segunda-feira, junho 27, 2005

COITADO DO BARNABÉ

Quando se aceita num espaço de opinião um colaborador que se desconhece, não havendo um estatuto editorial que imponha regras ao que se publica, corre-se, inevitavelmente, o risco de descaracterização do espaço, com a consequente perda de leitores caminhando-se inexoravelmente para a confusão e a desintegração do mesmo.

É isto, no meu entender, o que se passa no Barnabé desde que resolveram alargar o universo dos seus colaboradores sem terem tido o cuidado de primeiramente assegurarem a existência de regras claras que não permitissem que o gato passasse a ser lebre e rapidamente caminhasse para ser rato.

Com a admissão (incondicionada por estatuto editorial ou algo parecido) do Bruno, este, uma vez aceite no grupo de redactores do Barnabé, passou naturalmente a ter todo o direito de dizer livremente o que pensa podendo até chamar nomes politicamente feios ao Daniel sem que com isso estivesse a infringir quaisquer regras ou normas internas (que como sabemos não havia nem há).

O abandalhamento e a descaracterização do Barnabé constitui, pela enésima vez, uma lição para os democratas ingénuos que acham que o exercício da liberdade não carece de enquadramento por um conjunto de regras, mínimas que sejam, podendo (ou devendo) antes pautar-se apenas pelo livre arbítrio.

Vou sentir a falta do André, do Daniel, do Pedro e do Rui aqui na blogosfera. Espero lê-los brevemente noutro espaço.