A LIÇÃO DE SÓCRATES
No que às futuras eleições presidenciais diz respeito, José Sócrates já demonstrou que em nada difere de Santana Lopes:
1) para eles, primeiro estão os amigalhaços e só depois é que está Portugal.
2) ambos acham que os partidos são donos dos eleitores e que estes votam em quem os partidos mandarem.
É isso que a declaração de Sócrates, a favor de Guterres como futuro candidato presidencial, quer dizer.
Mas, felizmente que os eleitores de há muito perceberam aquilo que só os políticos que os julgam facilmente manipuláveis é que ainda não perceberam: que as eleições presidenciais nada têm a ver com os partidos políticos. Escolhe-se o candidato pelo que ele representa como figura política e moral, muito mais que pelos seus dotes de "artista" e vendedor de banha da cobra; pelo seu currículo e pela credibilidade que o seu passado inspira, muito mais que pelos partidos que estejam a impingi-lo e por aquilo que for sendo soprado aos média para passarem para a opinião pública.
E nesse pormenor (e isto é um mero exemplo), entre António Guterres e Freitas do Amaral, "o povo de Esquerda" não teria quaisquer dúvidas em escolher Freitas do Amaral - mesmo que o PS apoiasse Guterres, e Freitas corresse por fora apenas com o apoio de personalidades credíveis, como Mário Soares, por exemplo -.
A continuar a imitar Santana Lopes, José Sócrates há-de aprender uma dura lição nas futuras eleições presidenciais. Lição que será tanto mais dura se Freitas não avançar e Cavaco estiver na liça, pela Direita.
A ver vamos.