TRISTEZAS NA GUINÉ ALEGRIAS EM CABO VERDE
Na Guiné-Bussau houve eleições na semana passada. Os perdedores afirmam que não aceitarão os resultados eleitorais (ainda não divulgados mas, ao que parece, conhecidos) alegando «irregularidades várias e fraude». O Comité Militar (um grupo formado por 25 oficiais do exército que com as suas famílias devem ser as únicas pessoas que vivem razoavelmente na Guiné) reuniu-se e mandou calar a Comissão Eleitoral (autoridade máxima para o processo eleitoral) obrigando-a, assim, a não divulgar os resultados eleitorais.
O impasse na marcha da Guiné-Bissau (hoje não mais que um território pobre habitado) à procura de ser um esboço de país é mais uma machadada dos seus próprios filhos (cegos, insensíveis e irresponsáveis) num corpo que deixou de ter saúde logo que um golpe de Estado, dado por Nino Vieira, nos anos oitenta, «para entregar a Guiné aos guineenses» correu com os cabo-verdianos que os ajudavam a governar o país (que então existia) tendo transformado em pouco mais de vinte anos o então país num corpo moribundo em vias de morte e putrefacção.
É em casos como este que se prova inequivocamente que sem instrução e educação não há maneira de os povos progredirem, se governarem em paz e encontrarem o rumo do progresso.
Entretanto o Senhor Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, com uma comitiva que integra empresários de várias áreas, está de visita a Cabo Verde (onde a oposição acabou de ganhar as eleições autárquicas e onde os indicadores económicos e sociais já permitem que o país seja considerado “país de desenvolvimento médio” abandonando assim a classificação de “país subdesenvolvido”) para, entre outras coisas, assinar acordos de cooperação nos domínios do turismo e dos transportes aéreos tornando assim as viagens 50% mais baratas (é o que se fala) e ajudar Cabo Verde a desenvolver-se.