domingo, maio 30, 2004

O DIREITO À INDISPOSIÇÃO

O Diário de Notícias inaugurou agora uma nova fórmula para vender mais jornais: coloca na Internet as fotografias e os títulos das crónicas dos seus colaboradores, mas esconde o conteúdo das mesmas da curiosidade dos leitores on-line na esperança de que estes saiam de casa e vão comprar o jornal ao sábado e ao domingo.

O mais engraçado é que só escondem as crónicas que sabem (porque é fácil saber quantos lêem o quê na Internet) serem mais procuradas pelos leitores - as de Vasco Pulido Valente e as de Umberto Eco, por exemplo, - deixando o restante "milho" para os pardais.

Conclusão: indisposto com esta prepotência, aqui o Salmoura que não precisa de muito para se indispor, deixará de comprar nos restantes dias o jornal em papel, como ainda vinha fazendo. É tão simples como isso. Assim como assim o DN não traz nenhuma notícia que não se saiba facilmente por outros meios, e quanto a colaboradores, parece que não valerá muito a pena pagar o preço de sete jornais para ler umas breves linhazinhas dos dois citados, uma ou duas vezes por semana.

Já o Expresso, quando passou a cobrar taxa para ser lido na Internet, perdera o Salmoura como leitor; Salmoura que o lia então on-line mas depois ia sempre comprá-lo às bancas para poder ter a Revista e o Guia Semanal. Agora chegou a vez do DN.

Não escreveria isto se estivesse convencido de que só eu (pigmeu insignificante de Lineu) é que reajo desta maneira. Faço-o porque estou convencido que também há outros com igual sentir e igual atitude.

E, grão a grão, vai o DN desenchendo o papo.