quarta-feira, março 03, 2004

REGRESSEI E A NOVIDADE É “SAÚDE”

Finalmente regressado de umas excelentes férias em Cabo Verde, eis que Salmoura está de volta à blogueação.

Mas antes de começar a postar permitam que vos diga qual foi a primeira notícia que Salmoura escutou depois destes quinze dias sem jornais, rádio, televisão e internet:

Nada mais nada menos que a conferência de imprensa dada ontem pela FENAM (Federação Nacional dos Médicos) que arrasou completamente a mais que desastrosa Política de Destruição Maciça do Serviço Nacional de Saúde encetada há dois anos pelo governo do PSD/PP. (Desculpe lá, caro Dr. Pacheco Pereira, mas não tenho outra palavra senão “arrasar”, palavra esta de que sei que não gosta mesmo nada, para classificar o conteúdo dessa conferência de imprensa).

Se somarmos as análises e as denúncias da FENAM às preocupações expressas já muitas vezes pelo Senhor Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, e àquilo que têm escrito alguns jornalistas mais corajosos (que já vão aparecendo) como, por exemplo, Cáceres Monteiro, director da revista Visão, e algumas personalidades independentes que se têm manifestado em diversas ocasiões, veremos que há toda uma grande preocupação com as negríssimas perspectivas quanto ao futuro dos cuidados de saúde que vão deixar de ser prestados à maioria dos portugueses (sobretudo aos mais pobres e necessitados), preocupação essa que se alastra hoje, no seio da sociedade portuguesa (e ainda bem que assim é), como fogo em campo de seara seca.

Salmoura poderia ir buscar agora algumas postas antigas que caíram aqui em baixo no fundo do poço para demonstrar toda a razão que lhe assistiu quando postou da forma como o fez contra a má gestão dos hospitais SA, contra a má política de saúde do governo e denunciou os indícios claros de favorecimentos de interesses privados no campo da saúde em flagrante prejuízo do interesse público que caberia ao governo defender. Mas Salmoura não vai fazer esse exercício muito querido da classe política que lhe permitiria dizer: como eu já dizia

O que Salmoura quer é continuar, sem desfalecimentos, a contribuir para pôr os nomes aos bois e a mostrar que o rei vai nu.

Boa noite.