinco linhas e cinco erros ortográficos. Uma leitora indignada protestou. Diogo Feyo, prontamente, esclareceu o lapso. Os erros eram devidos ao facto do computador não ter corrector ortográfico. Santana Lopes soube da história e enviou o rapaz para a escola da vida: a Secretaria de Estado da Educação!»
Quer dizer: o homem não tem a mínima preparação pois dá incríveis erros ortográficos em Português. E patenteia a sua incompetência ao mostrar-se absolutamente dependente do corrector ortográfico do computador.
Confirme aqui no Blog de Esquerda de onde a posta foi reroubada.
quarta-feira, julho 28, 2004
MISTÉRIO
Definitivamente Santana Lopes não pertence àquela Direita que José Manuel Fernandes costuma defender até aos limites da insanidade mental.
Salmoura ainda está para descobrir qual a desfeita que Santana Lopes terá feito a JMF para este lhe negar a sua solidariedade política e ideológica, solidariedade tão esbanjada a rodos no passado recente, a favor de José Barroso e de Bush.
Algo se terá passado sem que a gente se tenha apercebido claramente disso pois não é costume o director do jornal "Público" desamparar desta forma tão grosseira um tão alto representante da Direita - fosse qual fosse a inteligência, a preparação, o acerto e a prestação desse representante -. Basta recordar os apoios caninos prestados por JMF aos intervenientes na "cimeira da mentira" para se chegar a esta conclusão.
Enfim... mistério!
Definitivamente Santana Lopes não pertence àquela Direita que José Manuel Fernandes costuma defender até aos limites da insanidade mental.
Salmoura ainda está para descobrir qual a desfeita que Santana Lopes terá feito a JMF para este lhe negar a sua solidariedade política e ideológica, solidariedade tão esbanjada a rodos no passado recente, a favor de José Barroso e de Bush.
Algo se terá passado sem que a gente se tenha apercebido claramente disso pois não é costume o director do jornal "Público" desamparar desta forma tão grosseira um tão alto representante da Direita - fosse qual fosse a inteligência, a preparação, o acerto e a prestação desse representante -. Basta recordar os apoios caninos prestados por JMF aos intervenientes na "cimeira da mentira" para se chegar a esta conclusão.
Enfim... mistério!
terça-feira, julho 27, 2004
BASTANTE INTERESSANTE
Definitivamente o homem acordou. Ele é Vicente Jorge Silva e tem-nos brindado com algumas postas estimulantes de uma contundência política até há pouco inusitada pelos lados do Causa Nossa.
Vá até lá e desopile-se um pouco lendo o que tem dito para o interior do PS esse homem que um dia descobriu a "geração rasca", outro dia integrou a bancada parlamentar do PS como deputado independente, e agora decidiu cortar as amarras com o partido e fazer claramente a sua leitura política crítica dos arranjos e desarranjos preparatórios da sucessão de Ferro Rodrigues, que se vão sucedendo no seio do Partido Socialista, protagonizados por algumas figuras representativas das várias facções que por lá coabitam.
Vale a pena ler as postas de Vicente Jorge Silva pois o homem sabe do que fala.
Definitivamente o homem acordou. Ele é Vicente Jorge Silva e tem-nos brindado com algumas postas estimulantes de uma contundência política até há pouco inusitada pelos lados do Causa Nossa.
Vá até lá e desopile-se um pouco lendo o que tem dito para o interior do PS esse homem que um dia descobriu a "geração rasca", outro dia integrou a bancada parlamentar do PS como deputado independente, e agora decidiu cortar as amarras com o partido e fazer claramente a sua leitura política crítica dos arranjos e desarranjos preparatórios da sucessão de Ferro Rodrigues, que se vão sucedendo no seio do Partido Socialista, protagonizados por algumas figuras representativas das várias facções que por lá coabitam.
Vale a pena ler as postas de Vicente Jorge Silva pois o homem sabe do que fala.
sexta-feira, julho 23, 2004
BRAVO! VICENTE
Vicente Jorge Silva ouviu as críticas de Salmoura aos suplentes de Vital Moreira no Causa Nossa e vai daí desarrincou uma posta "à la Salmoura" que saúdo vivamente.
Não é todos os dias que alguém cuja opinião já foi, em tempos, escutada com muito interesse (quando dirigiu o jornal diário "Público") escreve: «Assim vai a estabilidade política num país que se confunde cada vez mais com uma república das bananas ou um ninho de cucos.»
Digam lá se não é mesmo uma escrita "à la Salmoura".
Vicente Jorge Silva ouviu as críticas de Salmoura aos suplentes de Vital Moreira no Causa Nossa e vai daí desarrincou uma posta "à la Salmoura" que saúdo vivamente.
Não é todos os dias que alguém cuja opinião já foi, em tempos, escutada com muito interesse (quando dirigiu o jornal diário "Público") escreve: «Assim vai a estabilidade política num país que se confunde cada vez mais com uma república das bananas ou um ninho de cucos.»
Digam lá se não é mesmo uma escrita "à la Salmoura".
CHAPEAU, SENHOR ZAHOVIC
Quando se ouve dizer que aos 16 anos alguém foi campeão nacional de xadrez no seu país; que, sendo hoje jogador de futebol, esse alguém lê livros durante os estágios e quando frequenta o bar do local de estágio pede para desligarem a televisão;
Quando se ouve dizer, ou melhor, se lê isso, como li, aqui no Causa Nossa, é caso para dizer: Aleluia! finalmente há um jogador de futebol capaz de pensar e que não é daqueles que só sabem dizer: «o futebol é isso mesmo».
Quando se ouve dizer que aos 16 anos alguém foi campeão nacional de xadrez no seu país; que, sendo hoje jogador de futebol, esse alguém lê livros durante os estágios e quando frequenta o bar do local de estágio pede para desligarem a televisão;
Quando se ouve dizer, ou melhor, se lê isso, como li, aqui no Causa Nossa, é caso para dizer: Aleluia! finalmente há um jogador de futebol capaz de pensar e que não é daqueles que só sabem dizer: «o futebol é isso mesmo».
terça-feira, julho 20, 2004
BELO, BELÍSSIMO!
Neste último fim-de-semana Salmoura foi à sua "petite Marmeleira" onde remexeu o conteúdo de um baú com papéis velhos de cerca de trinta, vinte e cinco anos. Encontrou alguns textos curiosos (resiste a dizer que são interessantes) que decidiu dar à estampa na blogosfera pelo que acaba de criar um blogue onde os publicará.
Nada melhor, crê Salmoura, que inaugurar o novo blogue com um texto que é tão só:
Um dos mais belos textos narrativos que jamais alguém terá um dia escrito.
Avaliai por vós mesmos. Deliciai-vos! É a palavra exacta para o acto sublime que consiste em ler
"Exaltação da Tortilha de Banana"
O narrador é o escritor cubano, Enrique Lanza, hoje (onde estará?) um cinquentão. Em 1975 Lanza vivia em Havana onde escrevia e desenhava na cadeira de rodas a que o reduzira um acidente de automóvel. Foi sentado nessa cadeira que produziu a bela narrativa que começa assim:
«Em certas ocasiões, especialmente feriadas, preparada pela mão incrível de meu pai, aparece na nossa mesa uma tortilha de bananas, de um sabor e de um aspecto entre o onírico e o pornográfico... A banana, como é bem sabido, apresenta, no seu estado natural, um aspecto nitidamente falusco; mas quando se torna friável, num estado avançado de maturação, e se mistura com ovo batido, o seu aspecto muda de uma maneira crisálica, convertendo-se numa espécie de incrível filete público. Poucas vezes - creio - se viu tamanha transformação na História, salvo no caso, talvez, da estranha aventura de Orlando, e na história - bastante desprezível, por certo - de determinados transformistas de feira barata.
Seja como for, a execução desta tortilha por parte de meu pai é sempre um labor de natureza particularmente mística.»
E mais à frente:
«Preparadas as bananas, seleccionados os bocados mais delicados, procede-se à imersão dos ovos batidos na frigideira. Estes ovos não podem ser ovos normais e correntes, como esses que é possível passar por água; pelo contrário, enquanto que naqueles é recomendável uma palidez quase botticéllica, os ovos para a tortilha de bananas devem ter, nas suas gemas, um pouco de Van Gogh e um pouco de Breughel, e nas suas claras, um branco puramente construtivista, ascético, quase - e é delicioso este quase - virginal.»
Como, por certo, gostou destes dois exemplos da bela escrita de Enrique Lanza, aqui tem, para seu deleite, em O BAÚ DE SALMOURA, a narrativa completa.
Neste último fim-de-semana Salmoura foi à sua "petite Marmeleira" onde remexeu o conteúdo de um baú com papéis velhos de cerca de trinta, vinte e cinco anos. Encontrou alguns textos curiosos (resiste a dizer que são interessantes) que decidiu dar à estampa na blogosfera pelo que acaba de criar um blogue onde os publicará.
Nada melhor, crê Salmoura, que inaugurar o novo blogue com um texto que é tão só:
Um dos mais belos textos narrativos que jamais alguém terá um dia escrito.
Avaliai por vós mesmos. Deliciai-vos! É a palavra exacta para o acto sublime que consiste em ler
"Exaltação da Tortilha de Banana"
O narrador é o escritor cubano, Enrique Lanza, hoje (onde estará?) um cinquentão. Em 1975 Lanza vivia em Havana onde escrevia e desenhava na cadeira de rodas a que o reduzira um acidente de automóvel. Foi sentado nessa cadeira que produziu a bela narrativa que começa assim:
«Em certas ocasiões, especialmente feriadas, preparada pela mão incrível de meu pai, aparece na nossa mesa uma tortilha de bananas, de um sabor e de um aspecto entre o onírico e o pornográfico... A banana, como é bem sabido, apresenta, no seu estado natural, um aspecto nitidamente falusco; mas quando se torna friável, num estado avançado de maturação, e se mistura com ovo batido, o seu aspecto muda de uma maneira crisálica, convertendo-se numa espécie de incrível filete público. Poucas vezes - creio - se viu tamanha transformação na História, salvo no caso, talvez, da estranha aventura de Orlando, e na história - bastante desprezível, por certo - de determinados transformistas de feira barata.
Seja como for, a execução desta tortilha por parte de meu pai é sempre um labor de natureza particularmente mística.»
E mais à frente:
«Preparadas as bananas, seleccionados os bocados mais delicados, procede-se à imersão dos ovos batidos na frigideira. Estes ovos não podem ser ovos normais e correntes, como esses que é possível passar por água; pelo contrário, enquanto que naqueles é recomendável uma palidez quase botticéllica, os ovos para a tortilha de bananas devem ter, nas suas gemas, um pouco de Van Gogh e um pouco de Breughel, e nas suas claras, um branco puramente construtivista, ascético, quase - e é delicioso este quase - virginal.»
Como, por certo, gostou destes dois exemplos da bela escrita de Enrique Lanza, aqui tem, para seu deleite, em O BAÚ DE SALMOURA, a narrativa completa.
domingo, julho 18, 2004
GRANDE IMBRÓGLIO
Escreve JPP no Abrupto:
«CATÁLOGO DE ATITUDES»
«Nenhuma dúvida, dúvidas, benefício da dúvida, complacência, fila de cumprimentos, palmas, muitas palmas, e "agora é que vai ser".»
Esta posta do Abrupto somada à demolição que hoje na TVI Marcelo fez do Governo de Santana, quer dizer tudo:
Quer sobretudo dizer que o Presidente Jorge Sampaio está tão tramado como tramado está o Governo e como ainda e infelizmente tramadíssimo está o povo português.
Vamos emigrar para o Iraque?
Escreve JPP no Abrupto:
«CATÁLOGO DE ATITUDES»
«Nenhuma dúvida, dúvidas, benefício da dúvida, complacência, fila de cumprimentos, palmas, muitas palmas, e "agora é que vai ser".»
Esta posta do Abrupto somada à demolição que hoje na TVI Marcelo fez do Governo de Santana, quer dizer tudo:
Quer sobretudo dizer que o Presidente Jorge Sampaio está tão tramado como tramado está o Governo e como ainda e infelizmente tramadíssimo está o povo português.
Vamos emigrar para o Iraque?
SANTANA JUSTIFICADO
Com a ida de Vital Moreira de férias o Causa Nossa ficou entregue aos restantes blogueiros a saber: Ana Gomes (AG), Jorge Wemans (JW), Luís Filipe Borges (LFB), Luís Nazaré (LN), Luís Osório (LO), Maria Manuel Leitão Marques (MMLM), Vicente Jorge Silva (VJS).
Dos textos que estes blogueiros têm publicado ressalta a evidente tentativa de fazer humor político, faltando-lhes a substância, a seriedade, a eficácia e as consequências que os textos de Vital Moreira costumam trazer.
O Causa Nossa está a ser, assim, por estes dias, como que um Gato Fedorento (blogue de humor preferencialmente político), mas um Gato Fedorento um tanto ou quanto sensaborão e leviano.
Parece que os blogueiros que ficaram de serviço acham que devem travestir-se do adolescente que já foram para melhor comunicarem na blogosfera.
E isso resulta em textos pacóvios que nos fazem perguntar: mas esse indivíduos são aqueles a quem se deram e se dão lugares de destaque nos partidos políticos e nas instituições do País?
Serão os mesmos indivíduos?
Ao que chegámos, meu Deus!
É por isso que o País está como está e tem Santana a Primeiro-Ministro.
A lógica é cristalina: viva a mediocridade!
Volta depressa Vital.
Actualizado às 22:39 de 18 de Julho:
Se não acreditam leiam esta posta
Com a ida de Vital Moreira de férias o Causa Nossa ficou entregue aos restantes blogueiros a saber: Ana Gomes (AG), Jorge Wemans (JW), Luís Filipe Borges (LFB), Luís Nazaré (LN), Luís Osório (LO), Maria Manuel Leitão Marques (MMLM), Vicente Jorge Silva (VJS).
Dos textos que estes blogueiros têm publicado ressalta a evidente tentativa de fazer humor político, faltando-lhes a substância, a seriedade, a eficácia e as consequências que os textos de Vital Moreira costumam trazer.
O Causa Nossa está a ser, assim, por estes dias, como que um Gato Fedorento (blogue de humor preferencialmente político), mas um Gato Fedorento um tanto ou quanto sensaborão e leviano.
Parece que os blogueiros que ficaram de serviço acham que devem travestir-se do adolescente que já foram para melhor comunicarem na blogosfera.
E isso resulta em textos pacóvios que nos fazem perguntar: mas esse indivíduos são aqueles a quem se deram e se dão lugares de destaque nos partidos políticos e nas instituições do País?
Serão os mesmos indivíduos?
Ao que chegámos, meu Deus!
É por isso que o País está como está e tem Santana a Primeiro-Ministro.
A lógica é cristalina: viva a mediocridade!
Volta depressa Vital.
Actualizado às 22:39 de 18 de Julho:
Se não acreditam leiam esta posta
sábado, julho 17, 2004
APERTOS
Hoje, na tomada de posse do novo executivo de Sampaio este veio dizer-nos a todos que não é responsável por este Governo.
Ai é, é!
E não é por vir dizer que não é responsável que deixa de o ser.
Isso é o mesmo que Sampaio sair à varanda do palácio de Belém e dizer-nos: «eu não estou à varanda».
É a mesma coisa.
Não há volta a dar-lhe.
Este Governo é o Governo de Jorge Sampaio. Por mais que o negue e renegue.
Hoje, na tomada de posse do novo executivo de Sampaio este veio dizer-nos a todos que não é responsável por este Governo.
Ai é, é!
E não é por vir dizer que não é responsável que deixa de o ser.
Isso é o mesmo que Sampaio sair à varanda do palácio de Belém e dizer-nos: «eu não estou à varanda».
É a mesma coisa.
Não há volta a dar-lhe.
Este Governo é o Governo de Jorge Sampaio. Por mais que o negue e renegue.
UM GATO DIFERENTE
Conto isto porque tem a sua piada. Longe de mim desrespeitar a figura do Senhor Presidente da República.
Tenho três gatos persas dentre os quais se destaca o Gauguin pela sua superior inteligência e perspicácia em relação aos outros dois e por alguns actos absolutamente curiosos que uma ou outra vez pratica.
O Gauguin tem um tal sentido de justiça (ou de injustiça, sei lá) que, por exemplo, quando alguém o pisa, ou faz qualquer outra coisa que o desagrada, e não pede desculpa, afasta-se e desaparece do local.
Passado algum tempo, às vezes horas, vai-se descobrir: o Gauguin vingou-se do sucedido urinando num sapato ou numa peça de roupa do seu "agressor".
Para além de tudo o Gauguin é meu companheiro inseparável, desde que chego a casa até que saio para o trabalho ou outro afazer. Quando estou aqui a blogar ele costuma, como agora, deitar-se numa ponta da secretária e dormitar com os olhos semi-serrados, por certo espreitando o que vou escrevendo.
Pois bem, o que vou contar é mesmo verdade e não sei bem explicar por que terá acontecido.
Com revistas e jornais espalhados ao longo da semana pelo escritório, é aos sábados, como hoje, que costumo pegar neles para fazer arrumações.
Não queiram saber qual não foi o meu espanto quando, ao pegar nos jornais para os dobrar e guardar, ou destinar ao lixo, descubro que o Gauguin fez chichi sobre uma fotografia do Dr. Jorge Sampaio.
Estou incrédulo. Confesso.
P.S.
1) Já agora, aqui ficam os nomes dos meus dois outros gatos: um deles é o Picasso, que é comunista; o outro é o Alex (Alexandre Magno) que tem a mania que é o dono disto tudo.
2) Acho que ultimamente o Picasso anda a influenciar politicamente o Gauguin.
Conto isto porque tem a sua piada. Longe de mim desrespeitar a figura do Senhor Presidente da República.
Tenho três gatos persas dentre os quais se destaca o Gauguin pela sua superior inteligência e perspicácia em relação aos outros dois e por alguns actos absolutamente curiosos que uma ou outra vez pratica.
O Gauguin tem um tal sentido de justiça (ou de injustiça, sei lá) que, por exemplo, quando alguém o pisa, ou faz qualquer outra coisa que o desagrada, e não pede desculpa, afasta-se e desaparece do local.
Passado algum tempo, às vezes horas, vai-se descobrir: o Gauguin vingou-se do sucedido urinando num sapato ou numa peça de roupa do seu "agressor".
Para além de tudo o Gauguin é meu companheiro inseparável, desde que chego a casa até que saio para o trabalho ou outro afazer. Quando estou aqui a blogar ele costuma, como agora, deitar-se numa ponta da secretária e dormitar com os olhos semi-serrados, por certo espreitando o que vou escrevendo.
Pois bem, o que vou contar é mesmo verdade e não sei bem explicar por que terá acontecido.
Com revistas e jornais espalhados ao longo da semana pelo escritório, é aos sábados, como hoje, que costumo pegar neles para fazer arrumações.
Não queiram saber qual não foi o meu espanto quando, ao pegar nos jornais para os dobrar e guardar, ou destinar ao lixo, descubro que o Gauguin fez chichi sobre uma fotografia do Dr. Jorge Sampaio.
Estou incrédulo. Confesso.
P.S.
1) Já agora, aqui ficam os nomes dos meus dois outros gatos: um deles é o Picasso, que é comunista; o outro é o Alex (Alexandre Magno) que tem a mania que é o dono disto tudo.
2) Acho que ultimamente o Picasso anda a influenciar politicamente o Gauguin.
sexta-feira, julho 16, 2004
A LIÇÃO DE SÓCRATES
No que às futuras eleições presidenciais diz respeito, José Sócrates já demonstrou que em nada difere de Santana Lopes:
1) para eles, primeiro estão os amigalhaços e só depois é que está Portugal.
2) ambos acham que os partidos são donos dos eleitores e que estes votam em quem os partidos mandarem.
É isso que a declaração de Sócrates, a favor de Guterres como futuro candidato presidencial, quer dizer.
Mas, felizmente que os eleitores de há muito perceberam aquilo que só os políticos que os julgam facilmente manipuláveis é que ainda não perceberam: que as eleições presidenciais nada têm a ver com os partidos políticos. Escolhe-se o candidato pelo que ele representa como figura política e moral, muito mais que pelos seus dotes de "artista" e vendedor de banha da cobra; pelo seu currículo e pela credibilidade que o seu passado inspira, muito mais que pelos partidos que estejam a impingi-lo e por aquilo que for sendo soprado aos média para passarem para a opinião pública.
E nesse pormenor (e isto é um mero exemplo), entre António Guterres e Freitas do Amaral, "o povo de Esquerda" não teria quaisquer dúvidas em escolher Freitas do Amaral - mesmo que o PS apoiasse Guterres, e Freitas corresse por fora apenas com o apoio de personalidades credíveis, como Mário Soares, por exemplo -.
A continuar a imitar Santana Lopes, José Sócrates há-de aprender uma dura lição nas futuras eleições presidenciais. Lição que será tanto mais dura se Freitas não avançar e Cavaco estiver na liça, pela Direita.
A ver vamos.
No que às futuras eleições presidenciais diz respeito, José Sócrates já demonstrou que em nada difere de Santana Lopes:
1) para eles, primeiro estão os amigalhaços e só depois é que está Portugal.
2) ambos acham que os partidos são donos dos eleitores e que estes votam em quem os partidos mandarem.
É isso que a declaração de Sócrates, a favor de Guterres como futuro candidato presidencial, quer dizer.
Mas, felizmente que os eleitores de há muito perceberam aquilo que só os políticos que os julgam facilmente manipuláveis é que ainda não perceberam: que as eleições presidenciais nada têm a ver com os partidos políticos. Escolhe-se o candidato pelo que ele representa como figura política e moral, muito mais que pelos seus dotes de "artista" e vendedor de banha da cobra; pelo seu currículo e pela credibilidade que o seu passado inspira, muito mais que pelos partidos que estejam a impingi-lo e por aquilo que for sendo soprado aos média para passarem para a opinião pública.
E nesse pormenor (e isto é um mero exemplo), entre António Guterres e Freitas do Amaral, "o povo de Esquerda" não teria quaisquer dúvidas em escolher Freitas do Amaral - mesmo que o PS apoiasse Guterres, e Freitas corresse por fora apenas com o apoio de personalidades credíveis, como Mário Soares, por exemplo -.
A continuar a imitar Santana Lopes, José Sócrates há-de aprender uma dura lição nas futuras eleições presidenciais. Lição que será tanto mais dura se Freitas não avançar e Cavaco estiver na liça, pela Direita.
A ver vamos.
quinta-feira, julho 15, 2004
UM PERIGO
Aflito, depois da grande asneira que fez ao entregar o poder à Direita, indo claramente contra a vontade popular expressa nas urnas, nas eleições europeias - vontade popular que nem o senhor Barroso, na hora da derrota eleitoral, escamoteou -, Sampaio acaba de vetar a Lei de Bases da Educação, como quem diz: «viram, eu dei-lhes o poder mas comigo não vão brincar».
Isto não passa de um pífio tirinho de pólvora seca que mais não visa senão espantar pardais fingindo que atira contra caça grossa.
De contrário não se entenderia por que razão Sampaio haveria de vetar uma lei que a mesma maioria que a aprovara antes voltará, certamente, a reaprovar com a maior das facilidades. Para satisfazer, até, uma das exigências que Sampaio fez a Santana Lopes: «dar continuidade à política do Governo cessante». Nem mais.
Até parece brincadeira!
De agora em diante vamos ter dois protagonistas maiores na cena política portuguesa:
de um lado estará Santana Lopes com os seus números de circo a distrair o pagode enquanto à pala disso ratões encartados, com cargos ministeriais, irão tirando dividendos para os grupos a favor dos quais governam;
de outro lado estará o Presidente Sampaio de pistolinha em punho a dar tirinhos para o ar qual destemido caçador em plena floresta virgem.
E o pagode, incrédulo, assistirá a tudo isso sem nada poder fazer porque só lhe darão voz daqui a dois anos.
Não há dúvidas: o País está a ficar perigoso.
Aflito, depois da grande asneira que fez ao entregar o poder à Direita, indo claramente contra a vontade popular expressa nas urnas, nas eleições europeias - vontade popular que nem o senhor Barroso, na hora da derrota eleitoral, escamoteou -, Sampaio acaba de vetar a Lei de Bases da Educação, como quem diz: «viram, eu dei-lhes o poder mas comigo não vão brincar».
Isto não passa de um pífio tirinho de pólvora seca que mais não visa senão espantar pardais fingindo que atira contra caça grossa.
De contrário não se entenderia por que razão Sampaio haveria de vetar uma lei que a mesma maioria que a aprovara antes voltará, certamente, a reaprovar com a maior das facilidades. Para satisfazer, até, uma das exigências que Sampaio fez a Santana Lopes: «dar continuidade à política do Governo cessante». Nem mais.
Até parece brincadeira!
De agora em diante vamos ter dois protagonistas maiores na cena política portuguesa:
de um lado estará Santana Lopes com os seus números de circo a distrair o pagode enquanto à pala disso ratões encartados, com cargos ministeriais, irão tirando dividendos para os grupos a favor dos quais governam;
de outro lado estará o Presidente Sampaio de pistolinha em punho a dar tirinhos para o ar qual destemido caçador em plena floresta virgem.
E o pagode, incrédulo, assistirá a tudo isso sem nada poder fazer porque só lhe darão voz daqui a dois anos.
Não há dúvidas: o País está a ficar perigoso.
CONTRIBUTO PARA O GOVERNO DE SAMPAIO
Seis conselhos de Salmoura a Bagão Félix para que cumpra com total rigor e coerência o seu cargo de Ministro das Finanças deste Governo de Jorge Sampaio que, como sabemos, será vigiado de perto pelo Presidente para que prossiga à risca o programa ambiciosíssimo e inovador do falecido Governo do fugitivo Manuel Barroso:
1. Diminuir a carga fiscal das empresas;
2. Aumentar indirectamente a carga fiscal sobre os consumidores e sobre os contribuintes individuais dando especial atenção aos trabalhadores por contra de outrem;
3. Impor orçamentos restritivos aos hospitais públicos por forma a que as suas condições assistenciais se degradem ainda mais e justifiquem a existência dos privados;
4. Diminuir as comparticipações da Segurança Social por forma a justificar a existência das seguradoras privadas do ramo da Saúde;
5. Entregar o fundo de pensões da Caixa Geral de Aposentações à gestão financeira privada ou semi-privada visto que, nos tempos que correm, obter dinheiro da banca estrangeira já não é tão fácil como antigamente e, assim como assim, se o fundo de pensões é volumoso - porque não remexer e sentir o cheiro desse dinheirinho e ocupar as mentes ágeis dos nossos impolutos administradores e economistas na tarefa ciclópica de servir este bom povo português?
6. Fazer alguma coisa pelo Benfica.
Seis conselhos de Salmoura a Bagão Félix para que cumpra com total rigor e coerência o seu cargo de Ministro das Finanças deste Governo de Jorge Sampaio que, como sabemos, será vigiado de perto pelo Presidente para que prossiga à risca o programa ambiciosíssimo e inovador do falecido Governo do fugitivo Manuel Barroso:
1. Diminuir a carga fiscal das empresas;
2. Aumentar indirectamente a carga fiscal sobre os consumidores e sobre os contribuintes individuais dando especial atenção aos trabalhadores por contra de outrem;
3. Impor orçamentos restritivos aos hospitais públicos por forma a que as suas condições assistenciais se degradem ainda mais e justifiquem a existência dos privados;
4. Diminuir as comparticipações da Segurança Social por forma a justificar a existência das seguradoras privadas do ramo da Saúde;
5. Entregar o fundo de pensões da Caixa Geral de Aposentações à gestão financeira privada ou semi-privada visto que, nos tempos que correm, obter dinheiro da banca estrangeira já não é tão fácil como antigamente e, assim como assim, se o fundo de pensões é volumoso - porque não remexer e sentir o cheiro desse dinheirinho e ocupar as mentes ágeis dos nossos impolutos administradores e economistas na tarefa ciclópica de servir este bom povo português?
6. Fazer alguma coisa pelo Benfica.
terça-feira, julho 13, 2004
QUERIAM!?
Vivendo em bom recato em Bruxelas, em vias de ser nomeado embaixador da União Europeia junto da ONU, António Vitorino olhou para a surda balbúrdia que existe hoje no PS e disse logo:
não contem comigo. Não me sinto motivado para regressar aos jogos de poder da "piolheira".
Ademais, com Sampaio a Presidente da República, Santana Lopes como primeiro-ministro, Paulo Portas da Moderna como garante da estabilidade e da seriedade da coligação no poder,
para que é que é preciso haver um líder da oposição competente, politicamente estável e que fala verdade?
Acham que as instituições vão funcionar de verdade? Claro que não!
Então o que é que querem de mim agora que está toda a gente a querer abandonar o País?
Querem que eu vá apagar a luz, é?
Vivendo em bom recato em Bruxelas, em vias de ser nomeado embaixador da União Europeia junto da ONU, António Vitorino olhou para a surda balbúrdia que existe hoje no PS e disse logo:
não contem comigo. Não me sinto motivado para regressar aos jogos de poder da "piolheira".
Ademais, com Sampaio a Presidente da República, Santana Lopes como primeiro-ministro, Paulo Portas da Moderna como garante da estabilidade e da seriedade da coligação no poder,
para que é que é preciso haver um líder da oposição competente, politicamente estável e que fala verdade?
Acham que as instituições vão funcionar de verdade? Claro que não!
Então o que é que querem de mim agora que está toda a gente a querer abandonar o País?
Querem que eu vá apagar a luz, é?
PÃO E CIRCO ( IV )
Notícia desta noite:
«Santana Lopes desdobra-se em contactos para formar Governo pois pretende que este seja empossado na próxima segunda-feira, dia em que Sá Carneiro faria 70 anos se fosse vivo».
Isto é a máxima preocupação com o puro espectáculo e a mínima preocupação em servir o País.
Em vez de escolher os governantes com a necessária tranquilidade e os cuidados aconselhados para que da escolha saiam pessoas capazes, competentes e dedicadas à causa pública, o que pretende fazer é escolhê-las dentro de um timing determinado pelo espectáculo que quer dar, timing que por ser curto seguramente determinará algumas escolhas apressadas pois que aquelas que implicariam alguma negociação não poderão ser concretizadas porque: negociar faz "perder" tempo.
É nisto que vamos estar metidos enquanto durar este Governo do Dr. Sampaio.
Sim, é preciso não nos esquecermos que este Governo de Santana Lopes é o Governo do Dr. Sampaio. Para o bem e para o mal.
Senão todos os dias, pelo menos uma a duas vezes por semana, Santana tirará um coelho da cartola para que a imprensa e as televisões falem dele e o povo se distraia dos seus problemas quotidianos.
Este espectáculo poderá durar algum tempo, mas tempo chegará em que a barriga do povo falará mais alto e o "artista" será corrido de cena com uma chuva de tomates.
Notícia desta noite:
«Santana Lopes desdobra-se em contactos para formar Governo pois pretende que este seja empossado na próxima segunda-feira, dia em que Sá Carneiro faria 70 anos se fosse vivo».
Isto é a máxima preocupação com o puro espectáculo e a mínima preocupação em servir o País.
Em vez de escolher os governantes com a necessária tranquilidade e os cuidados aconselhados para que da escolha saiam pessoas capazes, competentes e dedicadas à causa pública, o que pretende fazer é escolhê-las dentro de um timing determinado pelo espectáculo que quer dar, timing que por ser curto seguramente determinará algumas escolhas apressadas pois que aquelas que implicariam alguma negociação não poderão ser concretizadas porque: negociar faz "perder" tempo.
É nisto que vamos estar metidos enquanto durar este Governo do Dr. Sampaio.
Sim, é preciso não nos esquecermos que este Governo de Santana Lopes é o Governo do Dr. Sampaio. Para o bem e para o mal.
Senão todos os dias, pelo menos uma a duas vezes por semana, Santana tirará um coelho da cartola para que a imprensa e as televisões falem dele e o povo se distraia dos seus problemas quotidianos.
Este espectáculo poderá durar algum tempo, mas tempo chegará em que a barriga do povo falará mais alto e o "artista" será corrido de cena com uma chuva de tomates.
A RECONVERSÃO
Será que José Manuel Fernandes está em processo acelerado de reconversão, ou tratar-se-á antes de fogo-fátuo efémero que se volatiliza tão facilmente quanto as ideias de Santana Lopes para rodapé das televisões?
Não compreenderam bem o que Salmoura quis dizer? Não se preocupem, Salmoura fez de propósito.
Leiam antes esta prosa bárbara com que hoje o nosso arauto bushiano ousa brindar o sucessor do senhor José Barroso e então ficarão completamente esclarecidos.
Ele há cada fenómeno estranho no País, que a gente nem sabe se há-de acreditar no que ouve e vê, se há-de desconfiar de tudo e de todos, ou se entra no circo e inventa uns números de acrobacia para corresponder à onda que nos invadiu.
Livra!!!
Será que José Manuel Fernandes está em processo acelerado de reconversão, ou tratar-se-á antes de fogo-fátuo efémero que se volatiliza tão facilmente quanto as ideias de Santana Lopes para rodapé das televisões?
Não compreenderam bem o que Salmoura quis dizer? Não se preocupem, Salmoura fez de propósito.
Leiam antes esta prosa bárbara com que hoje o nosso arauto bushiano ousa brindar o sucessor do senhor José Barroso e então ficarão completamente esclarecidos.
Ele há cada fenómeno estranho no País, que a gente nem sabe se há-de acreditar no que ouve e vê, se há-de desconfiar de tudo e de todos, ou se entra no circo e inventa uns números de acrobacia para corresponder à onda que nos invadiu.
Livra!!!
sábado, julho 10, 2004
O PIOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Já está!
Jorge Sampaio já concluiu a sua ingente obra como presidente de Portugal.
Lá do fundo da sua obscura personalidade, povoada de dúvidas e indecisões, retirou uma solução para a crise política em que vive o País:
Não decidiu nada! Amedrontado entregou o poder à Direita.
Deixou tudo na mesma ou pior ainda!
Com medo que a Esquerda ganhasse as eleições antecipadas e estatelasse logo a seguir não encontrando soluções para os problemas criados pela nefasta coligação de direita, cujo líder se pôs em fuga após clamorosa derrota eleitoral, ou que Ferro Rodrigues governasse bem e tapasse assim o caminho da liderança aos chamados sampaístas do PS, Jorge Sampaio entregou de novo o poder à Direita derrotada nas urnas, provando à saciedade que em termos de coragem política temos em funções, talvez (este talvez é estratégico), o pior Presidente da República desde o 25 de Abril de 1974.
Nos tempos do PREC, por se considerar Mário Soares um homem de direita, escrevia-se nas paredes "Soares é rabo".
Soares provou a todos que é um homem com eles no sítio e nunca, enquanto teve o poder, permitiu que a Direita levantasse cabelo.
Quem nos dera ter hoje Mário Soares como Presidente da República.
Quem escrevia nos tempos do PREC "Soares é rabo", devia era pedir hoje desculpas a Soares e escrever antes "Há bundões neste País".
Já está!
Jorge Sampaio já concluiu a sua ingente obra como presidente de Portugal.
Lá do fundo da sua obscura personalidade, povoada de dúvidas e indecisões, retirou uma solução para a crise política em que vive o País:
Não decidiu nada! Amedrontado entregou o poder à Direita.
Deixou tudo na mesma ou pior ainda!
Com medo que a Esquerda ganhasse as eleições antecipadas e estatelasse logo a seguir não encontrando soluções para os problemas criados pela nefasta coligação de direita, cujo líder se pôs em fuga após clamorosa derrota eleitoral, ou que Ferro Rodrigues governasse bem e tapasse assim o caminho da liderança aos chamados sampaístas do PS, Jorge Sampaio entregou de novo o poder à Direita derrotada nas urnas, provando à saciedade que em termos de coragem política temos em funções, talvez (este talvez é estratégico), o pior Presidente da República desde o 25 de Abril de 1974.
Nos tempos do PREC, por se considerar Mário Soares um homem de direita, escrevia-se nas paredes "Soares é rabo".
Soares provou a todos que é um homem com eles no sítio e nunca, enquanto teve o poder, permitiu que a Direita levantasse cabelo.
Quem nos dera ter hoje Mário Soares como Presidente da República.
Quem escrevia nos tempos do PREC "Soares é rabo", devia era pedir hoje desculpas a Soares e escrever antes "Há bundões neste País".
sexta-feira, julho 09, 2004
AI QUE SAUDADES, AI-AI
Salmoura já esteve mais perto de acreditar que vai haver eleições antecipadas do que está agora.
Pode muito bem o Presidente Sampaio cair na tentação de esperar que Ferro Rodrigues seja substituído por António Vitorino, no próximo congresso do Partido Socialista, antes de proporcionar aos portugueses a oportunidade de escolher novo Governo.
Com esta tentação concretizada, com Santana a Primeiro-ministro, teremos então pão e circo todos os dias. Se a concretização da tentação for com outro Primeiro-ministro do PSD, então a coisa será ainda mais folclórica: viveremos em campanha eleitoral permanente durante mais dois anos, com a autarquia de Lisboa a custear a parte de leão da mesma vendo os seus cofres esvaziarem-se mais depressa que à velocidade da luz.
Ai que saudades de Mário Soares!
Salmoura já esteve mais perto de acreditar que vai haver eleições antecipadas do que está agora.
Pode muito bem o Presidente Sampaio cair na tentação de esperar que Ferro Rodrigues seja substituído por António Vitorino, no próximo congresso do Partido Socialista, antes de proporcionar aos portugueses a oportunidade de escolher novo Governo.
Com esta tentação concretizada, com Santana a Primeiro-ministro, teremos então pão e circo todos os dias. Se a concretização da tentação for com outro Primeiro-ministro do PSD, então a coisa será ainda mais folclórica: viveremos em campanha eleitoral permanente durante mais dois anos, com a autarquia de Lisboa a custear a parte de leão da mesma vendo os seus cofres esvaziarem-se mais depressa que à velocidade da luz.
Ai que saudades de Mário Soares!
É OBRA!
Vale muito a pena ler o artigo de Vasco Pulido Valente no DN de hoje. Sabemos bem que de há muito que VPV não gosta de Jorge Sampaio, mas neste artigo aquilo que VPV diz é aquilo que uma boa parte dos portugueses pensa.
De tanto deixar correr o marfim auscultando, a passo de caracol, todos os oráculos da nação, eis que a opinião pública se foi alterando a ponto de se ter chegado ao momento actual em que, responsabilizando embora José Barroso pelo desencadeamento da crise que atravessamos, já não é o fugitivo José Barroso, mas sim o próprio Presidente Jorge Sampaio que é o protagonista mor da crise. Sobretudo da crise que ficar e da crise que se projectar para o futuro.
De tanto "engonhar" com a decisão a tomar, o Presidente da República foi permitindo que o PSD lhe colocasse a criança bem aninhada no colo e fugisse para bem longe.
Agora, qualquer que seja a decisão de Jorge Sampaio, é mais que evidente que quem vai governar Portugal (à esquerda ou à direita) ficará bastante fragilizado pois a saída desta crise deixará sempre larguíssimos argumentos à oposição (qualquer que ela venha a ser) para bater no Governo e para bater bem fortemente no Presidente da República.
Ninguém está hoje a conotar Barroso com a situação em que o País vai ficar depois da fuga.
Todos estamos a perguntar: «o que é que o Presidente Sampaio vai decidir?»
E todos estamos a pensar: «seja o que for que aí vem, a responsabilidade é toda do Senhor Presidente da República.»
É mesmo obra!
Vale muito a pena ler o artigo de Vasco Pulido Valente no DN de hoje. Sabemos bem que de há muito que VPV não gosta de Jorge Sampaio, mas neste artigo aquilo que VPV diz é aquilo que uma boa parte dos portugueses pensa.
De tanto deixar correr o marfim auscultando, a passo de caracol, todos os oráculos da nação, eis que a opinião pública se foi alterando a ponto de se ter chegado ao momento actual em que, responsabilizando embora José Barroso pelo desencadeamento da crise que atravessamos, já não é o fugitivo José Barroso, mas sim o próprio Presidente Jorge Sampaio que é o protagonista mor da crise. Sobretudo da crise que ficar e da crise que se projectar para o futuro.
De tanto "engonhar" com a decisão a tomar, o Presidente da República foi permitindo que o PSD lhe colocasse a criança bem aninhada no colo e fugisse para bem longe.
Agora, qualquer que seja a decisão de Jorge Sampaio, é mais que evidente que quem vai governar Portugal (à esquerda ou à direita) ficará bastante fragilizado pois a saída desta crise deixará sempre larguíssimos argumentos à oposição (qualquer que ela venha a ser) para bater no Governo e para bater bem fortemente no Presidente da República.
Ninguém está hoje a conotar Barroso com a situação em que o País vai ficar depois da fuga.
Todos estamos a perguntar: «o que é que o Presidente Sampaio vai decidir?»
E todos estamos a pensar: «seja o que for que aí vem, a responsabilidade é toda do Senhor Presidente da República.»
É mesmo obra!
quinta-feira, julho 08, 2004
quarta-feira, julho 07, 2004
terça-feira, julho 06, 2004
domingo, julho 04, 2004
ACABOU
Pronto. Agora acabou. Estivemos perto do oitenta mas não há razão para passarmos para o oito.
Ganhar é bom mas perder também faz parte do jogo. E quando se perde há que o aceitar com desportivismo e partir para outra. Fizera a coligação de direita o mesmo e agora não teríamos todas estas santanices a que vamos assistindo e com as quais temos que ter muita paciência e comiseração.
Correu o pano sobre o Euro 2004. E espera-se que agora os portugueses se voltem um pouco para o País e reparem com olhos de ver o estado periclitante em que o Governo da coligação o vai deixar:
a) elevadíssima taxa de desemprego;
b) Serviço Nacional de Saúde exaurido de recursos humanos e em alguns casos com falta de material adequado ao seu bom funcionamento;
c) investimento estrangeiro pela metade;
d) ausência de obras públicas de envergadura em execução;
e) Justiça e Educação a braços com ausência de reformas estruturais prometidas mas sempre adiadas.
Enfim, um ror de problemas por resolver, os quais o Governo em fuga agudizou ainda mais e aos quais ainda por cima acrescentou mais alguns quantos.
Deixemos por ora a bola de parte, encaremos as férias com optimismo mas não deixemos de ir equacionando a nossa tomada de posição face a tudo que nos aflige.
Tenhamos a esperança de que seremos chamados em breve para dizermos o que pensamos disto tudo e o que queremos para o futuro.
Pronto. Agora acabou. Estivemos perto do oitenta mas não há razão para passarmos para o oito.
Ganhar é bom mas perder também faz parte do jogo. E quando se perde há que o aceitar com desportivismo e partir para outra. Fizera a coligação de direita o mesmo e agora não teríamos todas estas santanices a que vamos assistindo e com as quais temos que ter muita paciência e comiseração.
Correu o pano sobre o Euro 2004. E espera-se que agora os portugueses se voltem um pouco para o País e reparem com olhos de ver o estado periclitante em que o Governo da coligação o vai deixar:
a) elevadíssima taxa de desemprego;
b) Serviço Nacional de Saúde exaurido de recursos humanos e em alguns casos com falta de material adequado ao seu bom funcionamento;
c) investimento estrangeiro pela metade;
d) ausência de obras públicas de envergadura em execução;
e) Justiça e Educação a braços com ausência de reformas estruturais prometidas mas sempre adiadas.
Enfim, um ror de problemas por resolver, os quais o Governo em fuga agudizou ainda mais e aos quais ainda por cima acrescentou mais alguns quantos.
Deixemos por ora a bola de parte, encaremos as férias com optimismo mas não deixemos de ir equacionando a nossa tomada de posição face a tudo que nos aflige.
Tenhamos a esperança de que seremos chamados em breve para dizermos o que pensamos disto tudo e o que queremos para o futuro.
EIS A VERADEDIRA CABALA
Nos dias que correm, para melhor se compreender o modus operandi (que privilegia a utilização da imprensa) da clique política do PSD, que engloba Santana Lopes, nada melhor que ler atentamente o que Pacheco Pereira vai escrevendo no Abrupto em postas intituladas "Tempos Novos"..
Nunca gostei muito da forma um tanto ou quanto preconceituosa como Pacheco Pereira tem encarado a actividade dos jornalistas pois, no meu entender, mete-os todos no mesmo saco, o que para mim não é líquido que deva acontecer.
Mas a verdade manda-me reconhecer que, neste pormenor, a razão está mais do lado de Pacheco Pereira do que noutro lado qualquer.
Que muitos jornalistas não são minimamente isentos; que têm medo de quem lhes paga o salário e por isso filtram a informação para protegerem a fonte do pão; que são permeáveis a informações falsas que veiculam sem terem o cuidado de as confirmar primeiro; isso é o pão nosso de cada dia a que assistimos com certa indiferença até.
Mas que os jornalistas e as redacções de certos jornais de referência sejam veículos de «recados» (Pacheco Dixit), sejam eles de quem for, colaborando, assim, com total falta de ética, na manipulação dos leitores (que ainda por cima pagam o jornal que lêem e que os manipula) - isso já lembra outros tempos de má memória e augura um muito mau futuro imediato para a democracia portuguesa.
Hoje, e desde a subida de Goerge Bush ao poder nos Estados Unidos, vivemos tempos estranhos. Vivemos um autêntico pesadelo em câmara lenta, pesadelo recheado de acontecimentos inverosímeis que, entretanto, para nossa incredulidade e espanto, se vão concretizando perante os nossos olhos como um apocalipse que tivesse por finalidade restabelecer velhas ideias e velhas práticas de que a Humanidade se julgava liberta - entronizando idiotas, mentirosos, facínoras e burlões, numa encenação operática grandiosa (reconheça-se) - perseguindo o caminho para o triunfo dos porcos que pretendem reinar impune e incontroladamente sobre povos inteiros.
Resta esperar que as denúncias de toda esta prática macabra, e de todos os seus autores maiores, resultem, em tempo útil, numa tomada de consciência dos cidadãos de cada país, tomada de consciência que acabe por despertar a acção que permita travar a tempo o evoluir de todo esse pesadelo aterrador.
Estamos em crer que o Senhor Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, cumprirá a parte que, legal, legitima e democraticamente lhe cabe desempenhar para pôr cobro ao desenvolvimento desse pesadelo em Portugal.
Oxalá a maioria de nós esteja atenta e cumpra a parte que lhe cabe no que diz respeito à rejeição desse desígnio negro da direita que se pretende hoje "vender" ao país, embrulhado no folclore populista habitual que envolve Santana Lopes e seus sequazes.
Não pode o país conceber que Cavaco Silva, Freitas do Amaral, Silva Lopes, Miguel Cadilhe, Mário Soares, Pacheco Pereira, Vital Moreira, Gomes Canotilho e muitas outras personalidades de relevo na vida nacional estejam todos doidos varridos ao rejeitarem a solução "Santana Lopes, suas santanetes, seus artistas de revista e Paulo Portas da Moderna" para Governar Portugal.
Nos dias que correm, para melhor se compreender o modus operandi (que privilegia a utilização da imprensa) da clique política do PSD, que engloba Santana Lopes, nada melhor que ler atentamente o que Pacheco Pereira vai escrevendo no Abrupto em postas intituladas "Tempos Novos"..
Nunca gostei muito da forma um tanto ou quanto preconceituosa como Pacheco Pereira tem encarado a actividade dos jornalistas pois, no meu entender, mete-os todos no mesmo saco, o que para mim não é líquido que deva acontecer.
Mas a verdade manda-me reconhecer que, neste pormenor, a razão está mais do lado de Pacheco Pereira do que noutro lado qualquer.
Que muitos jornalistas não são minimamente isentos; que têm medo de quem lhes paga o salário e por isso filtram a informação para protegerem a fonte do pão; que são permeáveis a informações falsas que veiculam sem terem o cuidado de as confirmar primeiro; isso é o pão nosso de cada dia a que assistimos com certa indiferença até.
Mas que os jornalistas e as redacções de certos jornais de referência sejam veículos de «recados» (Pacheco Dixit), sejam eles de quem for, colaborando, assim, com total falta de ética, na manipulação dos leitores (que ainda por cima pagam o jornal que lêem e que os manipula) - isso já lembra outros tempos de má memória e augura um muito mau futuro imediato para a democracia portuguesa.
Hoje, e desde a subida de Goerge Bush ao poder nos Estados Unidos, vivemos tempos estranhos. Vivemos um autêntico pesadelo em câmara lenta, pesadelo recheado de acontecimentos inverosímeis que, entretanto, para nossa incredulidade e espanto, se vão concretizando perante os nossos olhos como um apocalipse que tivesse por finalidade restabelecer velhas ideias e velhas práticas de que a Humanidade se julgava liberta - entronizando idiotas, mentirosos, facínoras e burlões, numa encenação operática grandiosa (reconheça-se) - perseguindo o caminho para o triunfo dos porcos que pretendem reinar impune e incontroladamente sobre povos inteiros.
Resta esperar que as denúncias de toda esta prática macabra, e de todos os seus autores maiores, resultem, em tempo útil, numa tomada de consciência dos cidadãos de cada país, tomada de consciência que acabe por despertar a acção que permita travar a tempo o evoluir de todo esse pesadelo aterrador.
Estamos em crer que o Senhor Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, cumprirá a parte que, legal, legitima e democraticamente lhe cabe desempenhar para pôr cobro ao desenvolvimento desse pesadelo em Portugal.
Oxalá a maioria de nós esteja atenta e cumpra a parte que lhe cabe no que diz respeito à rejeição desse desígnio negro da direita que se pretende hoje "vender" ao país, embrulhado no folclore populista habitual que envolve Santana Lopes e seus sequazes.
Não pode o país conceber que Cavaco Silva, Freitas do Amaral, Silva Lopes, Miguel Cadilhe, Mário Soares, Pacheco Pereira, Vital Moreira, Gomes Canotilho e muitas outras personalidades de relevo na vida nacional estejam todos doidos varridos ao rejeitarem a solução "Santana Lopes, suas santanetes, seus artistas de revista e Paulo Portas da Moderna" para Governar Portugal.
sábado, julho 03, 2004
«JOSÉ QUÊ?»
Clara Ferreira Alves diz neste artigo, no blogue do homem da propaganda da direita empedernida, Luís Delgado, que leu um jornal alemão que escrevia sobre a nomeação de Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia: "José quê?".
Há menos de uma semana assistimos em directo a uma conferência de Imprensa dada por Durão Barroso, em Bruxelas, na qual os jornalistas estrangeiros presentes, achincalhando-o pelo facto de ele ser um desconhecido na Europa, o instavam a dizer como é que ele se chamava.
«You can call me José Manuel, JoséBorroso or Manuel Barroso, I don't care, I think Durão is difficult for you».
O homem pensou que os jornalistas tinham algum problema com o nome Durão.
Não enxergou que estavam a troçar da sua falta de currículo e do seu anonimato.
Por cá Pacheco Pereira já o vai chamando apenas "Barroso".
Clara Ferreira Alves diz neste artigo, no blogue do homem da propaganda da direita empedernida, Luís Delgado, que leu um jornal alemão que escrevia sobre a nomeação de Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia: "José quê?".
Há menos de uma semana assistimos em directo a uma conferência de Imprensa dada por Durão Barroso, em Bruxelas, na qual os jornalistas estrangeiros presentes, achincalhando-o pelo facto de ele ser um desconhecido na Europa, o instavam a dizer como é que ele se chamava.
«You can call me José Manuel, JoséBorroso or Manuel Barroso, I don't care, I think Durão is difficult for you».
O homem pensou que os jornalistas tinham algum problema com o nome Durão.
Não enxergou que estavam a troçar da sua falta de currículo e do seu anonimato.
Por cá Pacheco Pereira já o vai chamando apenas "Barroso".
quinta-feira, julho 01, 2004
NÃO SE PODE TER TUDO
O gozo só é grande quando se ganha uma partida contra os que se convencem que são os maiores e até nos achincalham nas vésperas do jogo. Como aconteceu com a Espanha, por exemplo.
Ganhar à Holanda já não foi tão saboroso como comer los tacos espanholes ou aviar the engllish beefs. E não foi tão saboroso porque os holandeses respeitaram e muito a selecção portuguesa e até elogiaram a superior qualidade de alguns jogadores nacionais.
É certo que agora a final do campeonato será contra a irritante selecção grega. Mas o que viria mesmo a calhar era voltar a ter de novo pela frente os bifes ingleses que depois de afogados em cerveja seriam aviados com molho de pimenta verde, um rabanete vermelho a decorar e ovo de gema amarela a cavalo.
Não sei se é por causa do Tony Blair mas cada vez detesto mais os ingleses.
Ou talvez seja por causa do Durão, perdão, do José Barroso (Pacheco dixit no ponto 6. e seguintes do seu artigo de hoje no Público).
O gozo só é grande quando se ganha uma partida contra os que se convencem que são os maiores e até nos achincalham nas vésperas do jogo. Como aconteceu com a Espanha, por exemplo.
Ganhar à Holanda já não foi tão saboroso como comer los tacos espanholes ou aviar the engllish beefs. E não foi tão saboroso porque os holandeses respeitaram e muito a selecção portuguesa e até elogiaram a superior qualidade de alguns jogadores nacionais.
É certo que agora a final do campeonato será contra a irritante selecção grega. Mas o que viria mesmo a calhar era voltar a ter de novo pela frente os bifes ingleses que depois de afogados em cerveja seriam aviados com molho de pimenta verde, um rabanete vermelho a decorar e ovo de gema amarela a cavalo.
Não sei se é por causa do Tony Blair mas cada vez detesto mais os ingleses.
Ou talvez seja por causa do Durão, perdão, do José Barroso (Pacheco dixit no ponto 6. e seguintes do seu artigo de hoje no Público).
A SALVAÇÃO DE PACHECO
JPP abriu a torneira da sinceridade política e deixou jorrar puro ácido que terá formado o mais caudaloso rio que alguma vez ameaçou afogar e diluir Santana Lopes .
Salmoura respiga do artigo de JPP dois belíssimos nacos de prosa.
1. Sobre a legitimidade de Santana Lopes para ser primeiro-ministro:
«Eu não votei nas últimas legislativas no Governo que aí vem. Eu não votei nas últimas legislativas numa coligação PSD-PP, muito menos num governo PPD-PP. Eu não apoiei Durão Barroso para me sair Santana Lopes».
2. Sobre os milhões de euros gastos por Santana Lopes, em pura propaganda política, com Frank Ghery, o arquitecto do Parque Mayer:
«Alguém tem uma ideia de quanto tudo isto já custou ao Município de Lisboa, sem qualquer resultado palpável? Certamente muitos milhões. O resultado vai ser a mais cara fotografia jamais feita em Portugal, a que ilustra o livro de Santana Lopes sobre a "cultura", Santana Lopes e Ghery mudando Lisboa. É assim que eu não quero que Portugal venha a ser governado. É assim que o será? Não sei. Está escrito nas estrelas».
OK, «está escrito nas estrelas». Mas Salmoura já leu as estrelas e já disse o que elas dizem: Sampaio vai convocar eleições antecipadas. A Esquerda vai ganhá-las e vai salvar Pacheco Pereira do inferno que Santana Lopes representa.
Mais uma vez parece que Deus é de Esquerda.
JPP abriu a torneira da sinceridade política e deixou jorrar puro ácido que terá formado o mais caudaloso rio que alguma vez ameaçou afogar e diluir Santana Lopes .
Salmoura respiga do artigo de JPP dois belíssimos nacos de prosa.
1. Sobre a legitimidade de Santana Lopes para ser primeiro-ministro:
«Eu não votei nas últimas legislativas no Governo que aí vem. Eu não votei nas últimas legislativas numa coligação PSD-PP, muito menos num governo PPD-PP. Eu não apoiei Durão Barroso para me sair Santana Lopes».
2. Sobre os milhões de euros gastos por Santana Lopes, em pura propaganda política, com Frank Ghery, o arquitecto do Parque Mayer:
«Alguém tem uma ideia de quanto tudo isto já custou ao Município de Lisboa, sem qualquer resultado palpável? Certamente muitos milhões. O resultado vai ser a mais cara fotografia jamais feita em Portugal, a que ilustra o livro de Santana Lopes sobre a "cultura", Santana Lopes e Ghery mudando Lisboa. É assim que eu não quero que Portugal venha a ser governado. É assim que o será? Não sei. Está escrito nas estrelas».
OK, «está escrito nas estrelas». Mas Salmoura já leu as estrelas e já disse o que elas dizem: Sampaio vai convocar eleições antecipadas. A Esquerda vai ganhá-las e vai salvar Pacheco Pereira do inferno que Santana Lopes representa.
Mais uma vez parece que Deus é de Esquerda.
quarta-feira, junho 30, 2004
SAMPAIO JÁ DECIDIU - ELEIÇÕES ANTECIPADAS
Salmoura crê que o Presidente Jorge Sampaio já decidiu por convocar eleições legislativas antecipadas.
E isto porquê?
Porque hoje, após o jogo Portugal Holanda, quando prestava declarações a um repórter televisivo, usou um tempo verbal no passado o que deixou claro que está finda a experiência governativa da coligação ruinosa, CDS/PSD, que tudo fez (agora é Salmoura que usa um tempo passado) para destruir a economia portuguesa; abalar a estabilidade e coesão social; tornar a educação mais cara e menos acessível aos pobres e remediados; e desmantelar brutalmente o Serviço Nacional de Saúde.
Instado a dizer o que sentia ao ver a selecção portuguesa qualificar-se para a final deste campeonato, Jorge Sampaio respondeu (e Salmoura resume):
«sinto-me satisfeito e penso que o país precisava deste momento de alegria depois destes dois anos que foram de sacrifícios.»
Ao usar o verbo ser no passado (dizendo "foram") disse sem querer, mas claramente, que esses sacrifícios - os sacrifícios que a camarilha política que andava a desgovernar Portugal impôs apenas aos mais mal pagos, aos mais fracos, aos mais pobres e aos mais desfavorecidos - já lá vão. E disse ainda com essa frase que embora não venham aí tempos de rios de leite e mel a correr para os oceanos, podemos, contudo, esperar justiça social, melhor educação e melhor saúde.
É a esquerda contra a direita que se vai apresentar aos portugueses nestas legislativas antecipadas.
E a escolha será livre.
Salmoura crê que o Presidente Jorge Sampaio já decidiu por convocar eleições legislativas antecipadas.
E isto porquê?
Porque hoje, após o jogo Portugal Holanda, quando prestava declarações a um repórter televisivo, usou um tempo verbal no passado o que deixou claro que está finda a experiência governativa da coligação ruinosa, CDS/PSD, que tudo fez (agora é Salmoura que usa um tempo passado) para destruir a economia portuguesa; abalar a estabilidade e coesão social; tornar a educação mais cara e menos acessível aos pobres e remediados; e desmantelar brutalmente o Serviço Nacional de Saúde.
Instado a dizer o que sentia ao ver a selecção portuguesa qualificar-se para a final deste campeonato, Jorge Sampaio respondeu (e Salmoura resume):
«sinto-me satisfeito e penso que o país precisava deste momento de alegria depois destes dois anos que foram de sacrifícios.»
Ao usar o verbo ser no passado (dizendo "foram") disse sem querer, mas claramente, que esses sacrifícios - os sacrifícios que a camarilha política que andava a desgovernar Portugal impôs apenas aos mais mal pagos, aos mais fracos, aos mais pobres e aos mais desfavorecidos - já lá vão. E disse ainda com essa frase que embora não venham aí tempos de rios de leite e mel a correr para os oceanos, podemos, contudo, esperar justiça social, melhor educação e melhor saúde.
É a esquerda contra a direita que se vai apresentar aos portugueses nestas legislativas antecipadas.
E a escolha será livre.
terça-feira, junho 29, 2004
E AGORA, ANTÓNIO COSTA?
O Partido Socialista francês acaba de entalar o PS português que já declarou que votará a favor de Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia.
Com efeito, e segundo anunciou o porta-voz do PS francês,
O secretário geral daquele partido, François Hollande, lamenta que o presidente francês Jacques Chirac «tenha feito a escolha da direita europeia».
«É o candidato mais próximo de George W. Bush e o que menos contribuiu para o plano social do seu país», acrescentou referindo-se a Durão Barroso.
«Neste sentido, o PS francês vai votar contra a nomeação de Durão Barroso», garantiu o porta-voz do PS francês.
O Partido Socialista francês acaba de entalar o PS português que já declarou que votará a favor de Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia.
Com efeito, e segundo anunciou o porta-voz do PS francês,
O secretário geral daquele partido, François Hollande, lamenta que o presidente francês Jacques Chirac «tenha feito a escolha da direita europeia».
«É o candidato mais próximo de George W. Bush e o que menos contribuiu para o plano social do seu país», acrescentou referindo-se a Durão Barroso.
«Neste sentido, o PS francês vai votar contra a nomeação de Durão Barroso», garantiu o porta-voz do PS francês.
VI NO ABRUPTO QUE
ELE HÁ.
janelas assim. Ar fresco
JANELAS QUE NO PSD
ficam assim. Cemitério de barões.
ELE HÁ.
janelas assim. Ar fresco
JANELAS QUE NO PSD
ficam assim. Cemitério de barões.
DEUS É DE ESQUERDA?
Durão Barroso afirmou hoje que cessa as funções de primeiro-ministro por «relevante interesse nacional».
Mas isso não é verdade. Di-lo para enganar papalvos.
Ele cessa funções por relevante interesse pessoal.
O país não ganha nem perde nada com a ida dele para a Comissão Europeia. Isso é igual ao litro.
Mas mentiríamos se disséssemos que não vemos um «relevante interesse nacional» (mas diferente do que ele quis dizer) nessa sua cessação de funções.
De facto, é de todo o «interesse nacional» que ele e o seu governo desapareçam de vez e levem consigo toda a ganga de parasitas e incompetentes que meteram no aparelho de Estado nestes últimos dois anos de desgoverno.
Este sim, é o verdadeiro e «relevante interesse nacional»: que ele vá; que fuja; que se eclipse e suma de vez do Governo de Portugal.
Xô! Agora já só faltam George W. Bush e Tony Blair.
Querem ver que Deus é de esquerda?
Durão Barroso afirmou hoje que cessa as funções de primeiro-ministro por «relevante interesse nacional».
Mas isso não é verdade. Di-lo para enganar papalvos.
Ele cessa funções por relevante interesse pessoal.
O país não ganha nem perde nada com a ida dele para a Comissão Europeia. Isso é igual ao litro.
Mas mentiríamos se disséssemos que não vemos um «relevante interesse nacional» (mas diferente do que ele quis dizer) nessa sua cessação de funções.
De facto, é de todo o «interesse nacional» que ele e o seu governo desapareçam de vez e levem consigo toda a ganga de parasitas e incompetentes que meteram no aparelho de Estado nestes últimos dois anos de desgoverno.
Este sim, é o verdadeiro e «relevante interesse nacional»: que ele vá; que fuja; que se eclipse e suma de vez do Governo de Portugal.
Xô! Agora já só faltam George W. Bush e Tony Blair.
Querem ver que Deus é de esquerda?
NÃO É A GUERRA NÃO É A GUERRA
Consta que o actor Rui de Carvalho e outros protegidos do pelouro da "coltura" da Câmara Municipal de Lisboa estão a convocar amigos para contra-manifestarem, hoje à tarde, em apoio a Santana Lopes, mesmo em frente ao palácio de Belém onde a esquerda de há muito já disse que vai fazer uma manifestação (que está a convocar) para pedir eleições antecipadas.
Estejamos lá todos para vermos a cara desses apoiantes desmiolados da direita santanista.
Esperemos que não caiam na asneira de levar à prática o grito de «é a gurerra é a guerra» que já ouvíramos algures, aí há uns meses atrás.
A esquerda não quer guerra.
O que a esquerda quer é o poder.
Porque é mais competente e mais justa a geri-lo e a usá-lo do que a direita.
Consta que o actor Rui de Carvalho e outros protegidos do pelouro da "coltura" da Câmara Municipal de Lisboa estão a convocar amigos para contra-manifestarem, hoje à tarde, em apoio a Santana Lopes, mesmo em frente ao palácio de Belém onde a esquerda de há muito já disse que vai fazer uma manifestação (que está a convocar) para pedir eleições antecipadas.
Estejamos lá todos para vermos a cara desses apoiantes desmiolados da direita santanista.
Esperemos que não caiam na asneira de levar à prática o grito de «é a gurerra é a guerra» que já ouvíramos algures, aí há uns meses atrás.
A esquerda não quer guerra.
O que a esquerda quer é o poder.
Porque é mais competente e mais justa a geri-lo e a usá-lo do que a direita.
RUA COM A DIREITA!
Agora sim: parece que finalmente o PS acordou.
Ferro Rodrigues acaba de dizer, claramente, em conferência de imprensa, que vai propor hoje à Comissão Política Nacional do PS que o Partido Socialista peça ao Presidente da República a convocação de eleições antecipadas.
É claro que havendo eleições antecipadas isso será bom para Ferro Rodrigues que assim não vê a sua liderança perigar num eventual congresso que as antecedesse.
É também claro que isso é mau para os putativos candidatos do PS ao cargo de primeiro-ministro (João Soares, José Sócrates, José Lamego, Jorge Coelho, António Vitorino e tutti quanti). Mas, como diria o outro, «é a vida».
E isso são contas de outro rosário que não é de chamar para aqui agora.
O que é preciso agora é que a esquerda não se desuna na exigência de eleições antecipadas para que se corra com a direita do poder, se mande esses incompetentes para casa, se limpe a máquina do Estado da chusma de boys que lá puseram a chupar o tutano aos portugueses e a desmantelar tudo que representasse riqueza, a favor dos privados.
Rua com eles!
Eleições antecipadas, já!
Agora sim: parece que finalmente o PS acordou.
Ferro Rodrigues acaba de dizer, claramente, em conferência de imprensa, que vai propor hoje à Comissão Política Nacional do PS que o Partido Socialista peça ao Presidente da República a convocação de eleições antecipadas.
É claro que havendo eleições antecipadas isso será bom para Ferro Rodrigues que assim não vê a sua liderança perigar num eventual congresso que as antecedesse.
É também claro que isso é mau para os putativos candidatos do PS ao cargo de primeiro-ministro (João Soares, José Sócrates, José Lamego, Jorge Coelho, António Vitorino e tutti quanti). Mas, como diria o outro, «é a vida».
E isso são contas de outro rosário que não é de chamar para aqui agora.
O que é preciso agora é que a esquerda não se desuna na exigência de eleições antecipadas para que se corra com a direita do poder, se mande esses incompetentes para casa, se limpe a máquina do Estado da chusma de boys que lá puseram a chupar o tutano aos portugueses e a desmantelar tudo que representasse riqueza, a favor dos privados.
Rua com eles!
Eleições antecipadas, já!
ELEIÇÕES ANTECIPADAS JÁ!
Ninguém sabe o que é que o Senhor Presidente da República vai decidir agora que se consuma a vergonhosa e cobarde «fuga» de Durão Barroso para Bruxelas.
Lendo os jornais, ouvindo a rádio e as televisões, fica-nos essa certeza, mesmo no que aos partidos políticos e aos analistas políticos diz respeito: de facto ninguém sabe o que vai acontecer, agora que Durão Barroso, baseando-se nos votos que o legitimaram no poder como primeiro-ministro de Portugal, resolve que vai abandonar esta piolheira borrifando-se do alto da sua irresponsabilidade e indiferença para os compromissos que assumiu em campanha eleitoral mentirosa e deixando o país financeiramente de tanga, com o Serviço Nacional de Saúde de pantanas e com o maior nível de desemprego dos últimos 15 anos.
Mas também deixando o seu próprio partido, o PSD, numa convulsão interna indescritível, em que chispam facas por todo o lado e se tenta abater hoje, com o maior cinismo e sangue frio, o amigo indefectível de ontem.
A vítima maior em perspectiva dentro do PSD é Manuela Ferreira Leite, «a dama de ferro» - lembram-se?, foi até há poucos dias bajulada e enaltecida por todas as tendências internas do PSD - a quem o troglodita da Madeira não hesitou um só segundo em chamar, ontem, «essa senhora».
Lá do norte tem-se pronunciado, com aquela voz de embalador de bebés e aquela boquinha de sopra-velas, Luís Filipe Meneses, que não vê a hora de tramar Rui Rio, apoiando o inculto e incompetente Santana na sua tentativa de aquecer a almofada da cadeira de primeiro-ministro.
Ninguém parece ligar peva ao Presidente da República que continua como que incógnito tendo emitido apenas, até agora, um pequeno bocejo de admiração por estarem a ignorá-lo de forma tão ostensiva.
O PS, o maior partido da oposição, a quem competiria vir à liça fustigar severamente este fujão da Silva que se chama Durão Barroso, também se remeteu ao silêncio mais anémico que se poderia imaginar tendo emitido apenas uma curta declaração, lida sem qualquer convicção por um porta-voz secundário e sem carisma, com vozinha de quem pede desculpas por estar a incomodar, em que se fala sem qualquer entusiasmo em eleições antecipadas.
Entretanto, na rua a contestação vai crescendo exigindo eleições antecipadas e tentando impedir qualquer solução palaciana que passe ao lado da vontade polpular.
Se por um lado deve-se impedir a todo o custo que qualquer camarilha do PSD cozinhe à sua vontade uma solução governativa para esta crise, por outro lado deve-se fazer tudo para acordar o PS e dizer-lhe que não estamos aqui para pactuar com "timings" que convenham a esta ou àquela tendência interna desse partido, a este ou àquele barão que viu as contas saírem-lhe furadas pela fuga precipitada de Barrsoso, e que é hora de agir com determinação e visibilidade nacional congregando vontades para que a esquerda tome conta do Governo do país em eleições antecipadas em que este povo, enganado e vilipendiado pela coligação de direita PP/PSD, escolherá livremente quem quer para primeiro-ministro.
Manifeste hoje, às 19 horas, frente ao palácio de Belém, em Lisboa, exigindo eleições antecipadas.
Seja um cidadão activo pois que disso depende muito o rumo da política neste Portugal que temos.
Ninguém sabe o que é que o Senhor Presidente da República vai decidir agora que se consuma a vergonhosa e cobarde «fuga» de Durão Barroso para Bruxelas.
Lendo os jornais, ouvindo a rádio e as televisões, fica-nos essa certeza, mesmo no que aos partidos políticos e aos analistas políticos diz respeito: de facto ninguém sabe o que vai acontecer, agora que Durão Barroso, baseando-se nos votos que o legitimaram no poder como primeiro-ministro de Portugal, resolve que vai abandonar esta piolheira borrifando-se do alto da sua irresponsabilidade e indiferença para os compromissos que assumiu em campanha eleitoral mentirosa e deixando o país financeiramente de tanga, com o Serviço Nacional de Saúde de pantanas e com o maior nível de desemprego dos últimos 15 anos.
Mas também deixando o seu próprio partido, o PSD, numa convulsão interna indescritível, em que chispam facas por todo o lado e se tenta abater hoje, com o maior cinismo e sangue frio, o amigo indefectível de ontem.
A vítima maior em perspectiva dentro do PSD é Manuela Ferreira Leite, «a dama de ferro» - lembram-se?, foi até há poucos dias bajulada e enaltecida por todas as tendências internas do PSD - a quem o troglodita da Madeira não hesitou um só segundo em chamar, ontem, «essa senhora».
Lá do norte tem-se pronunciado, com aquela voz de embalador de bebés e aquela boquinha de sopra-velas, Luís Filipe Meneses, que não vê a hora de tramar Rui Rio, apoiando o inculto e incompetente Santana na sua tentativa de aquecer a almofada da cadeira de primeiro-ministro.
Ninguém parece ligar peva ao Presidente da República que continua como que incógnito tendo emitido apenas, até agora, um pequeno bocejo de admiração por estarem a ignorá-lo de forma tão ostensiva.
O PS, o maior partido da oposição, a quem competiria vir à liça fustigar severamente este fujão da Silva que se chama Durão Barroso, também se remeteu ao silêncio mais anémico que se poderia imaginar tendo emitido apenas uma curta declaração, lida sem qualquer convicção por um porta-voz secundário e sem carisma, com vozinha de quem pede desculpas por estar a incomodar, em que se fala sem qualquer entusiasmo em eleições antecipadas.
Entretanto, na rua a contestação vai crescendo exigindo eleições antecipadas e tentando impedir qualquer solução palaciana que passe ao lado da vontade polpular.
Se por um lado deve-se impedir a todo o custo que qualquer camarilha do PSD cozinhe à sua vontade uma solução governativa para esta crise, por outro lado deve-se fazer tudo para acordar o PS e dizer-lhe que não estamos aqui para pactuar com "timings" que convenham a esta ou àquela tendência interna desse partido, a este ou àquele barão que viu as contas saírem-lhe furadas pela fuga precipitada de Barrsoso, e que é hora de agir com determinação e visibilidade nacional congregando vontades para que a esquerda tome conta do Governo do país em eleições antecipadas em que este povo, enganado e vilipendiado pela coligação de direita PP/PSD, escolherá livremente quem quer para primeiro-ministro.
Manifeste hoje, às 19 horas, frente ao palácio de Belém, em Lisboa, exigindo eleições antecipadas.
Seja um cidadão activo pois que disso depende muito o rumo da política neste Portugal que temos.
domingo, junho 27, 2004
UM MOMENTO SÓ, FAXAVOR
Só um momento, Senhor Presidente Jorge Sampaio.
Aguarde até terça-feira para convocar eleições antecipadas.
Sabe, é que minha filha mais nova vai recensear-se na próxima segunda-feira e gostaria muito de também poder votar para derrubar a direita incompetente, trambiqueira e desacreditada que detém hoje as rédeas do poder.
Obrigado antecipadamente, Senhor Presidente.
Só um momento, Senhor Presidente Jorge Sampaio.
Aguarde até terça-feira para convocar eleições antecipadas.
Sabe, é que minha filha mais nova vai recensear-se na próxima segunda-feira e gostaria muito de também poder votar para derrubar a direita incompetente, trambiqueira e desacreditada que detém hoje as rédeas do poder.
Obrigado antecipadamente, Senhor Presidente.
VAI OU NÃO VAI FUGIR DO PAÍS?
Foi interessante "telespectar" hoje o programa da SIC Notícias, Quadratura do Círculo.
Pude constatar que tanto Pacheco Pereira, como Lobo Xavier e José Magalhães foram unânimes em vaticinar uma recusa de Durão Barroso ao convite para ser Presidente da Comissão Europeia, no que usaram os mais diversos argumentos, sendo um dos mais importantes o de que Durão não deixaria o Governo no meio de uma legislatura sem ter executado cabalmente nenhum dos seus desígnios eleitorais;
E que a aceitar o convite («envenenado», no dizer de JPP) ele estaria a protagonizar uma fuga esfarrapada aos sarilhos que o Governo de coligação enfrenta (criou, digo eu) no país e que lhe compete resolver.
Pois bem: o homem ainda não botou "faladura".
Estejamos atentos.
Vamos lá ver se terá coragem para ficar a (des)governar o país e enfrentar o eleitorado que o cilindrará nas próximas eleições, ou se protagonizará a mais cobarde e irresponsável fuga política que alguma vez se viu num país civilizado.
Foi interessante "telespectar" hoje o programa da SIC Notícias, Quadratura do Círculo.
Pude constatar que tanto Pacheco Pereira, como Lobo Xavier e José Magalhães foram unânimes em vaticinar uma recusa de Durão Barroso ao convite para ser Presidente da Comissão Europeia, no que usaram os mais diversos argumentos, sendo um dos mais importantes o de que Durão não deixaria o Governo no meio de uma legislatura sem ter executado cabalmente nenhum dos seus desígnios eleitorais;
E que a aceitar o convite («envenenado», no dizer de JPP) ele estaria a protagonizar uma fuga esfarrapada aos sarilhos que o Governo de coligação enfrenta (criou, digo eu) no país e que lhe compete resolver.
Pois bem: o homem ainda não botou "faladura".
Estejamos atentos.
Vamos lá ver se terá coragem para ficar a (des)governar o país e enfrentar o eleitorado que o cilindrará nas próximas eleições, ou se protagonizará a mais cobarde e irresponsável fuga política que alguma vez se viu num país civilizado.
sexta-feira, junho 25, 2004
AO MENOS LISBOA GANHA ALGUMA COISA
Quando se pensava que o País tinha politicamente batido no fundo, ao ser governado pelo pior Governo desde o 25 de Abril de 1974, eis que ainda se prepara para descer mais fundo:
É que, ao que se diz, o inculto Santana Lopes, o tal dos concertos para violino de Chopin, prepara-se para ser primeiro-ministro pois se configura a fuga de Durão Barroso para Bruxelas depois da grande banhada eleitoral que apanhou ainda há bem poucos dias.
Nós estamos desapontados com o facto. Porque o que queríamos era mesmo esmagar o homem nas autárquicas e nas legislativas; "fazê-lo em postas de ciré" (em pitadas de rapé, em crioulo de Cabo Verde) antes de o mandar para casa tomar conta dos netos.
Mas assim não. Assim não dá gozo nenhum. O homem não dá luta e toca de fugir enquanto é tempo de se esconder e ignorar o descalabro que trouxe ao país com a política de restrição e de desemprego; de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde e de privatização de tudo que pudesse render alguma coisa e servisse os interesses dos privados que hoje comandam os destinos deste país e o conduzem à mais vil miséria e ao mais desgraçado futuro.
Fica a esperança de que ainda restem forças para reconstruir Portugal quando os eleitores tiverem a oportunidade de, com os seus votos, cilindrar Santana Lopes e devolver o poder à oposição.
Para já, com a saída do inculto e demagogo Santana da edilidade lisboeta, é Lisboa que ganha e vê surgir algumas oportunidades de poder ser governada por alguém com mais gabarito e competência.
Do mal o menos.
Quando se pensava que o País tinha politicamente batido no fundo, ao ser governado pelo pior Governo desde o 25 de Abril de 1974, eis que ainda se prepara para descer mais fundo:
É que, ao que se diz, o inculto Santana Lopes, o tal dos concertos para violino de Chopin, prepara-se para ser primeiro-ministro pois se configura a fuga de Durão Barroso para Bruxelas depois da grande banhada eleitoral que apanhou ainda há bem poucos dias.
Nós estamos desapontados com o facto. Porque o que queríamos era mesmo esmagar o homem nas autárquicas e nas legislativas; "fazê-lo em postas de ciré" (em pitadas de rapé, em crioulo de Cabo Verde) antes de o mandar para casa tomar conta dos netos.
Mas assim não. Assim não dá gozo nenhum. O homem não dá luta e toca de fugir enquanto é tempo de se esconder e ignorar o descalabro que trouxe ao país com a política de restrição e de desemprego; de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde e de privatização de tudo que pudesse render alguma coisa e servisse os interesses dos privados que hoje comandam os destinos deste país e o conduzem à mais vil miséria e ao mais desgraçado futuro.
Fica a esperança de que ainda restem forças para reconstruir Portugal quando os eleitores tiverem a oportunidade de, com os seus votos, cilindrar Santana Lopes e devolver o poder à oposição.
Para já, com a saída do inculto e demagogo Santana da edilidade lisboeta, é Lisboa que ganha e vê surgir algumas oportunidades de poder ser governada por alguém com mais gabarito e competência.
Do mal o menos.
TRAGAM A CAMISA DE FORÇAS!
Esta é a maior obscenidade lida até hoje na blogosfera portuguesa.
Faltam adjectivos para qualificar cabalmente esta opinião de Pacheco Pereira.
E nem sequer dizer que ele passou-se ou está doido chega para justificar tamanha insensatez de ideias.
Já dizia o outro que desde que viu um porco andar de bicicleta passou a acreditar que tudo era possível.
E é. Tudo é possível.
Como se pode defender que as torturas de Abu Grahib deveriam ser silenciadas e que nunca as imagens divulgadas deveriam ter visto a luz do dia?
E ainda por cima: tudo em nome da Democracia.
A abjecção desta ideia é gritante e total.
E vinda de onde vem é um grande choque para muita gente.
Esta é a maior obscenidade lida até hoje na blogosfera portuguesa.
Faltam adjectivos para qualificar cabalmente esta opinião de Pacheco Pereira.
E nem sequer dizer que ele passou-se ou está doido chega para justificar tamanha insensatez de ideias.
Já dizia o outro que desde que viu um porco andar de bicicleta passou a acreditar que tudo era possível.
E é. Tudo é possível.
Como se pode defender que as torturas de Abu Grahib deveriam ser silenciadas e que nunca as imagens divulgadas deveriam ter visto a luz do dia?
E ainda por cima: tudo em nome da Democracia.
A abjecção desta ideia é gritante e total.
E vinda de onde vem é um grande choque para muita gente.
quinta-feira, junho 24, 2004
quarta-feira, junho 23, 2004
AULA DE PORTUGUÊS
Porque é que se tem dito e escrito, por tudo quanto é imprensa, rádio e televisão, a respeito do Euro 2004, que esta ou aquela selecção passou aos "quartos de final"
e que esta ou aquela pode ir às "meias-finais"?
Se se diz "quartos de final", correcto será dizer "meias de final"
e se se diz "meias-finais", será correcto dizer "quartos-finais"
Salmoura diz e escreve, porque lhe parece ser isso correcto:
Quartos-finais
e
Meias-finais
Guarde-se o "de" para quando for preciso.
Porque é que se tem dito e escrito, por tudo quanto é imprensa, rádio e televisão, a respeito do Euro 2004, que esta ou aquela selecção passou aos "quartos de final"
e que esta ou aquela pode ir às "meias-finais"?
Se se diz "quartos de final", correcto será dizer "meias de final"
e se se diz "meias-finais", será correcto dizer "quartos-finais"
Salmoura diz e escreve, porque lhe parece ser isso correcto:
Quartos-finais
e
Meias-finais
Guarde-se o "de" para quando for preciso.
NO REINO DA DINAMARCA
Salmoura ia escrever uma grande posta sobre o assunto, mas achou que mais vale estar calado do que ser processado pela Polícia, pelo Estado ou pelo Instituto de Medicina Legal.
Salmoura apenas reproduz aqui a notícia que vem nos média e que o Barnabé respiga com alguma perplexidade:
A autópsia ao cadáver do miúdo de 16 anos, que morreu 48 horas depois de ter sido espancado pela polícia, não estabeleceu nenhuma relação entre o espancamento e a morte desse miúdo.
Tudo bem: não há relação entre uma coisa e outra.
Mas porque não se diz de que é que morreu o José Carlos (assim se chamava o miúdo) ?
É proibido saber-se?
Aos 16 anos morre-se assim - sem mais?
Salmoura ia escrever uma grande posta sobre o assunto, mas achou que mais vale estar calado do que ser processado pela Polícia, pelo Estado ou pelo Instituto de Medicina Legal.
Salmoura apenas reproduz aqui a notícia que vem nos média e que o Barnabé respiga com alguma perplexidade:
A autópsia ao cadáver do miúdo de 16 anos, que morreu 48 horas depois de ter sido espancado pela polícia, não estabeleceu nenhuma relação entre o espancamento e a morte desse miúdo.
Tudo bem: não há relação entre uma coisa e outra.
Mas porque não se diz de que é que morreu o José Carlos (assim se chamava o miúdo) ?
É proibido saber-se?
Aos 16 anos morre-se assim - sem mais?
terça-feira, junho 22, 2004
TOMA PACHECO
Com aquela sua boca granítica que martela e tritura as palavras como se as quisesse destruir para sempre enquanto as usa, Telmo Correia, deputado do grupo parlamentar do CDS, veio hoje dizer ao PSD que quem perdeu votos nas últimas eleições foi este partido e não o CDS, e que se o CDS tivesse concorrido sozinho teria na mesma mantido os dois deputados europeus que já tinha.
Esta é uma resposta clara a todos aqueles que no PSD exigem o fim da coligação por acharem que o CDS liderado pelo Paulo Postas da Moderna já nada mais vale e só serve para atrapalhar e fazer perder eleições; é uma resposta clara a Pacheco Pereira que escreveu no Abrupto que a perda dos dois deputados funcionava «como um ácido no PSD».
Com aquela sua boca granítica que martela e tritura as palavras como se as quisesse destruir para sempre enquanto as usa, Telmo Correia, deputado do grupo parlamentar do CDS, veio hoje dizer ao PSD que quem perdeu votos nas últimas eleições foi este partido e não o CDS, e que se o CDS tivesse concorrido sozinho teria na mesma mantido os dois deputados europeus que já tinha.
Esta é uma resposta clara a todos aqueles que no PSD exigem o fim da coligação por acharem que o CDS liderado pelo Paulo Postas da Moderna já nada mais vale e só serve para atrapalhar e fazer perder eleições; é uma resposta clara a Pacheco Pereira que escreveu no Abrupto que a perda dos dois deputados funcionava «como um ácido no PSD».
VENENO DE RATO
Se comeu algo que lhe caiu mal ou se ficou empanturrado depois de uma barrigada inesperada (por descuido, bulimia ou gulodice) e deseja ver-se livre desse mal-estar mas não consegue vomitar (o melhor remédio para essas situações - vá por mim! - muito melhor que qualquer medicamento) então tome este xarope que vai ver como o vómito chega depressa: chega em jorro caudaloso de uma pasta verde como no filme "O Exorcista".
Este xarope é fabricado com a supervisão do farmacêutico Vasco Rato, segundo uma velha receita desencantada dos baús do Estado Novo.
Se comeu algo que lhe caiu mal ou se ficou empanturrado depois de uma barrigada inesperada (por descuido, bulimia ou gulodice) e deseja ver-se livre desse mal-estar mas não consegue vomitar (o melhor remédio para essas situações - vá por mim! - muito melhor que qualquer medicamento) então tome este xarope que vai ver como o vómito chega depressa: chega em jorro caudaloso de uma pasta verde como no filme "O Exorcista".
Este xarope é fabricado com a supervisão do farmacêutico Vasco Rato, segundo uma velha receita desencantada dos baús do Estado Novo.
JMF EM PLENA ÉPOCA BALNEAR
José Manuel Fernandes abandonou por alguns dias o seu afã de pregar a sapiência e bondade do Senhor George W. Bush; esqueceu por um pouco o seu querido Iraque, "gloriosa e justamente ocupado", e começou a fazer "construções na areia".
Note-se que mesmo fazendo essas "construções na areia" lá vai servindo (pateticamente) os seus senhores.
José Manuel Fernandes abandonou por alguns dias o seu afã de pregar a sapiência e bondade do Senhor George W. Bush; esqueceu por um pouco o seu querido Iraque, "gloriosa e justamente ocupado", e começou a fazer "construções na areia".
Note-se que mesmo fazendo essas "construções na areia" lá vai servindo (pateticamente) os seus senhores.
domingo, junho 20, 2004
SALMOURA TREINADOR
Salmoura acabou de falar, ao telefone, agora mesmo, com Luís Filipe Scolari tendo ouvido dele o seguinte:
«Meu amigo. Quero agradecer a sua inestimável colaboração. Fiz todas as modificações que você sugeriu na sua posta intitulada "Eu Treinador me Confesso" e deu certo. Portugal ganhou à Espanha e qualificou-se para os quartos-finais do campeonato da Europa graças também a si. O senhor é parte integrante desta vitória de Portugal sobre a Espanha. Dou-lhe um abraço».
Salmoura acabou de falar, ao telefone, agora mesmo, com Luís Filipe Scolari tendo ouvido dele o seguinte:
«Meu amigo. Quero agradecer a sua inestimável colaboração. Fiz todas as modificações que você sugeriu na sua posta intitulada "Eu Treinador me Confesso" e deu certo. Portugal ganhou à Espanha e qualificou-se para os quartos-finais do campeonato da Europa graças também a si. O senhor é parte integrante desta vitória de Portugal sobre a Espanha. Dou-lhe um abraço».
CÍRCULO QUADRADO SEM ESQUERDA
Seguindo este conselho de JPP no Abrupto, Salmoura não perdeu pitada do último programa Quadratura do Círculo do canal televisivo SIC Notícias.
Depois de "espectado" o referido programa, Salmoura endereçou o seguinte e-mail ao coordenador do mesmo, Carlos Andrade:
«Meu caro Dr. Carlos Andrade:
Seguindo o apelo de José Pacheco Pereira no blogue Abrupto, não perdi um único segundo da última edição do programa Quadratura do Círculo.
Nessa emissão ficou claro (há-de concordar) que a Direita coligada (dou-lhe honras de maiúsculas) não se sente confortável na coligação derrotada nas urnas por 66% dos votos contra 33%, e que, por sua vez, o Partido Socialista se sente fortalecido e legitimado para governar Portugal "logo que possível" (e ainda bem).
Mas ficou também claro que no programa Quadratura do Círculo, quer se queira quer não: só estão representados o PSD+CDS e o PS.
Estando, por outro lado, segregado o resto da Esquerda que já não é tão "resto" quanto isso.
É mais que certo, no entender de muitos portugueses com espírito crítico, que há, hoje por hoje, nesse programa, uma segregação inaceitável do Bloco de Esquerda.
Se Quadratura do Círculo quer de facto reflectir, com isenção, a maior parte da realidade política portuguesa, então não há mais lugar a que o Bloco de Esquerda (força política em nítida ascensão eleitoral no país) continue e ser ignorado na sua existência.
Dou de barato que os residentes do programa, Lobo Xavier, Pacheco Pereira e José Magalhães, tenham sido "recrutados" segundo critérios de competência e qualidades intelectuais e políticas e não pela pertença aos partidos que representam.
Mas, hoje por hoje, eles são, como se pôde constatar nesta última emissão da Quadratura do Círculo (e também nas outras), únicos e verdadeiros representantes dos seus partidos, não tendo havido (e não havendo mesmo) hipótese alguma de se ouvir nesse programa a voz do eleitorado português que vota no Bloco de Esquerda.
Desculpe, mas, no meu entender (e por certo no entender de muitos leitores com quem correspondo por e-mail), a Quadratura do Círculo é hoje um programa coxo que só terá a ganhar com a inclusão de um "opinante" próximo das posições do Bloco de Esquerda no seu painel de convidados.
Desculpe qualquer coisinha.»
Seguindo este conselho de JPP no Abrupto, Salmoura não perdeu pitada do último programa Quadratura do Círculo do canal televisivo SIC Notícias.
Depois de "espectado" o referido programa, Salmoura endereçou o seguinte e-mail ao coordenador do mesmo, Carlos Andrade:
«Meu caro Dr. Carlos Andrade:
Seguindo o apelo de José Pacheco Pereira no blogue Abrupto, não perdi um único segundo da última edição do programa Quadratura do Círculo.
Nessa emissão ficou claro (há-de concordar) que a Direita coligada (dou-lhe honras de maiúsculas) não se sente confortável na coligação derrotada nas urnas por 66% dos votos contra 33%, e que, por sua vez, o Partido Socialista se sente fortalecido e legitimado para governar Portugal "logo que possível" (e ainda bem).
Mas ficou também claro que no programa Quadratura do Círculo, quer se queira quer não: só estão representados o PSD+CDS e o PS.
Estando, por outro lado, segregado o resto da Esquerda que já não é tão "resto" quanto isso.
É mais que certo, no entender de muitos portugueses com espírito crítico, que há, hoje por hoje, nesse programa, uma segregação inaceitável do Bloco de Esquerda.
Se Quadratura do Círculo quer de facto reflectir, com isenção, a maior parte da realidade política portuguesa, então não há mais lugar a que o Bloco de Esquerda (força política em nítida ascensão eleitoral no país) continue e ser ignorado na sua existência.
Dou de barato que os residentes do programa, Lobo Xavier, Pacheco Pereira e José Magalhães, tenham sido "recrutados" segundo critérios de competência e qualidades intelectuais e políticas e não pela pertença aos partidos que representam.
Mas, hoje por hoje, eles são, como se pôde constatar nesta última emissão da Quadratura do Círculo (e também nas outras), únicos e verdadeiros representantes dos seus partidos, não tendo havido (e não havendo mesmo) hipótese alguma de se ouvir nesse programa a voz do eleitorado português que vota no Bloco de Esquerda.
Desculpe, mas, no meu entender (e por certo no entender de muitos leitores com quem correspondo por e-mail), a Quadratura do Círculo é hoje um programa coxo que só terá a ganhar com a inclusão de um "opinante" próximo das posições do Bloco de Esquerda no seu painel de convidados.
Desculpe qualquer coisinha.»
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