terça-feira, abril 05, 2005

R.I.P. PARA O "PÚBLICO"

O jornal "PÚBLICO" acaba de morrer aqui na Net. Os seus produtores acharam que já chegava de dar abébias aos cibernautas e toca de cobrar dinheiro a quem queira ler On-line o jornal. Estão no pleníssimo direito de o fazer, mas isso demonstra - num País como Portugal, onde falta dinheiro para tudo (até para comer) e as pessoas não podem pagar o acesso à Net e ao mesmo tempo o acesso aos jornais pagos - que a filosofia que está na base da produção desse jornal é apenas e só a filosofia do lucro. Porque se houvesse a preocupação mínima de algum serviço público à mistura, os produtores do jornal teriam aliado à venda de publicidade no jornal um "rebuçado" que consistisse em alguma oferta gratuita do conteúdo do mesmo aos cibernautas.

Mas não: o que se quer é vender conteúdos e também - imagine-se! - vender publicidade (publicidade à partida já paga pelas empresas interessadas). O que interessa é vender, vender, vender.

Vão acabar como o outro: ficam muito satisfeitos porque vendem um produto caro, valioso e da melhor qualidade. Com um senão apenas: não têm é comprador.

Por mim retirei já dos meus "Favoritos" o endereço do "Público"; como, aliás, já havia feito com o do "Expresso". E só os comprarei para ler se houver uma convulsão social ou algo parecido.