JORNALISMO NA SARJETA *
Pacheco Pereira mantém acesa a sua já antiga e mais que conhecida animosidade contra os jornalistas. E ultimamente não tem perdido uma única oportunidade de os fustigar (ver aqui, aqui e aqui).
Mas se antigamente o que mais suscitava a crítica de JPP eram certos privilégios a que os jornalistas se arrogavam (uma quase livre circulação pelos corredores da Assembleia da República, por exemplo) e o pouco cuidado em conferir a veracidade das notícias antes de as divulgar; já, hoje em dia, se atendermos às suas últimas críticas, o que mais o move é a falta de deontologia dos jornalistas que serão, assim... como que autênticos moços de recados dos políticos e dos poderosos, aos quais atribui ainda uma certa indigência cultural senão mesmo iliteracia.
Trazemos este assunto ao blogue por concordarmos que, de facto, como é facilmente constatável pela leitura dos jornais, a audição das rádios e a assistência aos telejornais, o trabalho jornalístico é, hoje em dia, de fraquíssima e duvidosa qualidade. Não fossem os chamados colaboradores - comentaristas e colunistas que diariamente se fazem ouvir através dos média - os jornais só serviriam como papel de embrulho; as rádios como companhia dos pastores; a televisão como sonífero para os reformados.
(*) Não confundir com "de sarjeta".