sábado, abril 09, 2005

ANTÓNIO BORGES

No congresso do PSD, em Pombal, rebentou um balão e saiu lá de dentro um ser etéreo, sem passado nem presente, sem história e sem pecado: um boneco de cera, de seu nome António Borges. Apareceu no congresso do PSD dizendo que apoia Marques Mendes para que este ganhe o congresso e seja líder do partido até ao fim dos dias - até que Mendes atinja o cargo de Primeiro Ministro, supõe-se.

Está bem de ver a enorme hipocrisia do boneco que desde há mais ou menos dois anos acalenta a (e é acalentado na) hipótese de vir a ser o chefe do PSD.

Espero que ao ouvi-lo Marques Mendes lhe tenha chamado (entredentes) todos os nomes feios que o boneco mereceu então ouvir.

A filosofia do boneco ficou bem patente na apresentação da sua moção (que é para votar mas não serve para mais nada): é preciso que sejam os cidadãos a escolherem o que melhor os serve (bancos, hospitais, médicos, correios, companhia das águas, da electricidade, etc., etc.) por isso é preciso que tudo isso seja privatizado pois de outra forma a escolha não é do cidadão mas do Estado pelo cidadão. O boneco só não disse onde é que o cidadão irá buscar dinheiro para pagar as suas escolhas.

Coisa de somenos, claro.