Quando se aceita num espaço de opinião um colaborador que se desconhece, não havendo um estatuto editorial que imponha regras ao que se publica, corre-se, inevitavelmente, o risco de descaracterização do espaço, com a consequente perda de leitores caminhando-se inexoravelmente para a confusão e a desintegração do mesmo.
É isto, no meu entender, o que se passa no Barnabé desde que resolveram alargar o universo dos seus colaboradores sem terem tido o cuidado de primeiramente assegurarem a existência de regras claras que não permitissem que o gato passasse a ser lebre e rapidamente caminhasse para ser rato.
Com a admissão (incondicionada por estatuto editorial ou algo parecido) do Bruno, este, uma vez aceite no grupo de redactores do Barnabé, passou naturalmente a ter todo o direito de dizer livremente o que pensa podendo até chamar nomes politicamente feios ao Daniel sem que com isso estivesse a infringir quaisquer regras ou normas internas (que como sabemos não havia nem há).
O abandalhamento e a descaracterização do Barnabé constitui, pela enésima vez, uma lição para os democratas ingénuos que acham que o exercício da liberdade não carece de enquadramento por um conjunto de regras, mínimas que sejam, podendo (ou devendo) antes pautar-se apenas pelo livre arbítrio.
Vou sentir a falta do André, do Daniel, do Pedro e do Rui aqui na blogosfera. Espero lê-los brevemente noutro espaço.