GESTÃO EMPRESARIALIZADA DOS HOSPITAIS (II)
(O Estado a saque?)
Leio hoje no DN:
«A polémica em torno da gestão do Hospital Amadora-Sintra, que se arrastava desde finais de 2001, chegou ontem ao fim, tendo aquela unidade hospitalar, pertencente ao Grupo Mello, «levado a melhor» sobre o Estado.»
«A sociedade gestora não só não terá de devolver os 75 milhões de euros (15 milhões de contos) que alegadamente e de forma indevida terá recebido do Estado, entre 1995 e 2001, como receberá à volta de sete milhões de contos referentes ao exercício de 2000/2001.»
«Assim o decidiu o tribunal arbitral, criado no final do ano passado para resolver o diferendo financeiro entre o Estado e o Amadora-Sintra.»
«A decisão tomada por unanimidade do tribunal arbitral, constituído por Calvão da Silva, Maria de Jesus Serra Lopes e Fausto de Quadros, contrariam as conclusões do Tribunal de Contas e das inspecções-gerais de Saúde e das Finanças (no relatório de Julho de 2002 indicia «a existência de irregularidades» na gestão).»
«É um tribunal privado que vem pôr em causa a actividade inspectiva. A partir de agora ninguém mais vai respeitar a Inspecção-Geral das Finanças que é de alto nível e cujas auditorias nunca foram questionadas.»
Coloco três perguntas ingénuas que me surgiram por puro acaso:
1) Quem teve a ideia genial de criar um tribunal privado com mais poderes que qualquer outro tribunal existente no País?
1) Onde trabalhava esse "génio" antes de ter as funções que actualmente desempenha?
2) Consegue alguém adivinhar onde irá trabalhar esse "génio" depois de sair do lugar que ora ocupa?