UM GATO DIFERENTE
Conto isto porque tem a sua piada. Longe de mim desrespeitar a figura do Senhor Presidente da República.
Tenho três gatos persas dentre os quais se destaca o Gauguin pela sua superior inteligência e perspicácia em relação aos outros dois e por alguns actos absolutamente curiosos que uma ou outra vez pratica.
O Gauguin tem um tal sentido de justiça (ou de injustiça, sei lá) que, por exemplo, quando alguém o pisa, ou faz qualquer outra coisa que o desagrada, e não pede desculpa, afasta-se e desaparece do local.
Passado algum tempo, às vezes horas, vai-se descobrir: o Gauguin vingou-se do sucedido urinando num sapato ou numa peça de roupa do seu "agressor".
Para além de tudo o Gauguin é meu companheiro inseparável, desde que chego a casa até que saio para o trabalho ou outro afazer. Quando estou aqui a blogar ele costuma, como agora, deitar-se numa ponta da secretária e dormitar com os olhos semi-serrados, por certo espreitando o que vou escrevendo.
Pois bem, o que vou contar é mesmo verdade e não sei bem explicar por que terá acontecido.
Com revistas e jornais espalhados ao longo da semana pelo escritório, é aos sábados, como hoje, que costumo pegar neles para fazer arrumações.
Não queiram saber qual não foi o meu espanto quando, ao pegar nos jornais para os dobrar e guardar, ou destinar ao lixo, descubro que o Gauguin fez chichi sobre uma fotografia do Dr. Jorge Sampaio.
Estou incrédulo. Confesso.
P.S.
1) Já agora, aqui ficam os nomes dos meus dois outros gatos: um deles é o Picasso, que é comunista; o outro é o Alex (Alexandre Magno) que tem a mania que é o dono disto tudo.
2) Acho que ultimamente o Picasso anda a influenciar politicamente o Gauguin.