«É GUERRA, É GUERRA» (Felizmente o ridículo não mata)
Aparentemente desorientado com os falhanços monumentais das suas posições largamente publicadas na imprensa e explanadas na televisão - sobre a invasão e ocupação do Iraque (em que apoiou os invasores crente na existência das famosas Armas de Destruição Massiva) e sobre o atentado de Madrid (em que defendeu a tese da ETA) - Pacheco Pereira parece seguir agora o mesmo caminho de José Manuel Fernandes: os neurónios chispam por tudo quanto é lado e a prosa sai mais disparatada do que se esperaria.
Quem no seu perefito juízo acreditaria, aí há uma semana atrás, por exemplo, que esta prosa que se segue foi escrita pela mão de Pacheco Pereira?
Leiam, vem hoje no Público. E é de Pacheco Pereira:
«Não percebe nada de terrorismo quem não percebe que não é a força que atrai as bombas, mas a fraqueza. Se houver esta tentativa socialista e a coligação PSD-CDS for capaz de ter a firmeza absoluta, sem tibiezas, que a situação exige - eu que sempre critiquei a fusão contranatura dos dois partidos -, farei campanha a seu favor todos os segundos que durar o debate eleitoral. Com o PSD, com o CDS, com os socialistas atlantistas, seja lá quem for. Isso é mil vezes mais importante que as vicissitudes da política interna. É guerra, é guerra».