quarta-feira, julho 30, 2003

PACHECO PEREIRA – GINJINHA OU ARSÉNICO?

Decorria a campanha para umas eleições presidenciais. Eu estava em Macau e resolvi apoiar uma candidatura pelo que enviei um e-mail a um dos coordenadores do "site" do candidato respectivo. Em nota de rodapé brinquei um bocadinho confessando-me saudoso do programa "flash back" da TSF e admitindo que talvez fosse pela falta que as opiniões de JPP me faziam.

Na volta do correio electrónico recebo o agradecimento do apoio e, também em nota de rodapé, lá vinha na mensagem isto: «O PP (Pacheco Pereira) é uma instituição nacional; é como a ginjinha ou o arsénico. Pick your choice».

Cometo hoje, a largos anos de distância, esta inconfidência para partilhar com o leitor amigo o "espírito" da frase. Mas também para dizer uma coisa: para além da pequena malícia contida na frase, há nela uma verdade que se vem afirmando consistentemente – JPP vem "independentizando-se" politicamente e afirmando-se intelectualmente ao longo do tempo, e hoje, se não é uma instituição nacional, é certamente um sério candidato a senador do País –. Honra lhe seja feita.

Apenas uma fraqueza de certo vulto lhe aponto (mas quem é perfeito para todos?): a tese dele sobre a invasão do Iraque não há meio de se ver confirmada – antes muito pelo contrário – e aguardamos a prometida reanálise da mesma.