quarta-feira, março 17, 2004

EM BICOS DE PÉS (Ridículo até não mais)

Barroso continua a pensar que o povo é burro. Tal como Aznar, há-de ter a resposta popular a toda esta demagogia.

Lido no Público de hoje:

«O primeiro-ministro, Durão Barroso, afirmou hoje que a realização da Cimeira das Lajes, nos Açores, onde se decidiu a intervenção no Iraque, foi uma "decisão acertada", sublinhando que Portugal sozinho não consegue combater o terrorismo».

E acrescentou: «Foi uma decisão acertada. Portugal deve pensar na luta global contra o terrorismo. Nós para lutarmos contra o terrorismo precisamos de ter aliados».

Esta declaração, como se vê facilmente, é para enganar papalvos. Faz crer que Portugal, para além de estar incluído (como todos os restantes países do planeta, aliás) na ameaça global do terrorismo, pertenceria ao grupo restrito dos alvos principais do terrorismo internacional. Só assim se entenderia que precisasse de aliados para combater o terrorismo. Pura mentira: Portugal, pela sua insignificância política, económica, estratégica e militar, nunca teve “categoria” para ser alvo de coisa nenhuma desse género.

O que Durão fez nas Lajes, na denominada Cimeira da Mentira (de que foi anfitrião e não parte integrante), foi armar-se em anti-terrorista primário empurrando tudo e todos para poder ficar na fotografia ao lado de Bush, Aznar e Blair, no que teve o tremendo azar de não aparecer em nenhuma fotografia publicada na imprensa estrangeira e em nenhuma reportagem televisiva exibida nas televisões de maior audiência internacional. Os próprios fotógrafos e camaramen encarregaram-se de o pôr fora dos "bonecos" tirados nas Lajes.

Agora que perdeu o seu "amigo" Aznar; agora que está em vias de perder o seu "conhecido" Bush; e sabendo-se que nunca foi prezado por Blair; vê o chão fugir-lhe debaixo dos pés e toca de dizer baboseiras para consumo interno como se os Estados Unidos, a Grã Bretanha, e mesmo a Espanha alguma vez levaram a sério que eram (imagine-se) aliados de Portugal na luta anti-terrorista.

Portugal, até agora, tem estado ameaçado por apenas dois terroristas (um continental e outro insular): Avelino Ferreira Torres e Alberto João Jardim.

E para ambos tem GNRs barrigudos que cheguem para educadamente os acalmar e mostrar ao mundo a destresa destes militares na luta anti-terrorista.