O PRAZER DO BELO
(Ou quando a prosa é pura poesia)
Há dias assim. Em que um homem se sente feliz com um bocado de um livro que tenha entre mãos.
Aconteceu-me nestas últimas férias.
Entre muitas passagens belas do Ulisses de Joyce, deliciei-me especialmente com esta:
«Esposa e companheira de Adão Kadmon: Heva, Eva nua. Ela não teve embigo. Contempla. Ventre sem jaça bojando-se ancho, broquel de velino reteso, não, alvicúmulo trítico, oriente e imortal, elevando-se de pereternidade em pereternidade. Matriz do pecado.»