domingo, setembro 21, 2003

MARCELO, PACHECO E SANTANA. UM TRIO OU NADA DISSO?
Hoje vou ver e ouvir Pacheco Pereira na SIC.

Li com atenção as explicações prévias que postou no Abrupto pelo que sei que o combate aguardado não vai acontecer e por isso devo manter baixas as expectativas. Não que lhe não reconheça qualidades de comunicador, honestidade intelectual e capacidade de argumentação capazes de o tornarem temível para os outros dois quanto à conquista de audiência. A Pacheco conhecemos bem as teses sobejamente explanadas, especialmente ao longo desta última década, pelo que dele o que esperamos, para já, são pelo menos explicações que nos levem a perceber porque é que defende a política deste Governo sem ministros (uma grande parte deles não existe ou existe muito atabalhoadamente) e incumpridor (ou mesmo fautor do contrário) das mais elementares promessas eleitorais e de grandíssima parte do seu programa.

De Marcelo há muito que estava farto e deixei de o escutar. Aquela fórmula cansa rapidamente o telespectador porque essencialmente não passa de uma ficção com pretensão a futurologia. Por outro lado as tentativas de manipulação da realidade e do telespectador são por vezes grosseiras e nada fáceis de aturar.

A Santana Lopes vou dar tempo para emitir a minha opinião sem valor. A primeira amostra deu-nos a ver um Santana como peixe fora de água. Isso de estar sozinho, sem contraponto (como estava habituado), é um pouco duro e exige que o comentador seja um homem de trabalho (se informe muito e bem ao longo da semana) e tenha já uma cultura geral muito sólida (coisa que não se adquire em dois ou três anos sequer, quanto mais à última da hora). Não é problema que se resolva apenas com telegenia, coisa que por sinal já vai faltando ao homem, pois a idade pesa, altera, destrói, penaliza e dá cabo das pessoas quanto mais de um galã.

Eu que o diga. Mas ainda tenho uma cabeleira farta que faria um vistaço na televisão, a qual não me importo de doar a Santana. Havendo histocompatibilidade porque ideocompatibilidade não há de certezinha absoluta.