DO OITENTA PARA O QUARENTA
Todo o país estava ontem mais que nunca "no oitenta" com a sua selecção: eram bandeiras com pagodes chineses espalhadas por todo o território pátrio; eram cachecóis e bonés glorificando as cores nacionais por tudo quanto era pescoço e cabeça; eram coiratos e sardinhas assadas a dar c'um pau; era a alegria antecipada da vitória certa e logo por números expressivos: 2-0, 3-0, 5-0.
Não se fazia a coisa por menos.
E foi o que se viu: uma exibição pífia da selecção nacional portuguesa, com os gregos a afinfarem-nos logo uma bola aos seis minutos da primeira parte, repetindo a dose aos sete minutos da segunda parte, para virem a sofrer o "golo de honra" português já nos descontos finais.
Todo o mundo ficou agora no "quarenta". Não se sabe se a caminho do "oito" ou, de novo, para o "oitenta". O futuro o dirá.