terça-feira, setembro 02, 2003

SENHOR COMANDANTE DA BRIGADA DE TRÂNSITO:
E SE DESSEM, A SI E AOS SEUS, TRATAMENTO IDÊNTICO,
NUM HOSPITAL, POR EXEMPLO,
O QUE É QUE O SENHOR DIRIA?

Estacionei o carro. Saí. Fechei e tranquei a porta do mesmo. Vesti o casaco e, de mãos nos bolsos, já tinha caminhado uns bons vinte metros quando soou o apito do polícia de trânsito que, acompanhado de um colega seu, me estava "topando" de há muito. Mas só então...

...decidiu exercer a sua autoridade ditatorial fazendo-me sinal de que não podia estacionar ali.

Calmamente dirigi-me ao carro, retirei-o do local onde estava e fui estacioná-lo em outro local permitido.

Refira-se que no local onde anteriormente estacionara também era permitido fazê-lo. Só que ontem não o permitiam por qualquer motivo que desconheço (parada militar, visita de entidade estrangeira? Talvez).

Todas as manhãs, durante meia hora, costumo dar um passeio a pé no jardim perto do meu local de trabalho e sempre assim procedi sem que isso me tivesse antes acontecido.

Quem me lê sabe muito bem que os polícias costumam ter esse tipo de atitudes de achincalhamento do cidadão à espera talvez de uma discussão para melhor poderem libertar o Zé Ninguém que trazem dentro de si.

Esse comportamento teria a sua similitude, por exemplo, numa urgência hospitalar, se um médico, perante um doente (polícia?) sofrendo de fortes dores, decidisse que só passada uma hora ou mais de sofrimento lhe mandaria ministrar um analgésico ou decidiria operá-lo.

É claro que os médicos não fazem isso.

Mas seria bom que não fossem estimulados a pensar em coisas dessas.

Seria bom que a GNR, a PSP e outras corporações que costumam abusar do poder que têm não achincalhassem os cidadãos pois essa cuspidela para o ar pode muito bem vir a cair-lhes na cara.

É que assim como é fácil identificar um automobilista, também é fácil identificar um polícia.